Os seres humanos buscam com sofreguidão encontrarem o passaporte para a felicidade. Nessa procura examinam todos os recantos do mundo, em todas as profissões rastreando mesmo nas incontáveis atividades beneméritas, a paz que os corações vocacionados para a pureza d’alma tanto desejam objetivando atenderem o comando do amor por excelência que o Divino Jardineiro ensinou.
Sim. A senda anelada, são as estradas que conduzem os filhos da Providência Divina aos Páramos Celestiais. Desse modo, ainda que o viajor opte pelo caminho largo da facilidade, onde encontrará anomalias, tempestades e sofrimento ao afastar-se da estrada do bem e do reto proceder, a verdade é que, as veredas eleitas na estrada do aprendizado, quando em desalinho, o único fatalismo que encontrara nesses desvios realizados pela livre escolha será o retorno para a senda das virtudes.
Sem contradita, entender-se-á o significado do auto perdão, do perdão das ofensas, da mansuetude, da afabilidade, do honrar o vosso Pai e a vossa Mãe, tanto como os lhanozos sentimentos da Piedade, da Beneficência, sem dúvida, da caridade material com ênfase para a caridade moral, sendo oportuno anotar a caridade sob todos os aspectos.
Por essa razão, é oportuno relembrar nessa ensancha a lição de Paulo de Tarso, apóstolo dos Gentios, ao decantar em prosas e versos a virtude em comento conclamando “Ipsis Litteris”:
“Ainda quando eu falasse todas as línguas dos homens e mesmo a língua dos anjos, se não tivesse caridade não seria senão como um bronze sonante, e um címbalo retumbante; e quando eu tivesse o dom de profecia, penetrasse todos os mistérios, e tivesse uma perfeita ciência de todas as coisas; quando tivesse ainda toda a fé possível, até transportar as montanhas, se não tivesse a caridade eu nada seria. E quando tivesse distribuído meus bens para alimentar os pobres, e tivesse entregue meu corpo para ser queimado, se não tivesse caridade, tudo isso não me serviria de nada”.
A caridade é a virtude que está ao alcance de todos e ninguém pode pretextar estar impedido de realizá-la, seja ignorante, sábio, rico e ou pobre, não importa a crença particular que professe cada uma das criaturas do Senhor do Universo.
Com fluxo nesse ideário, é irresistível a reflexão daqueles que têm sede de saber, a convicção de que quem é caridoso tem em si latente a essência do amor por excelência, e, sem contradita transita pelas pegadas da excelsa missão do Divino Pastor quando em trânsito por esse Orbi.
Sim. De fato, a missão do Divino Jardineiro em seu missionato de amor, foi trazer aos seus irmãos menores o exemplo de que fala a questão 625 de “O Livro dos Espíritos”, na claridade aurifulgente da Lei de Amor, de Caridade e de Justiça.
No amor está a raiz de todas as virtudes da alma. Desalgema e desacorrenta o ser humano dos vícios atávicos, na medida em que o Amor é de essência Divina, portanto tem sua raiz no Pai Celestial, Onipotente, Onipresente e Onisciente. Em sua natureza intrínseca o amor constitui energia sublime e incomparável, capaz de nas horas de discussão violenta fazer brotar esse sentimento Divino que lecionou o Homem de Nazaré.
É vero serem simples os procedimentos do amor. Calar para não ferir o interlocutor. Evitar o revide. Esforçar-se para pronunciar a palavra de calma. Lembrar-se de que o amor é o lenitivo infalível que cura as enfermidades do espírito. O amor de tudo é capaz. Transforma os momentos de dor em confiança no Pai Celestial na prédica de Yeshua, o Celeste Amigo ao exortar o batei e a porta se vos abrirá. Pedi e Obterei.
Sem contradita, proceder da mesma forma quando a dúvida tomar de assalto os sentimentos, cedendo reinado ao desespero em nossas esperanças, estar ciente de que o amor faz nascer a paz nas preciosas lições do memorável Jesus de Nazaré quando orienta aos irmãos menores olharem os lírios e os pássaros do campo que não tecem e não fiam e nem mesmo assim, o Pai Celestial se descuida deles. Amar, pois, na essência Divina, é abrir o coração para que o Senhor da Vida transite pelos corações de seus filhos sem medo de ser feliz.
No fluxo desse ideário, a proposta da semana santa, onde se comemora o Corpo do Cristo, é amar assim como eu vos amei, a lição imorredoura do Cristo de Deus e que o apóstolo João imortalizou quando combalido em suas forças físicas, em seu magistério pelas veredas da vida, exaltava com imenso carinho: Meus filhinhos, amai-vos uns aos outros.
Por essa razão, a dialética dessa em apreço tem fulcro na origem do Corpus Christi, festa instituída pelo então Papa Urbano IV, em 08 de setembro de 1264, aonde a procissão do catolicismo recorda a caminhada do povo de Deus em busca da Terra Prometida. O Antigo Testamento assevera que esse povo peregrino foi alimentado com o maná no deserto e ao depois com a instituição da eucaristia o povo passou a ser alimentado com o próprio corpo de Cristo, obviamente no sentido figurado.
Na atualidade o link que se utiliza nesse discurso para as comemorações do Corpo de Cristo está alicerçado na promessa do Divino Pastor de que não deixaria seus irmãos menores órfãos, razão de vir a lume em 18 de abril de 1857, na luz do mundo, os esclarecimentos de que os candidatos a felicidade necessitavam para atender aos ditames das lições constantes do magistério do Cristo de Deus. Comemoremos, pois, o Corpus Christi na excelência do amor.
Com esse ideário, segue nosso ósculo depositado em seus corações, com a oblata da fraternidade, em nome da fraternidade universal e do amor, sublime amor, anelando um fim de semana de muita paz, a paz que o Divino Jardineiro legou a toda humanidade.
Do amigo de sempre
Jaime Facioli.