OH! Meu Deus. Que significativa introspecção causa a expressão em apreço, quando a alma levanta voo em direção ao infinito do Pai Celeste. É vero. As mãos quando estendidas indica a anuência com o convite de Jesus para atender ao comando da Lei Pétrea do amor, de justiça e da caridade para entregar a cada um o que é seu.
Nesse sentimento profundo, descortinando as profundezas d’alma se lê o Divino Mestre com o olhar sereno dizendo: “Vinde a mim todos vós que sofreies e estás sobrecarregado e eu vos aliviarei. Tomais sobre vós o meu jugo e aprendei de mim que sou manso e pacífico de coração e vossas almas se reconfortarão porque meu jugo é leve e meu fardo é suave.
Sim. É disso que se trata o prólogo sub exame, quanto o questionamento dos filhos da Providência Divina do modus operandi para atender ao comando do amoroso convite do Divino pastor para pôr em prática o amor ao próximo, fazendo ao outro tudo, aquilo que gostaria que fosse feito para si.
No usual, com honrosas exceções, a maioria dos viajores em trânsito pelo planeta Terra, em nome dos interesses particulares e das conveniências sociais, focam os objetivos da vida como sendo o bem-estar do clã familiar, profissional e pessoal, pouco se importando com os demais irmãos de caminhada, sem distender as mãos àqueles que mourejam na mesma seara.
Nessas circunstâncias, ainda que o objetivo a ser alcançado seja semear o caminho do viajor, cumprindo retamente seus deveres, objetivando atender a lei de Amor, de Progresso e Justiça, na essência de seu propósito no universo da Potestade, isso não alforria esquecer-se das lições de Jesus para estender as mãos atendendo o convite do iluminado Raboni.
Nesse sentido, indispensável a consulta ao repositório das leis Divinas inscritas na consciência, conforme consta na questão 621 de “O Livro dos Espíritos”, para diante de uma resolução a ser tomada, pensar se aquilo que se está fazendo ou se irá fazer, leva em consideração também o bem-estar do próximo.
É sabido pelas prédicas de Paulo, o apóstolo aos coríntios (10.23), em essência que tudo posso, mas nem tudo me convém.
Sob esse arrimo, é de bom alvitre sedimentar a retórica, ainda que sob a emoção e verve do articulista, na história colhida na Redação do Momento Espírita de 29.03.2016, dizendo que na passagem do Natal de 2015, a multidão se emocionou ao verem juntos, ajoelhados, em oração e devotamento ao Senhor da Vida uma criança e o Papai Noel.
O fato, captado pela câmara do fotógrafo, espalhou-se pela mídia social com tal força que foi cognominado de vírus do bem, tal a forma com que se alastrou por todas as comunidades da informática.
Conta-se que o menino conhecido por Preston Bernette, ao encontrar-se com o Papai Noel em um Shopping nos Estados Unidos, ao contrário de solicitar um brinquedo para si, objetivo primeiro da figura do amor representado pelo “Papai Noel”, a todos surpreendeu, pedindo de presente de Natal, a saúde de um bebezinho doente que sequer conhecia pessoalmente.
Foi com esse sentimento d’alma, que os dois naquele momento estenderam as mãos ao próximo, se ajoelharam em rogativa ao Senhor da Vida pelo bem-estar do irmão em sofrimento. Os acontecimentos daquela ensanchas, tornaram-se público na rogativa sincera expandindo o pleito pela recuperação do recém-nascido até então desenganado em uma UTI neonatal, e, na atitude amorosa correu o mundo expandindo o amor em sua plenitude, como o Divino Pastor das Almas, ensinou aos irmãos menores para estenderem as mãos, fazendo ao próximo aquilo que se deseja para si.
Narra-se que Preston tomou ciência do estado do bebê recém-nascido e desenganado através de sua avó, integrada a um grupo de orações na rede social, e, foi nesse instante que ele se sensibilizou de tal forma que quando viu a foto da criança hospitalizada, não teve dúvida, desejou fazer por ele alguma coisa, e por isso iria solicitar ao Papai Noel quando o encontrasse, pelo bem-estar do bebê. Foi assim que Ele desejou naquele instante fazer alguma coisa pelo bem-estar do bebê, e o fez à sua maneira.
OH! MEU DEUS. Que lição de vida memorável, pois há incontáveis coisas que cada criatura pode realizar pelo seu próximo, sem prejudicar o seu programa de vida, ao atender ao convite de Jesus, para realizar ao próximo, tudo e tanto quanto gostaria que o próximo também lhe fizesse nos momentos de suas fraquezas, desalinhos e dores físicas ou da alma.
Verdade. Jamais se pode esquecer que em cada filho de Deus, está depositada pelo Criador, a semente da bondade e do altruísmo, cabendo aos viandantes, sob a bandeira do amor em plenitude, fazer florescer e perfumar as mãos com a charrua do bem, tanto como ocorreu ao menino Preston.
É fato sem contradita, aceitar que se leva tempo para encontrar esse amor em plenitude, mas pode-se asseverar que a floração do bem nos corações puros, é inevitável e ainda que a demora seja componente dessa existência pela escolha de cada viajante em trânsito pelo planeta Terra, a verdade é que chegar-se-á aos Esplendores Celeste é da Lei, é do Universo.
Destarte, quando alguém principia a pensar também no outro, começa a enxergar o próximo em sua jornada, tornando crível abraçar o convite de Jesus e estender as mãos ao irmão do caminho, abrindo os olhos do sentimento pulcro ao perceber as maravilhas do amor em plenitude no mundo interior, no espírito imortal.
A lei de amor, de caridade e justiça trazida pelo Pastor das Almas, não propõe o abandono de si mesmo das tarefas e obrigações sob a tutela de cada candidato à felicidade, porquanto isso seria uma desvalorização da pessoalidade de cada criatura, dos desejos e dos sonhos para o bem viver sob os ditames da Lei de Progresso.
Deve-se, com toda certeza, estender as mãos para atender ao convite de Jesus de Nazaré, considerando o irmão de caminhada também como ser importante e que tem direito de ser feliz da mesma forma que se entende merecer a felicidade. Sob essa premissa, pode-se transformar as relações sociais, de trabalho e familiares, com as ferramentas indispensáveis da bem querência para realizar algo mais uns pelos outros, ainda que essa atitude seja realizar uma singela oração por alguém que sofre distante, como no caso em exame.
A oração é força, é ação positiva, e não um simples pedido sem sentido ou palavras proferidas sem emoção. Oxalá oremos uns pelos outros, nos momentos difíceis, de provação, de infelicidade e por todos os atos de insensatez e terrorismo contra a humanidade, tanto como pelos momentos de alegria.
Cogente, pois, também na alegria atender o convite do Nazareno como gesto de gratidão, para haurir as bênçãos de viver momentos bons nessa existência, frutos das conquistas de elevação espiritual, vitórias e celebrações da vida, orando com a força d’alma. É a oração pedindo proteção, enviando boas vibrações, que funcionam como escudo contra qualquer tipo de adversidade. Enfim, é a oração a antítese da inveja que, em sua natureza perturbada, não suporta desejar estender as mãos para o próximo.
Que não se engane a livre e vã filosofia dos pensadores solitários. Pode-se fazer pelo próximo, muito mais do que se imagina, quando se olha ao derredor e se percebe quantos pequenos ofícios, gentilezas e carinho pode-se dispor para que o jardim da vida seja sempre belo, colorido e consentido.
Abracemos também as causas simples, as pequenas ações, iluminando os caminhos daqueles que vêm na retaguarda, servindo de setas luminosas dos caminhos do bem desfrutando a felicidade sem igual no fundo dos corações. Assim, estendamos as mãos a todos que jornadeiam pelo belíssimo planeta Terra, em provas e expiações, realizando o melhor sem esmorecimento, confiando no Senhor da Vida, aproveitando cada segundo, cada minuto que por certo também passará deixando rastro de luz na caminhada da existência de cada criatura.
Com essas reflexões, segue o ósculo em seus corações com a oblata da fraternidade, e votos de um ótimo fim de semana na paz do Celeste Amigo.
Jaime Facioli.