No planeta de provas e expiações, não se desconhece que o mundo onde os filhos de Deus habitam em caráter provisório é uma prisão onde o corpo físico se submete às correções do passado comprometido; da mesma sorte é um hospital destinado a curar as dores do corpo físico e d’alma; igualmente trata-se de um educandário com a finalidade de preparar as criaturas do Eterno para o nobre destino que os aguardam, mediante a transformação dos aprendizes da felicidade, em homem de bem para alçar voo aos esplendores celestes.
Sim. Na área do aprendizado é comum se reclamar do mundo, das ocorrências desairosas que estão sob o crivo das observações dos aprendizes ou nas tragédias provocadas pelo próprio homem. O fato é que de comum a visão acanhada dos desatentos tomam ciência das maldades cometidas pelos viajantes das estrelas e dizem que o mundo vai muito mal.
Ora, sim, sem fazer ouvidos moucos à realidade, é patente o exercício da prerrogativa da livre escolha, conforme ensinou o Nazareno, pois todos são semeadores, do bem ou do mau para a colheita futura, razão porque ainda se constata no mundo de provas e expiações, as ocorrências de crimes hediondos, de corrupção, feminicídio e tantos outros que desafiam a lei do respeito e da cidadania, ensejando os viajantes em provas a exprobarem dizendo que de nada adianta no mundo que está perdido.
O fulcro da falta de fé, sustentam os desiludidos, é que os anos se dobram acumulando séculos e as criaturas continuam agindo como lobos, diante das guerras, do charlatanismo, do desrespeito às leis pétreas do Senhor do Universo, chegando mesmo a duvidar das atitudes do homem probo, conforme ensina Santo Agostinho.
Apesar dos sofrimentos, da opressão e da tristeza dantanho, a história da humanidade espelha o soerguimento dos filhos amados, relembrando o ontem das existências, sem os direitos de qualquer ordem, onde as mulheres eram propriedade dos pais/maridos, que decidiam seus destinos sem contestação da sociedade, ou lei que lhes garantissem os direitos humanitários.
A bandeira desfralda nos tempos hodiernos, implica em consciente compreensão dos alunos nas provas aqui e agora, num mundo em constante efervescência política, econômica e sociocultural, assumindo inequívoca presença nesse planeta, ainda que conturbado está em constante e verdadeiro desenvolvimento atendendo o comando da Lei de Progresso.
In veritas, ainda que em seu desenvolvimento esteja repleto de equívocos, de maldade, e de inimaginável crueldade, é suficiente que se apresente uma tragédia em qualquer local do planeta, para que todos os filhos do Eterno se irmanem em donativos, em auxílio, em voluntariado para saciar a sede e a fome dos envolvidos nas misérias, atendendo a prédica do Nazareno, considerando que toda vez que atendes um necessitado e a Ele que o fazeis.
Presentemente o ser humano tem seu direito à vida assegurado. As mulheres conquistaram um largo espaço, podendo frequentar a escola, ilustrar suas mentes, tornando-as ainda mais brilhantes. Sim, ainda há muito mal na Terra, mas o amor fraterno vence as trevas.
N
esse sentir, a soma de bens sobrepuja o obnubilado que ainda persiste. A dor é socorrida com a anestesia e o medicamento. As doenças consideradas incuráveis são combatidas e a higiene é propalada como indispensável condição para a saúde e dignidade da vida. Sob o pálio de Apóstolo Paulo, inegável que os viajores das estrelas não são perfeitos e há muito a ser alcançado nos abrolhos das estradas, mas graças à Deus, a sociedade já está fortalecida para os embates do progresso, vencendo as tempestades, etapa a etapa, importando uns com os outros, na lição do Divino pastor, para amar o próximo, como a si mesmo.
Com esse amor n’alma, estamos melhores hoje. Guardemos a certeza continuando a crescer para a luz. Somos filhos da Luz, afirmou o Pastor das Almas. Iluminemos, pois, com a Luz da compreensão amparado os caídos, socorrendo aqueles que erram, estendendo as mãos aos que se desalinham pela porta larga das provas. Somos seres humanos. Comportemo-nos como filhos da Providência Divina, amando-nos uns aos outros. E, de mãos dadas, alcemos voo para a angelitude, porque, sim, ela está próxima dos filhos do Eterno.
No epílogo sub oculis, se descortina que em todo ano novo, renovam-se os momentos e as oportunidades para as criaturas colocarem em pauta seus anteprojetos, transformando-as pretensões em realidade através da materialização dos desejos sonhados com tanta sofreguidão e esperança.
É disso que se trata, da esperança que o Senhor da Vida concede aos seus filhos, dando-lhes força e discernimento para o enfrentamento do bom combate no ano que se iniciou como nova oportunidade, nova chance de acertar no alvo dos projetos pulcros de vida, realizando com destemor as tarefas que as provas ensejam a cada um dos candidatos à felicidade.
Joanna de Ângelis, por psicografia do querido irmão Divaldo, traça rogativa para cada amanhecer nas provas dos viandantes em busca das realizações pulcras d’alma, ensejando licença da pena para a metáfora de amor dizendo:
Ano novo, oportunidade renovada. Cada reinício de ano representa divina concessão, que não se pode desconsiderar. Há que se manter em atitude positiva em relação aos acontecimentos que devem ser enfrentados; otimismo diante das ocorrências que surgirão no ano que nasce repleto de vigor, com coragem nos confrontos das lutas naturais no recomeço das tarefas interrompidas no ano que se despediu porque aqui e agora é a ocasião de realizar o programa planejado.
Cada ano que se inicia é um novo amanhecer e um convite sereno à conquista de valores que pareciam inatingíveis. À medida que se inicia o ano novo, avançando no calendário Gregoriano, aproveitemos todos os minutos, as horas, os dias e sem pressa nem postergação do dever, caminhemos com fé e esperança. Não se aflijas diante das novas tarefas que tem pela frente em nome do bom combate. O passado é passado, o futuro a Deus pertence, mas o ano novo é um presente da Divindade.
A
ssim, no novo alvorecer, reinicie-se a nova oportunidade com alegria renovada e sem passado negativo, enriquecido que foi pelas experiências que constitui recurso valioso para a vitória que se busca no ano de ventura que começa na graça do Senhor do Universo.
Na luz desse ideário, se vive a oportunidade para o despertar da consciência que jaz nas criaturas, agradecendo a Deus pelas preces evocando o Criador na rogativa para nos ensinar a valorizar o amigo que nos socorre, que nos escreve, que nos telefona, para saber como estamos, pois, a amizade é dádiva que o Pai nos concede. Não se deixe abater pela solidão pois quem é solidário deixa no poço do esquecimento a solidão. Que nossa vida seja de solidariedade. Almejamos Senhor, sermos caridosos para colocar em movimento as forças da alma.
Sob o pálio da alegria que possamos realizar o trabalho do bem, no dia de hoje, sem postergar a prática da caridade, somando esforços, energia dinâmica que nos faculte o progresso, uma vez que não será lícito a ninguém se omitir no trabalho do bem. Ensina-nos, Senhor, a não julgar, pois normalmente não detemos conhecimento de todos os fatos, sendo injusto fazer juízo de valor do desconhecido.
O exemplo é força que vale por milhões de palavras e se constitui em coragem que espraia ao infinito, mas mesmo considerando que não se pode responsabilizar por outrem e pelo que fazem de suas vidas, oxalá nosso proceder seja, na palavra do Cristo de Deus, sim, sim, não, não. Permita oh! Pai, que quando ofendido, no lugar da tristeza usemos da virtude da misericórdia, conscientes de que pior seria se fosse o ofensor, cujo resgate dos acúleos, reserva o futuro de dores excruciante.
Faça Senhor, que no anoitecer de nossa existência, no declínio natural da vida orgânica, quando tudo parecer convergir para o que supomos o "nada existencial", a vida renasça triunfante, bela e colorida, como folhas novas, ou flores que renovam a vida, sob as bênçãos do recomeço de uma nova jornada de progresso.
Com esses sentimentos dalma anelamos que os amigos enterneçam seus corações e recebam o ósculo da fraternidade em nome do Divino Jardineiro.
Do amigo fraterno de sempre.
Jaime Facioli