Os filhos de Deus, na busca da perfeição, atendendo ao convite do Divino Jardineiro para serem perfeitos, relativamente, porque sabem que a perfeição absoluta somente pertence ao Senhor da Vida, compreende que devem se esforçar para serem perfectíveis, ou em outras palavras, buscar incessantemente realizar o melhor de suas capacidades para obterem as láureas da vida bela, colorida e consentida.
Desse modo, na natureza humana e pela mesma razão, vive-se em sociedade. Sim, porque os filhos do Eterno são seres eminentemente gregários e sob esse atributo trazem consigo o caráter da solidariedade, afastando-se dos misantropos, tanto como dos eremitas, conscientes de anelarem com sofreguidão, apreenderem as novas técnicas e trocar experiências com os seus iguais.
É salutar esse procedimento, porquanto resulta na ajuda mútua, atentos os viajores que buscam a felicidade, na prática da caridade ao oferecer o ombro amigo, para as considerações dos irmãos estiolados pelas provas, os necessitados de arrimo para suportarem com estoicismo as provas do caminho.
Ouvir? Sim. Oh! Meu Deus, quantas pessoas necessitadas de atenção, na expectativa da remoção dos abrolhos do caminho, ansiosos, para que alguém ouça as suas súplicas, iluminem suas dúvidas, ofereçam-lhes palavras dulcificadas que consolem esclarecendo que sãos bem-aventurados todos os que choram, porque serão consolados; bem-aventurados os mansos e pacíficos porque herdarão a terra; bem-aventurados os misericordiosos, porque encontrarão a misericórdia; Bem-aventurados os que tem fome e sede de Justiça, porque serão fartos.
A verdade: é disso que se trata a epístola. A prédica de Jesus de Nazaré, sedimenta lições de ânimo diante de uma “desventura”, quando os abrolhos do carreiro do progresso se mostram aos viajores, testando a resistência dos candidatos à felicidade, ou as pedras do caminho se colocam na frente dos transeuntes, oportunizando desenvolverem o intelecto, a resistência e fé do viajante da esperança.
Oxalá, ninguém se olvide que o mundo inteiro necessita do amor, imbatível amor. Por essa razão O Divino Jardineiro veio a este Orbi, trazendo a Lei de Amor, de Justiça e de Caridade. Observando atentamente as reflexões em comento, constata-se que mesmo sob o manto da Lei de Amor, de Justiça e de Caridade, já fixadas nas consciências dos filhos do Eterno, pesa o fato de que no jornadear da existência, as criaturas do Senhor da Vida, em progresso ainda experimenta incontáveis vezes as dores e a ingratidão, sob o pretexto de não serem compreendidas, permitindo-se abaterem diante das provas do caminho destinadas à elevação moral e espiritual das criaturas em busca do “nirvana”, os parámos celestiais.
Com esses vis a vis, a consciência do justo se questionará, o que pensar do Celeste Amigo no enfrentamento das dificuldades do Mundo, diante de tanta ingratidão que com Ele se cometeu, ensejando a sublime lição de que no mundo seus irmãos menores somente teriam aflições, mas que não se deixassem turbar os seus corações, pois Ele venceu o mundo.
Da mesma sorte, os irmãos insensatos, que nos fazem experimentar a dor da ingratidão ou das provas amargas para o exercício do perdão, carecem de compreensão, de amor, de bondade, porque em verdade, também eles não sabem o que fazem.
É singular que às vezes nos sentimos enganados ou ludibriados em apostar as fichas em pessoas a quem jamais se imaginava pudesse faltar a confiança e se é surpreendido com a ingratidão. Não tem importância. Deus cuida de tudo e em nome do amor tudo terá no tempo a solução ideal, seja do aprendizado pela amarga experiência vivida, ou seja, pelo instrumento de resignação porque a decepção também é ensinamento que faz avançar e crescer.
Nesse sentir, que maravilhosa oportunidade de exercitar a virtude do perdão incondicional, ao abrir o coração sem egoísmo, sem paixão, sem posse, mas realizando a catarse indispensável ao verdadeiro amor ao próximo. Cogente pois, valer-se das relações humanas para realizar o bem que nos aguarda, pois, todo o benefício que se lançar ao nosso próximo, advogará no futuro a favor do ato de generosidade. Afinal, viver é relacionar-se, envolver-se profundamente na família, na sociedade civil organizada, no contato diário com os irmãos, no trabalho na escola, nos fóruns da vida, aonde esteja presente um os irmãos de caminhada será oportunidade d’ouro para mostrar a alegria, o sorriso e o brilho da alegria por ser o herdeiro do universo. Recordamos Jesus. Sempre alegre.
Eu sou a luz do mundo, aquele que me segue não viverá na escuridão, mas terá toda a luz da vida. Presciente dos acontecimentos futuros que lhe haveria de impor o trajeto das estações do calvário, assim mesmo, muito tempo antes bailou alegremente nas bodas de Canaã, pois ter alegria é ter paz. Por essa mesma razão, o Divino Galiléu ao chegar na roda dos amigos e necessitados, os saudava dizendo, eu vos dou a minha paz e ao se despedir, dizia alegremente, eu vos deixo a minha paz.
As decepções da vida, também são instrumento de ensino, preparando o coração dos bem-aventurados, os que têm puros os corações para amar aqueles que vêm na retaguarda das provas. No dizer do espírito benfeitor da humanidade, Joanna de Ângelis, nosso proceder deve sempre deixar pegadas luminosas nos caminhos por onde passamos a fim de servir de guia e luz para àqueles que vêm na retaguarda.
Recordemos Jesus, o modelo e guia da humanidade segundo dispõe a questão número 625 de “O Livro dos Espíritos”. Imitemo-lo e sejamos felizes. Impregnados nos sentimentos d’alma, segue o ósculo em seus corações, com a oblata da fraternidade em nome do Divino Galileu com votos de um ótimo final de semana.
Do amigo fraterno de sempre.
Jaime Facioli