A sofreguidão, filha da ansiedade, diante das incontáveis provas do caminho, enfrentam os abrolhos e desânimos da estrada que atingem como flecha ligeira os transeuntes na jornada das avaliações a que estão submetidos os filhos do Eterno, objetivando laurearem-se na universidade da Lei de Progresso. Nesse prólogo, se conduzem os candidatos à felicidade depositando esperanças no Cristo de Deus, cujo natalício se aproxima renovando a festa de amor do Divino Jardineiro, a fim de não olvidarem a realidade de que apesar dos pesares, todos são filhos da Potestade, portanto, Deuses com “d” minúsculo.
O senhor do Universo é Pai de infinito amor e misericórdia e a tudo provê às suas criaturas, concedendo novas oportunidades para se realinharem quando em desalinho, afim de transformarem-se em homem de bem. Oh! Sim. Somos deuses, somos imortais. O Mestre de Nazaré nessa época, como todos os anos, renova a prédica dos textos dantanho, segundo os apontamentos do Evangelista João esclarecendo: Não está escrito na vossa Lei: Eu disse: sois deuses?
Quando se lança a interrogação em apreço, inegavelmente vem à memória os deuses da mitologia grega, romana e nórdica, levando os estudiosos a refletirem sobre Júpiter, o deus do dia, do céu, do trovão e rei dos deuses, na mitologia romana. Desse modo, Somos Espíritos. Com fulcro nesse sentimento, na mitologia, esses deuses se manifestavam aos homens, através dos chamados hierofantes, profetas, as sibilas que outros não são senão, os Espíritos. E é esse exatamente o sentido de deuses. Somos Espíritos. Nossa divindade está na evolução, no desenvolvimento intelectual, afetivo e emocional, realizando o progresso dos filhos do Altíssimo em todos os níveis.
Ora, sim. Não existem limites para o progresso e a evolução dos filhos do Eterno. Lembramos da escada simbólica de Jacó, no Velho Testamento, pela qual se pode subir indefinidamente da Terra na direção dos céus. Trata-se de uma simbologia que trata da evolução dos deuses, dos Espíritos, na ascensão infinita. Sob esse pálio, Somos Deuses. Por isso, cabe aos viajantes das estrelas realizarem o que realizam os deuses: Aqui e agora, emularem-se em prol da própria reforma, renovando o mundo belo, colorido e consentido onde se vive as provas e as expiações.
Pois bem. Ao desfraldar essa bandeira, vê-se quanto progresso a sociedade civil organizada já alcançou, seja na imprensa, no telefone de Graham Bell, o rádio, a televisão, o computador e a informática. Meu Deus! Nessa área desde o comércio da loja ao telefone celular, aos aviões, aos satélites e a conquista do espaço sideral. É vero. Esse apogeu foi conquistado utilizando o progresso notável onde nós, os espíritos, deuses terrestres tem diuturnamente conquistado.
Vivemos a era digital, em que as informações transitam em velocidade instantânea e há comunicação direta entre as pessoas, sem limites de tempo e espaço. Na área médica, as vacinas, tratamentos, as cirurgias do coração, as microcirurgias. São médicos notáveis que operam fetos no ventre das mães. A sociedade contemporânea encanta, dando-se conta de que ainda nós achamos no planeta Terra, um planeta de provas e expiações. Sob essa luz aurifulgente, se tem múltiplas razões para imaginar, sonhar, especular a respeito de como será a realidade quando a Terra alcançar o Mundo de Regeneração. Imagine-se o que acontecerá quando as criaturas do Eterno alcançarem o apogeu de homens de bem, portanto, melhores do que na atualidade.
Oh!
Se somos agora, com todas essas dificuldades e deficiências, portadores desses avanços já conquistados, o que não será do porvir, quando as pessoas se modificarem na dignidade, na moralidade e na ética? É verdade, aproximar-se-á de Deus, seremos justos e verdadeiros irmãos na excelência da palavra da fraternidade, modificando o planeta Terra no paraíso do mundo em regeneração. Inegável assim, que somos deuses com o poder de inventar coisas surpreendentes, razão para manter desperto o potencial ínsito n’alma a promoção da concórdia entre todos, a paz individual e a paz no mundo. Sob a luz dessa reflexão, aproximando a festa do final do ano no calendário civil gregoriano, é comum que os seres humanos enfrentem azáfama indescritível razão porque se anele adiantar os expedientes, dar conta dos recados, por tudo em dia e entrar em férias, isto é, o descanso das atividades naturais que cada um desenvolve para o seu crescimento.
Nos cartórios da vida, há as correições. Nas demais atividades as pessoas se preparam como podem. Vem o 13º salário, e com os bolsos refeitos, preparam-se para as compras, viagens e tudo que se tem direito, inclusive presentear e ser presenteados em nome do Celeste Amigo. Tudo é festa. É alegria. É felicidade. É justo e direito, afinal se trabalham o ano inteiro, cumpre-se retamente os deveres, óbvio que não há mal algum em repousar alguns dias, literalmente "fugindo da rotina". Mas, o que não se pode esquecer é que as tarefas que se realiza no dia a dia, vez por outra causam constrangimentos, sofrimentos, cansaço e melancolia, ferramentas indispensáveis ao progresso de elevação d’alma.
São elas que pugnam a favor da evolução no caminho do progresso, lei da Divindade a qual todos estão submetidos para a felicidade que aguarda os viajores no porvir. Por isso, nos instantes de instabilidade se convidam os viajantes das estrelas a refletirem nos propósitos das existências para a auto realização interior em busca da paz dos corações. Daí descansar sim. Tirar férias é medida saudável e o espírito agradece enternecido. Mas fugir dos obstáculos jamais.
A propósito, conta-se que um senhor, em um dia de trabalho atormentado, experimentara todas as dificuldades que a vida pode oferecer num só dia. Empregados desidiosos, títulos no cartório, faturamento em declínio, desentendimentos com os fornecedores. Tudo lhe corria em desalinho e parecia que o mundo iria desabar. Um amigo de longa data, lhanozo, vocacionado para a pureza do coração, como ensinou o Homem de Nazaré, acompanhou-o até sua casa ao final do expediente, e ao entrarem em sua morada notou que o amigo entristecido tocara levemente num pinheiro que tinha plantado na entrada de sua casa, árvore comum na época de natal, destinada a colocar os presentes, e feito isso adentrou em seu lar.
Lá dentro, transformou-se, do rosto e expressão de preocupado, num ar de tranquilidade, de paz interior, de felicidade. As rugas das preocupações do dia, estampadas no seu rosto, cederam lugar a uma face serena. Ele beijou a esposa, abraçou os filhos, perguntou-lhe sobre seu dia, conversaram sobre amenidades e assuntos que enobreciam o espírito, olvidando-se de dar seguimento as fofocas ou histórias que entristecem a alma.
Nesse proceder retilíneo, fez-se ponto final nas desilusões e desesperanças. Transformou-se em outro homem. Das preocupações do dia nada restavam; curtiu a família desfraldando a alegria e serenidade no lar abençoado. Diante do novo homem, o amigo admirado com a metamorfose radiosa que enterneceu seu coração, pediu explicações dessa transformação, porquanto anelava também colocá-la em prática em sua própria vida, ou seja, despedir-se das tristezas e preocupações e entrar no reino da alegria, da paz e da felicidade.
O amigo confidenciou-lhe sem segredo. Tu viste na entrada da casa o meu pinheirinho? Ao entrarmos depositei lá todas as minhas preocupações e entrei para viver a alegria da família, a felicidade de estar nessa reencarnação. A oportunidade de poder resgatar meus débitos, de cumprir retamente com minha obrigação.
Isto é, a chance se ser feliz, é aqui e agora. Amanhã pela manhã, quando eu sair, tocarei novamente no pinheiro e recolherei os meus problemas lá depositados e irei, devagar, lentamente resolvê-los, na fé em Deus convencido de que ele não dá aos seus filhos, carga maior do que eles possam suportar.
A vida é para ser vivida em cada momento, as suas necessidades ou preocupações. Quando no trabalho, realizamos o melhor de nossa capacidade, com honestidade, sinceridade, dedicação e profissionalismo. Quando em casa, curtir a família, a esposa, os filhos, a fraternidade com os vizinhos. Quando em sociedade, na igreja de nossa devoção, nas nossas viagens de férias ou nas festas que participamos, sendo solidários e fraternos.
ESSE É O PINHEIRO DA FELICIDADE.
Com esses sentimentos será possível um exercício de fraternidade e amor, conscientizando no fato de que: A inteligência sem amor te faz perverso. A justiça sem amor te faz implacável. A diplomacia sem amor te faz hipócrita. O êxito sem amor te faz arrogante. A riqueza sem amor te faz avaro. A docilidade sem amor te faz servil. A pobreza sem amor te faz orgulhoso. A beleza sem amor te faz ridículo. A autoridade sem amor te faz te faz tirano. O trabalho sem amor te faz escravo. A simplicidade sem amor te deprecia. A oração sem amor te faz introvertido. A lei sem amor te escraviza. A política sem amor te deixa egoísta. A fé sem amor te deixa fanático. A cruz sem amor se converte em tortura. A vida sem amor, não tem sentido, por isso o Homem de Nazaré, edificou a Lei do Amor para a reforma da humanidade.
Em síntese apertada, com o epílogo, remetemos carinho, estima e elevada consideração, osculando seus corações em nome da oblata da fraternidade universal, anelando que tenham um ótimo fim de semana e uma preparação PARA O NATAL e as férias na paz de Jesus.
Do amigo fraterno de sempre.
Jaime Facioli.