Iniciar o ano menino no calendário gregoriano é a jornada de um novo sol aurifulgente para a realização dos projetos existenciais anelados com sofreguidão. Não há catástrofe à vista e nenhum místico pode fazer vaticínio para o “fim do mundo”, como anunciam os mistificadores nas predições dos números cabalísticos com suas falácias, porque o Senhor dos mundos é o dono do Universo, onipotente, oniscientes e onipresente.
Oxalá não se iludam os prestidigitadores de plantão, tentando embair os viajantes das estrelas em sua boa-fé, porque os filhos do Eterno, nos tempos hodiernos não vivem mais de ilusões, mas, pelo contrário, estão conscientes de sua filiação pela Potestade, criador incriado de todas as suas criaturas eternamente oferecendo o cálice do seu infinito amor as suas obras.
O Pai é de misericórdia e bondade. Suas obras embelezam o universo e as estrelas brilham no infinito, na jornada de progresso de suas criaturas, não tendo criado o mundo maravilhoso onde habitam seus filhos para ser “queimado” ou inundado pelas águas.
Aqueles que adoram vaticinar, profetizaram “os fins dos tempos” como sendo o ano 1.000 DC, mas como nada aconteceu, mudaram a data de suas antevisões, dizendo que dos 1.000 anos passariam, mais aos 2.000 não chegaria. O mundo não acabou, ainda que tenha ocorrido má exegese sob o auspício do calendário dos Maias no ano de 2012, e na verdade a previsão dos místicos de plantão também não aconteceu.
Em “veritas”, diante da beleza da natureza, do universo, do sol que ilumina os mundos, os mares com os seus movimentos incessantes e as estrelas que pontilham no infinito, piscando nas noites escuras, para acenderem suas bandeirolas clareando as noites do infinito, é crível afirmar-se na fé que O Senhor do Universo não criou e não cria nada, absolutamente nada sem propósito. Logo, é inimaginável que o Senhor da vida, irá atear fogo ou inundar o planeta para o seu deleite.
Na vida tudo tem um propósito, tanto como no planeta onde habitam os viajores das estrelas, seguindo a natural evolução dos filhos do Eterno, em curso para o aprimoramento da Lei de progresso, motivo e causa para não se embaírem na vã filosofia dos desatentos de plantão.
Sob essa bandeira, a nenhum dos filhos da Potestade será lícito escusar-se de aproveitar a oportunidade que o Senhor da Vida concede as suas criaturas em trâmite no périplo das provas expiações.
C
ientes dessa realidade e da Misericórdia do Pai Celestial, tenha-se em vista no ano novo que se experiência, no seu alvorecer lograr êxito nos sonhos e estabelecer as metas que o novo despertar convida para a viagem, adotando os passos em direção aos projetos anelados.
Nesse prólogo d’alma, por mais que se falem de tristeza, caminhamos sorrindo, pois, tristezas não pagam dívida e um sorriso não custa nada e rende muito, enriquecendo quem o recebe sem empobrecer a quem oferece. Não permita que o rancor faça morada em sua vida.
Nenhuma ofensa será capaz de ofuscar a sua paz interior. Continue perdoando sempre. Quando Simão Pedro indagou do Mestre Jesus quantas vezes seria o limite para se perdoar, ouviu como resposta não sete vezes, mas setenta vezes sete vezes, o que torna a virtude do perdão infinita.
Se as decepções chegarem sem serem convidadas, recorde-se de que os dissabores fazem parte da cesta básica da vida. O Divino Pastor lecionou que somos o sal da terra. A ninguém passa despercebida que a refeição sem o sal fica “sonsa”, e sem sabor. Assim também a vida tem o seu tempero. Deixe virem as dissidências, pois, para elas estamos firmes na fé.
Prossigamos confiando. Por mais que os vendavais abalem os alicerces, ameaçando os projetos de fracasso, continuemos apostando na vitória. Afinal, ser filho de Deus é uma dádiva. Quando apontarem os erros, é porque somos aprendizes passando pelo cadinho do exame de consciência e se for verdadeira a acusação, eis o momento d’ouro para a correção de rumo. Se não forem autênticas as premissas que maculem o inocente, elas não merecerão consideração e vida seguirá o seu curso, mais forte e mais vigorosa, seguindo os cânones dos acertos praticados.
Nos momentos de ingratidão a que os filhos de Deus estão sujeitos, não há razão para abandonar àqueles que testam o verdadeiro amor e continuemos a praticar a caridade, assim como Jesus fez em priscas eras, pedindo perdão aos agressores equivocados. De fato, um dos componentes da cesta básica das provas é a certeza da doença que chega sorrateiramente, muitas vezes levando amigos/parentes para a grande viagem de retorno a pátria espiritual. Nem assim se autoriza o abatimento, mas prosseguir vibrando pela saúde física e metal, vitalizando assim a vida sempre bela colorida e consentida.
É
crível que, vezes sem conta, viajantes ignorantes, diante do progresso e dinamismo da atualidade fiquem aturdidos. Não tem importância. Que os estóicos não se assustem, nem mesmo com a velhice, pois o importante é sentir-se jovem, até porque, sabe-se que o que o tônus vital vai diminuindo na medida em que os anos passam, sem inibir o exercicio da inteligência, para se prosseguir no rumo traçado pela Divindade para seus filhos chegarem aos páramos celestiais.
É dever, obrigação ética e moral das criaturas trabalharem em prol da verdade e jamais se deixarem levarem pelos interesses impulcros, do que prejudicar a outrem. Amar o próximo como a si mesmo é oferenda da medida do certo e do justo para os procedimentos retilíneos reclamados pela vida.
Prossigamos no caminho da verdade. Não se olvide de semear o bem; por onde quer que passe, a semente de seu amor fraterno deve ser o ícone conduzindo o justo a receber os benefícios da bem-aventurança, pois todo o bem de que se faça portador, no amanhã advogará a seu favor no Excelso Tribunal Divino.
Parodiando o espírito benfeitor da humanidade Joanna de Ângelis, o reto proceder deve deixar pegadas luminosas nos caminhos por onde transita a fim de servir de guia e luz para aqueles que vêm na retaguarda. Recordemos Jesus, o modelo e guia da humanidade segundo dispõe a questão número 625 de “O Livro dos Espíritos”. Imitemo-lo e sejamos felizes.
Desfraldando a bandeira desse ideário, anelamos no ano de 2023, adotar esses passos no carreiro de nossas provas, para sentir a vida florir, semeando a boa semente afim de que todos que nos encontrem no caminho possam haurir o doce perfume dos filhos de Deus em busca da felicidade.
Com esses sentimentos d’alma, segue o nosso ósculo depositado em seus corações, com a hóstia da fraternidade universal, anelando tenham os amigos de todo o sempre, um final de semana de muita paz em nome do Divino Pastor.
Do amigo Fraterno de sempre - Jaime Facioli.