Uma das preocupações dos filhos da Providência Divina, vocacionados para o bem proceder, e o reto cumprimento dos deveres diante da sociedade civil organizada, face a face, com os incontáveis compromissos que a vida proporciona aos candidatos à felicidade, é saber se estão solitários na turnê da vida ou se têm proteção para a grande jornada das prova e expiações.
Na proposta sub oculis, que não se engane o livre pensar, verbi e gratia, quando as criaturas estão conscientes de que o Senhor do Universo, é onipotente, onisciente e onipresente das necessidades de seus filhos, razão porque enviou seus mensageiros e anjos da guarda na vanguarda dos acontecimentos para as realizações das provas e expiações.
A arena do bom combate é a oficina do trabalho na família, secundado pelos caminhos onde se moureja, levando sempre na bagagem as conquistas e os desatinos do passado, atestado da conduta corrigida pela elevação espiritual já alcançada, assim compreendendo os desígnios da Potestade, ou a atitude reprochável a ser reformada para a pulcritude. A propósito dessa oficina de trabalho em constante reforma, vale a pena a metáfora das quatros bolas, inserta nos contos e lendas orientais de Malba Tahan, em edição da Nova Fronteira, relatada no Momento Espirita de 29.12.2015, em síntese apertada com a seguinte verve.
“Conta-se que Ganesha, pai de quatro filhos, quando esses entraram na adolescência, começou a se inquietar-se, pois cada um tinha um temperamento. O mais velho era calado e apático, sem ânimo para trabalhar, sempre tímido. O segundo era cheio de manias, teimoso e nunca dava atenção aos conselhos e advertências paternas. O terceiro, inteligente, hábil e criativo, esforçava-se para prosperar na vida. O quarto revelava-se arrebatado, violento, impulsivo e desonesto.
Impressionado com aquela inexplicável diversidade de temperamento, o pai foi procurar um sábio de incontáveis virtudes, e consultando-o, expos suas dificuldades, dizendo-lhe que os quatro filhos, foram educados da mesma forma, com exemplos idênticos e orientados por iguais ensinamentos. Todavia, uma vez crescidos, cada um deles possuía um caráter e um gênio que o preocupava, porque, todos dessedentaram a sede na mesma fonte, alimentaram-se na mesma mesa e viveram sob o mesmo teto, ouvindo as mesmas preces e conselhos, contudo, agora o deixavam apreensivo quanto ao seu procedimento e ao futuro da prole. O que fazer era a suplica do ancião. Vale a pena se inteirar da narrativa.
Ora, pois, sem prejuízo da consulta na fonte, a epístola pode afirmar ser inegável que na oficina de trabalho, as criaturas cumprem bem ou mau os seus deveres, tendo em mente que os filhos do Divino carregam dentro de si, bagagem diversas de compromissos do passado, que necessitam serem equilibradas por injunção da lei de causa e efeito.
P
or isso, os filhos do mesmo pai, ainda que criados da mesma forma e a quem foram oferecidas as mesmas oportunidades, apresentam-se tão diferentes, porque como espíritos diferentes, têm histórias, conquistas e dores diversas. Não há como esquecer que o Pai Celestial, sob os ditames das questões 115, 133, e 804 de “O Livro dos Espíritos” foram criados simples e ignorantes, mas em tempos diferentes, razão porque compete àqueles que têm a função de educar na convivência do reduto santo do lar, em constante reforma, deve estarem atentos para essa inegável realidade.
Sem contradita, o trabalho de reforma interior nas criaturas da Potestade, se dá na intimidade do reduto do lar, caminhada dos seres humanos em busca da felicidade, exortando a luz como direção para o auto encontro e para a iluminação, veículo que conduz a suave brisa aos interessados nas culminâncias do amor, da autoestima e da valorização da vida.
Certamente o bisturi da curiosidade daqueles que tem sede de conhecimento não se decepcionarão ao saberem que a iluminação interior do espírito, aclara as ideias através do exercício da inteligência, do estudo, da perseverança na busca incessante dos porquês da vida, o seu propósito e o destino dos filhos de Deus.
Iluminada assim, a seara onde se prepara a evolução dos espíritos em constante progresso, cabe a retórica, no tocante a salvaguarda dos filhos da Providência Divina, expandir seus ideais sobre os mensageiros do Senhor da Vida, dizendo que, em todos os tempos, o Senhor do Universo enviou seus mensageiros à Terra, para transmitir-lhes avisos, recados e protetores as suas criaturas, valendo destacar os livros bíblicos, pródigos sobre o tema, relatando com ênfase a questão em exame no novo testamento.
Nesse sentido, narra o Evangelista Lucas que um anjo do Senhor foi enviado a uma cidade da Galileia, de nome Nazaré, especialmente à casa de uma jovem chamada Maria. O mensageiro disse-lhe: Eu te saúdo, cheia de graça. O senhor é contigo. Como a saudação fosse peculiar, a docilidade levou-a refletir consigo mesma o que significaria semelhante saudação, nada obstante o mensageiro do Senhor da Vida, continuava após se identificar como o anjo Gabriel a dizer:
Venho te dizer que conceberás e darás à luz um filho e lhe porás o nome de Jesus. Ele será grande e será chamado filho do altíssimo. E o seu reino não terá fim. E lhe dá ainda notícia de que sua prima Isabel também concebera e se encontrava em seu sexto mês de gravidez. O mensageiro meticuloso em seu recado, deu peculiaridades do que se haveriam de concretizar nos séculos futuros, tanto que meses depois, quando Maria deu à luz seu filho primogênito, um anjo do Senhor apareceu a pastores que faziam vigília e guardavam os seus rebanhos.
A
mensagem era clara: Trago-vos uma nova de grande alegria. Nasceu, hoje, na cidade de David, o Cristo Senhor dando azo a que uma multidão de arautos aparecesse cantando Hosanas a Deus e saudando o nascimento do Menino. Sob o pálio da boa nova, o Pai Celeste, em sua bondade e misericórdia, por óbvio não se serviu apenas daquele momento, mas em Sua infinita bondade, serve-se também de outros mensageiros espirituais, seres do mais além, razão porque, homens e mulheres se transformam, na Terra, em arautos do bem, a Seu convite.
No decorrer dos tempos, tanto como vento que sopra e ninguém sabe de onde vem ou para onde vai, cabe anotar a figura paternal do Dr. Adolfo Bezerra de Menezes, Eurípedes Barsanulfo, Santa Madre Tereza em Calcutá, Santa Teresa DÁvila, Santa Irmã Dulce, Mohandas Karamchand Gandhi, o pastor negro Martin Luther King Jr., São Francisco de Assis, e incontáveis arautos do bem que iluminam os corações em trânsito pelo belíssimo planeta Terra nas provas e ou nas expiações sendo dispiciendo pontuara
Que não se olvide a consciência dos viajores de que quando o mensageiro do amor celeste, Jesus de Nazaré inicia Sua Sublime missão, Ele elegeu setenta e dois discípulos e os incumbiu de ir, dois a dois, pelas cidades anunciando a chegada do reino de Deus. Ora, sim, também a samaritana, que Ele encontra no poço de Jacó, depois de singular diálogo, ela se transforma em mensageira da verdade que o Mestre pregava. Da mesma sorte, a mulher equivocada de Magdala se torna na luz da esperança para os excluídos da época, os leprosos.
Em síntese apertada, o discípulo amado, João, simboliza a imagem de mensageiro do autentico amor, porquanto ainda quando combalido pelas forças do tempo, por onde transitava, ouvia-se a sua voz como se fosse uma suave melodia de amor declamando e a repetir no estertorar de suas energias: Amai, meus filhos, amai muito.
Nesses considerandos, os arautos do Senhor da Vida, mensageiros espirituais dantanho ou mensageiros na carne, o importante é ser veículo da Luz, nos dias que se alardeia a desesperança e desânimo, todos podem ser mensageiros da palavra de encorajamento, quando tantos aludem à derrocada moral nos tempos de transição, as provas convidam os arautos do bem a assumirem a palavra do bom ânimo, porque, o Sublime Mensageiro da boa nova venceu o mundo e sua verve transformou homens e mulheres, pescadores e comerciantes em seus mensageiros.
Ponto finalizando, recebam os amigos de caminhada, o ósculo e a oblata da fraternidade, em nome de Jesus de Nazaré o arauto de todo o sempre com votos de muita paz.
Jaime Facioli.