Sem contradita, a luz do espiritismo, doutrina religiosa de cunho filosófico e cientifico, sob os ditames da crença ínsita no universo, homenagem à lei da evolução espiritual das criaturas, através das reencarnações, o profitente dessa realidade está convicto de que os filhos do Eterno nascem, morrem renascem e progridem sempre, essa é a Lei, consoante a inolvidável, frase que está gravada no túmulo do paracleto em sua lápide no Cemitério do Père-Lachaise em Paris em 31.03.1869.
Ciente dessa realidade, convém prestar atenção no modo como se vive. A reencarnação é uma bendita oportunidade de purificação para conquista da paz constituindo preciosa bolsa de trabalho e estudo, com amplos recursos de pagamento.
Assim, qualquer que seja a provação que se apresente na busca da iluminação assinalando o caminho, evitemos os murmúrios da reclamação e conjugue o verbo amar, trabalhando com ternura atendendo ao comando das leis pétreas que abrem os caminhos para a incontáveis moradas celestiais.
Com efeito, se necessário a dor, que a prova seja estóica, resignada e com conduta resiliente, sem olvidar de agradecer a Deus em qualquer circunstância que o sofrimento se apresente, com a fé presente na súplica até se ouvir em alto e bom som a voz de Deus falando na intimida de seu coração.
No livro Justiça Divina, capítulo 37, o espírito benfeitor da humanidade Emmanoel pelas mãos abençoadas de Francisco Candido Xavier oferece àqueles que têm sede de apreender os ditames da vida, as regras áureas para o bem viver.
Nesse corolário, nascer, viver e retornar de forma contínua em busca do auto iluminação, é o apanágio das criaturas que se transferem desta vida para o Mais Além, mesmo sabendo que incontáveis irmãos de jornada realizam a travessia em comento sem preparo algum, nada obstante saibam que a morte é apenas o destino final da vida física.
S
ob o pálio da retórica, embora se saiba que a morte é o destino final da vida física, vive-se como se isso não fosse verdade. Nada obstante, pesa o fato de que todas as criaturas do Eterno têm o mesmo destino.
Residam em pequenas cidades ou em capitais famosas, depois de longos períodos de enfermidade ou de forma repentina, são vitimados por acidentes ou fenômenos da natureza, quando não, vítimas de guerras, de epidemias pois ninguém se evade da lei justa da colheita.
O instrumento afiado, de que se serve a “morte”, atinge o pequenino, ainda em formação na câmara uterina, tantos como nos primeiros anos da infância, na idade adulta, na juventude risonha ou na idade avançada.
De um jeito ou de outro, ainda que pareça a saciedade estranha a “morte” do corpo físico, ninguém foge da fatalidade que abraça os sadios e deixa os enfermos. Sim. É fato verdadeiro que a “dita cuja” não escolhe alguns ricos e poderosos em vez de pessoas paupérrimas, que padecem toda sorte de necessidades.
Na hora do ajuste de contas no livro da existência de provas, não raro detestada por incontáveis viajores, há os que desejam com ansiedade, prestarem as contas como depositários das bênçãos divinas, no intuito de se liberar de dores que acreditam não mais suportar. Cogente, pois, asseverar que os fatos continuam sendo um mistério da vida física e, muitos a ridicularizam, mesmo quando alcança pessoas próximas do tálamo familiar.
A Morte, cantada por poetas, das mais diversas formas, muitas vezes, anuncia a sua visita. Se o viajor estiver atento, se prepara para a inevitável jornada. Também aparece, inesperadamente, e sem maior consideração, afinal, desde que se nasce, se está destinado a essa fatalidade, considerando que tudo no mundo material consumindo energia exaure-se com o tempo transferindo para outra morada.
Para alguns, essa despedida inspira compaixão e para outros oferece saudades e agonia, sem que isso altere a realidade dos fatos de que morrer não significa acabar-se. Trata-se, apenas, da transferência de uma situação vibratória para outra.
N
ão se permita imaginar fosse um sonho que nunca se acaba ou “nirvana” cultuado pelos indianos, como se fosse um paraíso. Cada um dos filhos do Senhor da vida, ao deixar o corpo físico, encontra exatamente o campo que semeou. Cada morte física é conforme a existência vivida. Não há privilégio. O Divino Rabone ensinou nos tempos imemoriais:
A cada um segundo as suas obras. Que os profitentes não façam ouvidos moucos. Ele veio viver entre os que têm sede de justiça conforme a cátedra do sermão do monte, ensinando pela experiência do amor, a libertação das más tendências, heranças dos atavismos e dos sentimentos grosseiros.
Inegável pois, que o Divino Carpinteiro desceu das estrelas para conviver no mundo, sem se contaminar, Espírito Crístico apresentou-se como o Pastor das almas e, diante da sua afirmativa de que nenhuma de suas ovelhas se perderia, cabe os irmãos menores depositarem N’Nele irrestrita confiança.
Nesse arrazoado, cabe viajar na direção da iluminação interior, preparando-se para a vida além da vida, conscientes de que os bons Espíritos, virão dar as boas-vindas, conscientes de que as criaturas humanas jamais estão a sós para o refazimento espiritual, no ciclo da vida, ao nascer, viver, morrer, renascer.
Com esses sentimentos d’alma, segue o ósculo depositado em seus corações com a hóstia da fraternidade universal, anelando tenham os amigos de todo o sempre, uma semana de muita paz em nome do Divino Pastor.
Do amigo de sempre.
Jaime Facioli