Há entre os filhos da pátria amada Brasil, àqueles que imaginam não existir esperança na aplicação da lei de progresso, diante dos atos de improbidade que são praticados na sorrelfa, e como resultando colocam todas as criaturas do Divino na mesma cesta básica do abismo e da inequidade.
É fato, entretanto, que a verdade é outra, porque, apesar dos pesares, no país que abriga as criaturas em provas e expiações, pesa o fato de que a imensa maioria dos candidatos à felicidade trazem no bornal suas obras do pretérito, construídas em longínquos países as malas do passado distante, repletas de compromissos, muitos deles comprometidos com o bem proceder e os projetos de progresso e elevação espiritual.
Cogente, pois, refletir que que as criaturas dantanho, renascidas nesse Brasil, Pátria do Evangelho, Coração do Mundo, como exortou o poeta pátrio Humberto de Campos no apodo de seu alfarrábio, pela psicografia do saudoso médium Francisco Cândico Xavier, sob o mesmo rótulo, se demonstrou no apólogo, com as palavras do benfeitor Emmanuel, no prefácio do livro em comento, esclarecimento do atendimento a lei de progresso.
Examine-se, pois, ser comum ouvir-se alhures e algures, exclamações de desconsolo, tristeza, e desesperança, no estrugir de indignação sobre os procedimentos adotados nas portas largas das provas que elegem àqueles que plantam sementes em solo infértil; esses não se dão conta de que o resgate do porvir será de amargura, ainda que sustentem em sua “defesa”, para colimar suas teses de pusilanimidade, a precariedade na área da segurança pública, das desatenções que o bem estar dos viajantes humildes reclamam em autos brados, ou da indispensável educação, para sustentar os valores de crescimento da população.
Nessa moldura, a verdade é que são os atos de improbidade que campeiam na calada da noite, na bulha dos desmandos que se sustentam para se auto permitirem uma carta de alforria amaldiçoando o solo que os abriga. Ipso facto, a fidelidade deve prevalecer no reto proceder como o vetor impositivo para alavancar o progresso, em respeito aos sentimentos pulcros do pastor negro Martin Luther King Jr., líder do movimento dos direitos civis nos Estados Unidos de 1955, dizendo ao mundo da sua preocupação, não no grito dos maus, mas no silêncio dos bons. Da mesma sorte imortalizou a expressão do “Eu tenho um sonho que um dia essa nação levantar-se-á e viverá o verdadeiro significado da sua crença”.
Sob o pálio dessa reflexão, a verdade é que os que procedem em descompasso com a lei moral, olvidam a existência dos irmãos probos, caminhando velozmente em direção as estrelas, no solo que aguarda os obreiros, com mãos preciosas para distribuírem as sementes da dignidade e do reto proceder, com o objetivo de propiciar e disseminar os frutos do progresso e da elevação espiritual, máxime porque, não será a pátria a responsável pelas transformações dos atos ímprobos em atos de probidade, mas o caráter e a reforma íntima de cada criatura é quem deverá encontrar o caminho para os páramos celestiais.
Introjetando essa reflexão no mês em que se homenageia a independência do Brasil, cabe externar estima e consideração aqueles que assumiram outrora em terras distantes o compromisso de ser um semeador de esperança da boa nova, com fulcro na letra de Joaquim Osório Duque Estrada, com música de Francisco Manoel da Silva, no vibrante hino do Brasil ora parcialmente transcrito:
“Ouviram do Ipiranga as margens plácidas. De um povo heroico o brado retumbante, e o sol da liberdade, em raios fúlgidos, brilhou no céu da pátria nesse instante. Se o penhor dessa igualdade, conseguimos conquistar com braço forte, em teu seio, ó liberdade, desafia o nosso peito a própria morte! Ó Pátria amada, idolatrada, salve! salve! Brasil, um sonho intenso, um raio vívido de amor e de esperança à terra desce, se em teu formoso céu, risonho e límpido, a imagem do Cruzeiro resplandece. Gigante pela própria natureza, és belo, és forte, impávido colosso, e o teu futuro espelha essa grandeza. ...”
Oh! Meu Deus. É sem dúvida com esse sentimento de esperança e amor para sempre, com alegria e a emoção incontida nos corações, que na realidade do momento que se vive, anela venha a lume os frutos das criaturas de Deus, conforme se faz na parodia em síntese apertada, o quanto está anotado no prefácio de Emannuel, no livro que exorta esclarecendo os bons propósitos das criaturas vocacionadas pelo bom direito e o bem proceder, esforçando-se no trabalho desenvolvido e a ser implantado na pátria amada Brasil, rogando-se para isso a colaboração dos amigos do plano espiritual.
Sem dúvida, são eles trabalhando em regime de 24,00 horas, iluminando à saciedade desde as origens remotas na formação da Pátria do Evangelho, afirmando o autor do prefácio do livro em apreço, aonde Humberto de Campos expõe essa realidade nos subsídios que fornece nas páginas do seu alfarrábio, recolhidos nas tradições do mundo espiritual, porque a Divina Providência não desampara nenhum de seus filhos, razão porque, falanges desveladas e amigas se reúnem constantemente para os grandes sacrifícios em prol da humanidade sofredora.
Por esse viés, o trabalho de todas as criaturas, nos dois planos da vida, se destina a auxiliar, o Brasil não somente a suprir as necessidades materiais, mas também, a facultar ao mundo inteiro uma expressão consoladora de crença e de fé raciocinada, e a ser o maior celeiro de claridades espirituais do orbe inteiro. Bem por isso, nos tempos amargos que se vive no celeiro do mundo, há que se considerar a lei do trabalho probo aos quais anuem e ajudam os espíritos venerandos no empreendimento inefável desta obra corajosa.
Nesse momento de árdua e penosa transição, roguemos à Deus inspiração aos homens públicos, atualmente no leme da Pátria do Cruzeiro, para que nas horas amargas em que se verifica a inversão de valores morais, no seio das oficinas humanas, saibam eles colocarem bem alto a magnitude dos seus precípuos deveres.
Aos outros, filhos dos Excelsos Sentimentos, rogamos fortaleça e nos abençoe, sustentando as lutas depuradoras da vida material, sem fuga ou covardia do bom combate, para os fins de seguir os conselhos do Paulo, o apóstolo, aos corintos na luta do bom combate.
Em síntese apertada, registre-se que a alegria/felicidade é o estado de quem está feliz com o país onde vive, com a família da qual está encarregado de torná-la cumpridora dos seus deveres, com o trabalho que tens, florescendo no jardim da vida onde foi plantado, porquanto o Senhor da Vida, sabe o que é melhor para seus filhos, resultando assim, o sentimento de alegria, numa sensação de bem-estar e contentamento.
A felicidade que todos anseiam, pode ser alcançada nesse país quando se idealiza contribuir para que os dias atuais se afaste a depressão ao se ouvir falar de roubos, furtos, latrocínio, crimes de todo jaez, que carregam consigo tristezas e dificuldades, obstaculizando o progresso e a frutificação dos bons princípios morais e evangélicos, sementes para que a pátria amada Brasil seja efetivamente o celeiro de mundo, ofertando a sua cota parte no reto cumprimento dos deveres, para encontrar as criaturas externando o sentimento da alegria em gênero, número e grau.
Para se homenagear a pátria amada, é indispensável que os filhos seus, plantem as sementes de amor, de perdão, de gratidão, de fé, de gentileza. A terra dos corações é fértil e receptiva às sementes que nela se plantar. Plantando amor, ter-se-á um jardim colorido e vivo de uma paz sublime e duradoura, consciente de que na justiça divina, há a responsabilidade de colher os frutos que livremente se decide semear.
Nesse sentimento d’alma, para que o jardim da vida floresça na pátria amada Brasil, há que se renascer a cada dia que amanhece; sentir a pureza do amor, purificar os pensamentos com sentimentos nobres logo nas primeiras horas da manhã; substituir o homem velho, retirar-lhe a poeira do tempo, das palavras inadequadas e os rituais pusilânime e ultrapassados, para deixar as flores desabrocharem diante da nova criatura entusiasta pela vida, bela, colorida e consentida; desejar ardentemente que a alma renovada pelo repouso do corpo, desabroche do sono como a rosa do botão, para surgir como a aurora no oceano, ao sorriso dos lábios e no gesto da esperança, engrinaldando os sentimentos do coração, em renovada festa de encontro com a felicidade dos herdeiros do universo.
Ponto finalizando, com os desejos de que o Brasil, pátria do evangelho e coração do mundo, em seus jardins da vida sejam floridos, segue a hóstia e o ósculo da fraternidade aos amigos fraternos, com votos de um bom fim de semana e muita paz.
Do amigo fraterno de sempre
Jaime Facioli.