“In veritas”, naqueles tempos, quando o Divino Jardineiro transitava pela Judéia e na Galileia, estradas poeirentas da Cesaréia, carreiro dos estóicos, o Nazareno enfrentou com galhardia e amor os vendavais, servindo de modelo e guia aos que se apresentavam despreparados na escola da vida; Sim. Outrora, como na contemporaneidade dos dias atuais, se repete as dissintonias do amor em plenitude, seja na prática do perdão, da mansuetude ou da tolerância pelos que que ainda transitam pelo educandário das provas no cadinho pelo qual se busca a auto iluminação para os páramos celestiais.
Ora, diante dessa realidade, atual ou pretérita, qual a esperança que anima os dias dos viajantes das estrelas para renovarem os desacertos e os desvios da rota praticados no crisol que anelam os projetos lhanozos em direção à casa do Pai Celestes e a luz aurifulgente do Divino Raboni.
Sim. Repita-se. Inegável é que tanto nas lições do Divino Jardineiro de outrora, prometendo que não deixaria órfãos seus irmãos menores, como agora e sempre, o Senhor da Vida oferece por Jesus e em Jesus na nova primavera que reverdece os caminhos dos educandos, oportunidades de ajustarem os planos que saneiam os abrolhos do caminho, não como castigo, mas como oportunidade renovada para bem executarem as tarefas para elevação em direção aos esplendores celestes, posto que Deus é Pai Misericordioso, de Bondade e de Amor, não pune e nem castiga, mas oportuniza a seus filhos, novas oportunidades de encontrarem a luz aurifulgente.
Oh! Meu Deus. Quando a primavera chega aos corações felizes ou entibiados nas provas da existência, sentem-se que essa estação do ano traz consigo o néctar da esperança, é a virtude que renova as forças dos viajores da felicidade, fazendo-os aspirar o aroma e a beleza do planeta terra perfumando a caminhada da vida na renovação das forças telúricas, ofertando aos filhos do Eterno, transeuntes da vida bela, colorida e consentida, a renovação das forças dispendidas, seja na reposição do bom combate ou pela beleza que se vê no altar da natureza exuberante, exibindo o pincel mágico com que o Senhor da Vida desenhou em suas cores para iluminar as provas do caminho em constante estímulo às forças da caminhada para os esplendores celestes.
Nesse crisol, as criaturas em trânsito na jornada da vida, desejam com sofreguidão olvidar e expungir os equívocos, das cizânias e as tempestades que assolam as provas tanto como os acúleos encontrados no jornadear pelo mundo de provas e expiações, resultado, sem dúvida, no exercício do livre arbítrio. Sem dúvida, os anelos das criaturas nesse sentido são tão fervorosos, que o ideal seria passar uma borracha nos acontecimentos desventurosos, ou “deletar” na linguagem da informática, os desacertos que a primavera passada deixa como lições para a correção da nova alegria.
Nada obstante, arquiva-se na consciência, em essência a convicção de que se está em provas e expiações e que os desacertos da primavera que se passou tiveram o seu propósito, porquanto nada, absolutamente nada acontece por acaso, mas, tudo tem um objetivo nobre na misericórdia das Leis Divinas.
Nesse arrimo, esse proceder significa haurir os ensinamentos na fonte da vida, no Evangelho Redivivo do Mestre Jesus, onde tudo aquilo que se necessita para as jornadas existenciais, estão à disposição para as viagens de aprendizados pelas veredas oferecidas pelo Criador.
A primavera, é sempre bela, colorida e consentida, se renovando com as folhas velhas cedendo lugar, às novas oportunidades para as mudanças interior, materializando a renovação que se deve realizar com os novos propósitos para a bem-aventurança, o bem proceder, o respeito e o amor ao próximo, ciente de que as leis divinas são imutáveis. Oh! Meu Deus. Na primavera, a vida se renova. Que benção.
Nesse sentir, com fulcro na escola dos arautos do bem, pode se dizer que o Senhor do Universo, em tua infinita sabedoria faz cair as folhas velhas das árvores por toda a natureza onde depositou o Seu autógrafo. Assim, a vida se renova, a existência reinicia seu ciclo de folha nova no livro da vida, para escrever a história do aqui e do agora, mais maduros e experientes. Sem contradita, na beleza da vida a natureza engalana-se de tonalidades mil, para contemplar a nova chance de cada uma das criaturas, ao receber a benção da infinita bondade do Criador, tal como o sol que oferece um espetáculo radioso pelas primeiras horas da manhã para uma plateia cuja maioria dorme em berço esplêndido.
Sob esse díptico, a aspiração do momento é que a nova primavera seja repleta de alegria, iniciando nova etapa, tendo a chance de fazer novos amigos, ajudar os irmãos de caminhada, aprender e ensinar novas lições, vivenciar outras dores e suportar os antigos problemas em provas e expiações.
A existência sem dúvida é uma prova na qual se inscreve os candidatos à felicidade, razão porque há novos motivos para chorar e outros tantos para brindar a saúde, a família e a oportunidade d’ouro para realizar os projetos de prisca era anelado.
Indiscutivelmente, a nova primavera será o visto no passaporte para os Páramos Celestiais, porquanto nesse novo começar, repleta os corações de paz, amando o próximo e dando amparo aos necessitados consoante o convite do Homem de Nazaré. Oh! Senhor. Rogamos que nessa nova oportunidade façamos as preces há tempos esquecidas nos corações de tuas criaturas, e que em nome da gratidão agradeçamos, sem nada reclame em homenagem à resignação.
De fato, viver uma nova primavera, é amadurecer e olhar a vida como dádiva de Providência Divina. É também ser rima, é ser verso, é ser Filho de Deus no universo. No entardecer de cada existência e a cada primavera, são os mesmos filhos da Consciência Cósmica, mas muito mais experientes, máxime no dizer do saudoso poeta Carlos Drummond de Andrade, de que “a vida é uma sucessão de acontecimentos”.
São esses acontecimentos de cada dia, de cada hora e de cada mês, na essência da existência dos viandantes que os fazem crescer em direção aos páramos celestiais e nenhuma criatura está imune dessa nova oportunidade. Por essa razão, a Consciência Cósmica concede as reencarnações, tantas e quantas se fizerem necessárias até que se possa alcançar as esferas celestiais, seguindo a lei natural de progresso. Todos alcançarão as estrelas. O tempo de cada um certamente é diferente.
Nesse contexto a humanidade homenageia aqueles que estão comemorando a nova primavera como o nascimento de nova oportunidade de crescimento. Se o Senhor da vida tem permitido atingir largo tempo nessa existência, significa a alegria dos resgates dos desacertos da ribalta e a felicidade de viver o presente, como presente de aniversário.
Bem por isso, parodiando mensagem dos espíritos venerandos, em homenagem ao amor, respeitosamente rogamos licença para utilizar o seu ideário, na epístola de renovação da vida, dizendo que iniciamos a jornada para o amadurecimento espiritual da autêntica valoração porque:
“A primavera é momento especial de renovação para o espírito, porque Deus, na sua infinita sabedoria, deu à natureza, a capacidade de desabrochar a cada nova estação e a nós a capacidade de recomeçar a cada ano”. “Afinal, viver uma nova primavera é ter a chance de fazer novos amigos, ajudar mais pessoas, aprender e ensinar novas lições, vivenciar outras dores e suportar velhos problemas. Sorrir... novos motivos e chorar outros, porque, amar o próximo é dar mais amparo, fazer preces e agradecer mais vezes. Uma nova primavera é amadurecer um pouco mais e olhar a vida como dádiva de Deus. É ser rima, é ser verso, é ser Deus no universo”.
Com esses sentimentos d’alma, segue o nosso ósculo depositado em seus corações com a hóstia da fraternidade universal, anelando tenham os amigos de todo o sempre, um final de semana de muita paz em nome do Divino Pastor.
Do amigo de sempre.
- Jaime Facioli -