A vida é um espetáculo radioso, sempre eleva os filhos do Senhor do Universo, criados simples e ignorantes em tempos imemoriais, destinados ao progresso, sem olvidar que entre eles há viajores das estrelas no vestibular do progresso, que choram sentindo os espinhos das dificuldades apresentados pelo aprendizado da existência, nada obstante os espículos das hastes no roseiral, há outros acadêmicos mais avançados, aprovados na academia da vida, que gargalham de alegria ao constatarem que vencidos os espinhos as rosas exalam seu suave perfume.
Com fulcro nesse prólogo, há viajores ainda que busquem a felicidade, deixam-se levar pela porta larga do aprendizado colhendo como resultado os frutos do sofrimento, as dores e as desgraças, perdendo-se as oportunidades das provas na universidade da existência, enquanto outros elegem ver a beleza com que o Senhor da Vida emoldurou o planeta onde suas criaturas evoluem na escola das provas e expiações sob a égide da lei de progresso.
Sim. Os envolvidos nesses pulcros sentimentos são gratos pelo que receberam, seja no corpo maravilhoso, nos olhos como dois faróis para enxergarem as flores enternecendo os corações amorosos, com os quais contemplam o altar da natureza, desabrochando na beleza das flores, resplandecendo no autógrafo de Deus brindando suas criaturas com no grande espetáculo da vida, sempre bela, colorida e consentida.
A propósito da retórica, - sobre as escolhas que cada um dos filhos do Eterno realiza, - é de bom alvitre relembrar nos anais da história pátria, fato pitoresco ocorrido na vida do poeta pátrio, Olavo Bilac, ao qual a pena pede licença para descrever em sua verve dizendo que: Certa feita o dono de um pequeno comércio, amigo do memorável escritor, abordou-o na rua e foi logo dizendo:
- Sr. Bilac estou precisando vender o meu sítio, que o senhor tão bem conhece. Será que o senhor poderia redigir o anúncio para o jornal? Sabe o senhor que não tenho muita intimidade com a pena e agradeceria o favor. Foi quando Olavo Bilac apanhou o papel e escreveu:
"Vende-se encantadora propriedade, onde cantam os pássaros ao amanhecer no extenso arvoredo, cortada por cristalinas e margeantes águas de um ribeirão. A casa banhada pelo sol nascente oferece a sombra tranquila das tardes, na varanda".
Passado algum tempo, o poeta pátrio topa com o amigo e por curiosidade, pergunta-lhe se havia vendido o sítio. A resposta foi inusitada. - Nem penso mais nisso - disse-lhe o amigo - quando li o anúncio é que percebi a maravilha que tinha eu tinha nas mãos.
Oh! Sim. Inegável e verdadeiro o relato. Todos os dias, o Senhor da Vida, enche de graças seus filhos amados, nada obstante, na cegueira espiritual em que se deleitam os desatentos, temporariamente sem religiosidade, não descobrem as coisas boas de que são portadores.
É
fidedigno o intróito que convida os proficientes em busca da luz aurifulgente do progresso, nos sentimentos d’alma, a estarem atentos aos espetáculos da vida, para se examinar com ternura os avanços dos filhos do Altíssimo, sob a égide da Lei de Progresso, o quanto se progride em nome do amor imbatível amor. Inegável que sob o colorido de cada olhar sobre as ocorrências das avaliações dos acadêmicos da existência, a data em apreço, remetem os filhos do Eterno a relembrar a abolição da escravatura, avanço da sociedade em direção ao seu destino, máxime na pátria do cruzeiro, carinhosamente nominada pelo poeta pátrio Humberto de Campos, como Brasil, Pátria do Evangelho, Coração do Mundo, onde as criaturas procedentes, em datas que se perdem na poeira dos tempos, de outros continentes, possam desbravar todo o seu potencial de amor e trabalho em direção aos parámos celestiais.
É notório que o episódio em comento, com avanço humanitário se materializou com a assinatura da Lei Áurea, no abençoado dia 13 de maio de 1888, sob o beneplácito da Lei Áurea, assinada pela Princesa Isabel, eternizando-se como o Dia da Abolição, ainda que na prática, a efetiva abolição da escravatura tenha ocorrido gradualmente, sob a luz das discussões que se deram ao longo do período imperial, e, sob pressão internacional do século XIX, máxime porque, ainda que se tratasse de domínio português, o território brasileiro experimentava os acúleos dos avanços humanitário para a abolição da escravatura, imprimindo nas mentes mais esclarecidas os sentimentos de fraternidade e compaixão pelas criaturas de Deus, com destaque para a Inglaterra. Sob essa narrativa histórica, anote-se que foi na primeira metade do século XIX que as discussões sobre o tema se concentraram na abolição do tráfico humano, mas, foi somente a partir do ano de 1850 que cresceram as pressões exteriores com o “start” da proibição para pôr fim a escravidão.
Oh! Meu Deus. Com fulcro na homenagem da escolha do caminho e no espetáculo da vida proposta na epístola sub exame, afirma-se ser um a benção aos viajores que buscam a felicidade, a opção por valorizar tudo o que se possui, sem olvidar a família, os fâmulos, valorizar a família, esposa, filhos, netos, amigos, o trabalho, a saúde e por todos os lugres por onde se mourejam, - o palco das provas e expiações - para alcançar os páramos celestiais, lugar onde afirmou Jesus que iria preparar para os viajantes: “ali onde Ele estivesse também estaríamos”, enfim não se esquecer o conhecimento adquirido, a saúde, o sorriso, o seja tudo, aquilo que o Pai Celestial concede os seus filhos para o grande espetáculo da vida.
E
m síntese apertada sobre o espetáculo da vida e a homenagem à abolição da escravatura, estrela iluminativa para as escolhas dos caminhos, o amigo de Olavo Bilac passou a ver a vida pela luz de seus olhos. Não há contradita, é da pedagogia da vida em direção aos páramos celestiais o acerto e o erro. Quando se opta pela porta estreita sobe-se os degraus da felicidade. Quando se escolhe os atos de improbidade, o desamor, a ausência de caridade, o desprezo e a benevolência para com todos, são espículos que auxiliam o candidato na lição para corrigir o descuidado a não incidir mais naquele desengano.
Destarte, a porta larga, convida os arautos do bem a procederem no grande universo da Potestade a ser grande batalhador, não importa o que aconteça. Evocamos a figura do apóstolo Paulo. Todos sabem que no proscênio da humanidade, ele, homem de família nobre, rico, culto, um dos rabinos da igreja ortodoxa, de uma inteligência incomparável, converteu-se na estrada e Damasco. Quando o Cristo de Deus apareceu para ele com sua luz radiosa, cegou-o. Ele caiu da sua montaria, e sem questionar, de joelhos disse na mais sublime doçura: Oh! Mestre. “Que queres que eu faça? ”.
A humanidade não desconhece que O apóstolo Paulo, convertido no amor do Divino Jardineiro foi banido da sua igreja, da família, espoliado, viveu literalmente na miséria, pregava a palavra de amor e os ensinamentos do Sublime Pastor, legando também a humanidade o axioma do “bom combate”. Ao final de sua existência física, condenado à morte, diante da benevolência do centurião que se propunha libertá-lo às escondidas, determina ao seu algoz que cumpra o seu dever, pois o dele já estava realizado.
Em resumo, tudo isso faz parte o bom combate. A escolha sim. Essa é nossa. O livre arbítrio, dita a conduta para ao depois se colher os frutos, quando do recenseamento das escolhas para aprovação nas provas da vida, laurel da carta de alforria para habitar o planeta cujo alvorecer se anuncia nas hostes da regeneração.
Não tenha, pois, medo de falhar. O importante é realizar a prova e se falhar, vale chorar. Chorar é o sentimento d’alma que se manifesta para que se repense a vida, mas jamais recue. Ofereça uma chance à vida. Encontre um oásis em seu deserto. Os perdedores veem os raios a queimarem incessantemente.
Os vencedores veem a chuva e a oportunidade de cultivar. Os perdedores paralisam-se diante das perdas e dos fracassos. Os vencedores começam tudo de novo. Escolha ser um ser humano consciente, livre e inteligente. Sua vida é mais importante do que todo o ouro do mundo. Mais bela que as estrelas: obra-prima do Autor da vida. Apesar dos seus defeitos, você não é um número na multidão.
N
inguém é igual a você no palco da vida. Você é um ser humano insubstituível. O notável físico Albert Einstein estabeleceu o axioma: Se você quer mudar, não pode continuar fazendo o mesmo. Jamais desista de ser feliz. Lute sempre pelos seus sonhos. Seja profundamente apaixonado pela vida. Pois a vida é um espetáculo imperdível. Os filhos de Deus em busca da perfeição, atendendo ao convite do Divino Jardineiro para sermos perfeitos, muito embora saibam que a perfeição absoluta somente pertence ao Senhor da Vida, entende que devem se esforçar para serem perfectíveis.
Ponto finalizando, impregnados desses pulcros sentimentos d’alma, segue o ósculo depositado em seus corações com a oblata da fraternidade em nome do Divino Galileu anelando aos viajores da felicidade votos de um ótimo final de semana.
Do amigo fraterno de sempre.
Jaime Facioli