Na lei de causa e efeito ou lei de ação e reação como é usual expressarem-se os filhos de Deus, quando se desejam referirem-se às questões transcendentais, tais como os atos praticados na realização das provas de avaliação, não se ignora que existe uma diferença fundamental nas duas proposições, pois a primeira delas refere-se à Lei de Newton, portanto nascida da exegese do fenômeno puramente físico, máxime porque dispõe que: “a toda ação corresponde uma reação da mesma intensidade, na mesma direção e em sentido oposto”.
A lei de ação e reação está sintonizada com o racional, a escolha que se faz, tendo como fonte as leis naturais, as chamadas leis de Deus. Sob outra dicção, a compreensão da causa e do efeito pode ajudar na tomada de decisões sábias e proveitosas para as avaliações a que as criaturas estão submetidas e por consequência atender aos ditames da Lei de Evolução. Assim, é verosímil estar com Allan Kardec quando concluir que: “todo efeito inteligente tem necessariamente uma causa inteligente”, distinguindo, portanto, o materialismo do aspecto moral, ou seja, a lei da causalidade não é um mero fruto do hábito, mas da razão.
Cogente pois, para compreensão da realidade que a vida é composta de provas e expiações, ensejando os filhos do Eterno realizarem os programas estabelecidos na pátria espiritual para atendimento à Lei de Progresso e o reto cumprimento das atribuições nesse planeta de Deus. Sem postergação, de um lado, resgatando os débitos contraídos no passado, ou em missão de apostolado do bem, ajudando os necessitados de todo o gênero, porque ninguém, absolutamente ninguém está imune a esses compromissos.
Anote-se que Divino Pastor ombreou a missão de trazer luz a esse mundo para conduzir seus irmãos menores aos caminhos do bem. Não se olvide que almas generosas seguiram e seguem a sua diretriz deixando rastros de luz como as estrelas que brilham e iluminam o manto dos céus estrelados.
É o caso do Dr. Bezerra de Menezes, Santa madre Tereza de Calcutá, Eurípedes Barsanulfo, Mohandas Karamchand Gandhi, Hippolyte Léon Denizard Rivail, Antoine de Sait-Exupéry, Joanna de Ângelis, Francisco Cândido Xavier, Divaldo Franco, Martin Luther King Junior e incontáveis outros abnegados servidores do bem, faróis de luzes para direcionar os que se esforçam para terem puro o coração.
Em seus modelos de vida, um traço comum alerta os que anelam segui-los. Trata-se da semeadura com a indispensável colheita, “vis-à-vis” na luz aurifulgente em busca do amor ao Pai Celestial, o amor ao próximo como a si mesmo e a prática constante da caridade, iniciando a trajetória no imo d’alma alma pela reforma íntima para alcançar a colheita farta de bênçãos, pois nada vem de graça.
O
s filhos da Consciência Cósmica, são indiscutivelmente arquitetos do seu futuro, responsáveis por suas ações e o plantio dirá na colheita como se procedeu na ribalta dos acontecimentos. Prepara-se a terra com amor, cuidando dos deveres com zelo, aplicando a generosidade com sapiência para agradecer e distribuir as dádivas recebidas e colher-se bênçãos no celeiro da vida em cento por um. Contrário senso, se o proceder for o de plantar tempestades na trajetória existencial a colheita será de calhaus. Essa a razão para que Antoine Sait-Exupéry e o Apostolo estabelecerem o conceito de que as criaturas serão sempre responsáveis por tudo aquilo que realizam.
Os bons propósitos de que são portadores os filhos da Potestade, em essência Divina, quando na indumentária da carne, são presas comuns a desviarem-se do caminho e enveredarem-se pela porta larga dos vícios e dos procedimentos inescrupulosos aproximando-se perigosamente do abismo que os levam ao poço sem fundo da perdição onde quanto mais se aprofundam nas desventuras, mais se distancia da boa colheita.
Sob esse arrimo, o Divino Jardineiro ensinou o caminho da verdade e da vida, estabelecendo que somos Deuses e que tudo o que Ele fez e faz, seus irmãos também podem fazer. Em outras palavras: seguir o seu exemplo, modelo e guia para a salvação das almas pela prática do bem e do amor ao Pai, ao próximo como a si mesmo e executar a caridade em toda a sua textura.
Sob esse díptico, mesmo que as dificuldades estejam presentes, há que se recordar que os filhos da Providência Divina são o sal da terra, aquele que dá o tempero adequado às vidas pela fé, esperança e amor na realização do plantio, pois a colheita será obrigatória e a vida entrega a cada um o que é seu em sua formosura de estar sempre bela, colorida e consentida. É essa a colheita que o amor conduz no suave perfume das flores e a misericórdia do Pai Celestial concedendo à natureza o renascer, onde as folhas velhas caem e novas flores nascem em seu lugar, renovando a vida no ano novo repleto de esperança.
É nesse estado d’alma, que a Lei de Ação e Reação ensina que os seres são herdeiros de si mesmos. Não há jamais injustiça do Criador, pois seus filhos são responsáveis pelo seu sofrimento ou pela sua felicidade. A causa da infelicidade ou felicidade deve ser buscada no imo de cada criatura e não fora sob pretextos da má sorte ou de desventura.
A pedagogia Divina ensina, pela experiência, a sofrer o mal que se inflige a outrem. Assim, com as reencarnações sucessivas, vai-se aprendendo que só se deve fazer o bem, pois o mal cometido contra alguém um dia retornará contra o seu autor, causando a mesma dor que vítima do passado sentiu.
P
or essa vertente há que se olhar para a vida, seu passado e o interior onde estão guardadas as relíquias do amor em germe, esperando o momento de despertar e iniciar o plantio segundo as escolhas do livre arbítrio para que a colheita seja farta de amor, fraternidade e caridade em nome daquele que está sempre de braços abertos concitando-nos a ir até ele que é o caminho, a verdade e vida.
Oh! Senhor meu Deus, a partir desse momento, a vida e nosso olhar serão assim, agora e para sempre, uma prova na qual nos inscrevemos como candidatos à felicidade, com motivos para chorar e outros tantos para brindar a saúde, a família e a oportunidade d’ouro para realizar os projetos de priscas eras aneladas. É sabido que incalculáveis viandantes em provas pelo planeta destinado à avaliação de seus procedimentos, desejam curar-se e passarem nas avaliações, contudo, poucos procuram neutralizar em si o ácido da calúnia, o veneno da inveja, o bacilo do pessimismo e o câncer do egoísmo.
Enfim, não querem mudar de vida. Procuram a cura de um câncer, mas se recusam a abrir mão de uma simples mágoa. Pretendem a desobstrução das artérias coronárias, mas querem continuar com o peito fechado pelo rancor e na agressividade. Almejam a cura de problemas oculares, todavia não retiram dos olhos a venda do criticismo e da maledicência.
Pedem a solução para a depressão, entretanto, não abrem mão do orgulho ferido e do forte sentimento de decepção em relação a perdas experimentadas. Suplicam auxílio para os problemas de tireoide, mas não cuidam de suas frustrações e ressentimentos, não levantam a voz para expressarem suas legítimas necessidades.
Imploram a cura de um nódulo de mama, todavia, insistem em manter bloqueada a ternura e a afetividade por conta das feridas emocionais do passado. Clamam pela intercessão divina, porém permanecem surdos aos gritos de socorro que partem de pessoas muito próximas de si mesmos.
Inegável que Deus de infinita misericórdia manda recado às suas criaturas, na natureza inarticulada e na mensagem dos arautos do bem, alertando a falta de amor e harmonia nas provas de seus filhos e que Toda cura para as enfermidades está presente no Evangelho de Jesus com a farmácia onde se encontrar os remédios que curam por dentro.
Com esses sentimentos d’alma, segue o nosso ósculo depositado em seus corações com a hóstia da fraternidade universal, anelando tenham os amigos de todo o sempre, um final de semana de muita paz em nome do Divino Pastor.
Do amigo de sempre.
Jaime Facioli