O bom ânimo, nas circunstâncias aziagas das provas da existência não permite o desânimo para cercear o êxito da alegria de viver, agir e expandir a certeza de ser filho do Altíssimo, herdeiro do universo, qualidade na qual se coloca sempre em oração para desfraldar a bandeira da alma em constante progresso. Atravessar a grande jornada do progresso é um passo gigantesco em busca da felicidade e nas realizações d’alma.
Claro, no caminho encontram-se calhaus, acúleos e toda sorte de impeço, provas e ou expiações destinadas ao crescimento espiritual das criaturas do Eterno. Nada obstante, essa realidade termômetro que avalia o grau das escolhas, os desatentos tendem a se entregar ao desânimo, quando não se deixam descoroçoar na missão que abraçaram outrora na pátria espiritual, razão porque não completam a missão desperdiçando a oportunidade da reencarnação, meio que conduz mais rápidos os candidatos aos parámos celestiais.
Nesse prólogo, os profitentes da universidade da existência percebem qual é o pior inimigo da jornada evolutiva, conscientes de que o filho zeloso é aquele que desfralda as qualidades de trabalho pelas virtudes do caráter forjado no bom combate. In-veritas, a criatura humana se admira pelas qualidades de seus afazeres e suas virtudes na luz luminífera da honestidade, virtudes essas sempre percebida pelos inimigos da evolução, sob o apodo da ignorância, calúnia, maldade, discórdia, vaidade, preguiça e desânimo.
É desse modo que se unem os adversários do progresso, agindo contra o homem de bem, escudados nos objetivos pusilânime para leva-lo a derrota. Nesse discurso de ideias, é oportuno trazer à colação a metáfora que simboliza esse ideário, afiançando que a ignorância invariavelmente tem início em uma perseguição aonde veste-se o povoléo como mau observador das obrigações sociais, religiosas, morais e ou obrigacionais.
Ora, sim. Com esse argumento, diz a ignorância que as criaturas se isolam e não cuidam de seus afazeres, repleto de ambições desmedidas é o mote de enriquecer à custa do suor alheio, pois não guarda a fé no Senhor da Vida e muito menos respeita os bons costumes. Nada obstante o arrimo sem causa, do outro lado da estrada, o homem de bem, o lavrador ativo recebe as notícias da adversária ignorância, sorri calma e constata com sinceridade que a ignorância está desculpada.
Pois bem, diante do embate das ideias, entra em cena, a figura da calúnia e denuncia o lhanozo trabalhador às autoridades como se fosse um espião com interesses escusos. Oh! Meu Deus! Como isso é possível uma vez que aquele homem probo vivia, literalmente sozinho, sendo inimaginável em nome da verdade, tenha em tempo algum se sintonizado com uma sucia de malfeitores.
Cogente pois, naqueles trabalhadores do bem, envolvidos no bem proceder, o eficiente serviço policial razão porque tratou com minuciosas averiguações as falácias e, ao término do inquérito vergonhoso, a vítima afirmou sem ódio: A calúnia estava enganada.
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or isso, diante da inverdade sustentada pelo algoz, o bom lavrador trabalhou com redobrado valor moral, evitando que a insinceridade em nova investida consorciada com a maldade pudesse incendiar o campo do trabalho da honestidade, da verdade e da probidade. Assim, desfraldando a bandeira da paz contra as sombras do mal a luz se fez no bom lavrador, porquanto a insinceridade abateu-se no insensato ao reconhecer que perseguia um Espírito robusto na fé.
É certo que o homem de bem experimentou dores acerbas mas manteve a fé e a confiança no Senhor da Vida, permanecendo firme nos propósitos lhanozos do bem. Foi nesse instante que surgiu a figura da vaidade provocando e lustrando o ego do bom homem dizendo: Você foi um grande herói. Venceu as aflições das batalhas. Merece o laurel dos justos. Diante da batalha da lisonja, o homem probo continuou imperturbável, dizendo ser apenas um filho de Deus e que toda glória pertence a Deus, não tendo espaço para a preguiça que lhe acariciava a fronte com as mãos traiçoeiras para induzi-lo ao repouso, motivando a todo custo repor as forças. Apesar dessa lisonja o obreiro do bem vigilante, quando interpelado replicou sem hesitar. Meu dever é o de servir em benefício de todos, até ao fim da luta.
É disso que se trata a retórica da travessia das provas e expiações no objetivo para alcançar os páramos celestiais. Afastar-se da preguiça o desânimo. Não se sentar na poltrona da comodidade fazendo ouvidos moucos para o bem proceder. Em síntese, atravessar a grande jornada da vida é um passo gigantesco em busca da felicidade, considerando que no caminho há calhaus, acúleos e toda sorte de impeço, como provas destinadas ao crescimento espiritual. Todavia, diante dessa realidade que mede o grau das escolhas, os menos avisados tendem a entregarem-se ao desânimo quando não deixam a missão por completarem, desperdiçando a oportunidade d’ouro.
No livro Missionário da luz, da lavra do espírito benfeitor da humanidade André Luiz, há um diálogo memorável de Clarêncio e André Luiz, cuja anotação tem o sabor desta verve, quando um dos irmãos prontos a reencarnar, saído do departamento de reencarnação com o mapa de sua nova trajetória, Clarêncio, o orientador de André Luiz, despede-se do candidato a felicidade dizendo, ipsis verbis: “Seja um complentista”.
André Luiz ao ouvir a inusitada despedida, sequioso de conhecimento indagou perplexo ao seu benfeitor. Não conheço essa expressão. De que se trata? O bondoso orientador esclareceu à saciedade: É que a maioria dos candidatos à felicidade pela viagem da reencarnação realiza aqui seus projetos, seus anelos e sonhos, mas na grande tournée pelo planeta Terra, diante da porta larga da existência, perdem-se nos vendavais da existência física e não conseguem concluir o programa ao qual se comprometeram para o seu progresso. Desse modo, ao retornarem, cumpriram menos do que os planos adredemente traçados na pátria espiritual. As oportunidades em comento, as chances de uma nova reencarnação são como as brisas nas noites quentes de verão, elas vêm e vão necessitando regime de urgência para aproveitar cada minuto para preparar-se para o porvir.
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ecordemos o Divino Pastor: Em suas prédicas, sempre falou para o amanhã, e assim foi com o ensinamento de que “Na casa de meu Pai há muitas moradas”, prometendo a bem-aventurança consoante o plantio do presente. Da mesma sorte, Antoine de Saint-Exupéry estabeleceu que os filhos do Eterno são responsáveis por tudo que cativam.
Inconcebível na travessia da viagem pela vida a inércia sem o desencanto posterior. As oportunidades oferecidas pela Consciência Cósmica não podem encontrar nos corações sequiosos de progresso a dúvida, as barreiras emocionais, a insegurança, o medo, e falta de fé que paralisam os projetos para alcançar os páramos celestiais. O Senhor da vida oferece segurança para os anelos sinceros e a proteção indispensável à tournée que se propõe os candidatos a felicidades. Estão aí os anjos guardiões que protegerem os viajores na figura dos espíritos benfeitores da humanidade, razão porque não se pode alegar ignorância no caminho a seguir.
Afinal, as lições de Francisco Cândido Xavier, Eurípedes Barsanulfo, Santa Madre Tereza de Calcutá, Dr. Bezerra de Menezes, Emmanoel, Joanna de Ângelis, André Luiz, Santo Agostinho, São Francisco de Assis, e tantos outros ícones que o Pai Celestial nos oferece para seguir os seus exemplos falando alto e em bom som aos corações amorosos.
Não por outra razão, concebe-se que recebemos Allan Kardec, o insigne codificador, Mohandas Karamchand Gandhi optando pelo exercício da não violência, espelhando-se nas pegadas do Divino Nazareno. O Divino Mestre, o foco de luz mais brilhante, segundo os ditames da questão 625 de “O Livro dos Espíritos” é o modelo mais perfeito que Deus concedeu aos seus filhos para guiar seus herdeiros na travessia da vida até chegar ao porto seguro dos esplendores celestes sob o comando daquele que asseverou que não nos deixaria órfãos.
É fato que Deus pediu a Moisés para libertar o povo de Israel, tendo ele escusando-se, mas em respostas da Divindade o Senhor do Universo, onipotente, onisciente e onipresente respondeu em sua infinita sabedoria que ele não estaria sozinho. A historiografia confirma que realmente ele não estava só. Mãos à obra, coragem e como Paulo, o apóstolo dos Coríntios, lutar o bom combate libertando o povo que conduziu, cumprindo assim a seu dever tornando-se parte da história da humanidade. Bem se vê que a travessia da vida, carece do bom animo, é fé em Deus realizando toda a diferença nas veredas que se ponham nos caminhos na jornada da vida.
Quando as oportunidades baterem à porta, antes de dizer não com um amontoado de desculpas olhe para o alto. Daí graças sempre. Não espere, seja o bom trabalhador para cada solução, porquanto as flores nascem cada uma a seu tempo e há frutos para todas as estações. Deus, zela pelas suas criaturas. Planta no caminho de seus filhos a coragem, a motivação. O Divino Pastor nunca prometeu um caminho sem dificuldades, um mundo sem aflições, mas nos disse para ter bom ânimo.
Jaime Facioli.