Para a maioria das pessoas, ainda que sob luz do empirismo, é difícil entender a vida, quando se trata do enfrentamento das provas da jornada, máxime as dificuldades com a saúde, o fogão sem lume, a partida de um ente querido, “fora da hora combinada”, são os vendavais que ceifam a vida de arrimos de família inesperadamente. Trata-se de acidentes de percursos que nenhuma providência pode impedir. Da mesma sorte, são os reveses da fortuna que frustram todas as medidas de prudência, sobretudo aquelas que tiram dos infelizes os meios de ganhar o sustento diário pelo trabalho probo, como exemplos, são as deformidades, a idiotia, o cretinismo e incontáveis ocorrência que atingem os viajores das provas ou das expiações.
A essas tempestades que parecem sofrimento sem causa, surgem as enfermidades, convidando ao equilíbrio para recomposição de compromissos dantanho, perdidos no tempo, como o vento que ninguém sabe de onde vem e para onde vai, e, nesse rol também pode-se incluir o aprendizado; com efeito, no tempo presente, ei-los que surgem como doenças que conduzem à vida vegetativa. Oh! Sim. Sem exame perfunctório, há viajores que atribuem as ocorrências como “castigo do Eterno”, quando na verdade, as Leis Divinas estabelecem a obrigatoriedade de se recompor o equilíbrio do Universo do Pai Celeste, aos responsáveis pela desarmonia, mas, JAMAIS como castigo do criador, máxime considerando o exercício do livre arbítrio, escolha do caminho pelos filhos da Providência Divina sob a luz do axioma da existência.
Ah, sim. Quantos candidatos à felicidade não perdem o domínio das funções fisiológicas e tornam-se dependentes, necessitando de quem cuide de sua higiene e por aí vai; há casos em que os enfermos não conseguem se expressar em razão do comprometimento da fala. É difícil imaginar alguém cheio de vida e movimento que de repente, se torna criatura paralisada. Observa-se, entretanto, que na visão da família, essa ocorrência assemelha-se a uma tragédia incomensurável, nada obstante, àqueles que vivenciam situação e experiências desse jaez, têm uma autêntica reestruturação do plantio inadequado do pretérito, representando o momento da escola da vida, experiência de grande valia, considerando que no Universo do Pai Celeste nada acontece por acaso, mas por uma causa.
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estarte, na busca de se compreender a vida, desperta-se para realidade de que viver para sempre, é conviver com um parente dependente, desatento, senão o mau emprego do verbo atribuindo aos necessitados a pecha de “ovelha negra”, motivo e causa para se meditar na própria vida e quem são os viajores dos cosmos com incontáveis moradas na casa do Pai Celeste.
Quem somos afinal, senão seres frágeis que diante de um pequeno acidente vascular cerebral, pode se ver transformado em criatura desprovida de movimento, fala ou expressão com tal magnitude, o que faz as criaturas do eterno aprenderem a lição de humildade. Indiscutível, pois, seja o resultado do amoroso convite do Pai Celeste para seus filhos reflitam nas lições do Divino Raboni praticando a caridade em plenitude, atendendo ao próximo e conscientizando os candidatos à felicidade, na máxima de que tudo que em nome do amor oferecer é como um bumerangue que retornará ao ponto de origem.
Trata-se, pois, de lição de vida conscientizando os viajantes das estrelas de que o bem mais precioso da criatura humana, pode e é, o de preservar a vida, bela, colorida e consentida em todos os momentos, sejam com os fâmulos, os membros da família, ou integrantes e agregados do clã, senão todos que transitam em nossas vidas por breves momentos ou por uma existência de provas, pois todos têm propósitos, irmãos na caminhada evolutiva, merecem nossa querência, abraços, carícias, tudo em nome da ternura. Com efeito, sob a proposta de VIVER PARA SEMPRE, há que se valorizar a existência, conjugando o verbo amar em todo modo, tempo, pessoa e lugar, não olvidando jamais de falar ao dependente enfermo, do corpo ou d’Alma, - que somos todos nós, aprendizes da felicidade -, sobre o sol que aquece os corações, e as flores do jardim que o Senhor da vida depositou no altar da natureza para embelezar as veredas das provas no planeta Terra.
Oh! Meu Deus. Também se falará aos filhos amados, sobre a chuva generosa que chega para sustentar a vida e dessedentar a sede de suas criaturas, reverdecendo o planeta exuberante, tanto como não deixará de abrir as janelas para que a brisa penetre o lar onde se habita e, no cair da noite, ofereça acesso as estrelas, bem-vindas para visitarem o ser amado com sua luz.
Se você está enfermo, não deseje a morte. Aproveite a vida sentindo o seu aroma, reaprendendo os conceitos do bem viver, na alegria com os sons da natureza e apertando as mãos que o acaricie, em nome da virtude da gratidão. Na ventura de ser arauto do bem, mensageiro que esquece de si mesmo em benefício de outrem, na convivência do tálamo conjugal, nos arais por onde moureje, enfermo ou dependente, agradeça a Deus pela oportunidade de ser, na Terra, os braços e pernas do seu afeto ou daqueles com quem viaja pelas estrelas.
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esse arrimo, os olhos que veem a beleza, os ouvidos que ouvem e os braços que envolvem o próximo, em qualquer circunstância é sempre feliz distribuindo amor como raios de sol para iluminar à vida, bela, colorida, vivendo para sempre. Sob as reflexões desse epílogo viceja a proposta do mensageiro do amor, Jesus de Nazaré, a luz do mundo na narrativa de Mateus (11:28-30) com a certeza de que é Ele quem está de braços abertos, convidando os irmãos menores a irem até Ele, para viverem sempre sob os acordes da melodia do: “ Vinde a mim todos os que estais cansados e oprimidos, e eu vos aliviarei. Tomai sobre vós o meu jugo, e aprendei de mim, que sou manso e humilde de coração, e encontrareis descanso para a vossa alma. Porque o meu jugo é suave, e o meu fardo é leve. ”
Na luz aurifulgente desses considerandos, é inegável a certeza de viver sempre a vida, antes da “certeza da morte”, porque a assertiva de que cada minuto importa, é um dia como um tesouro inestimável, na certeza de que ante a fragilidade da vida material e da vida do corpo, se percebe a resistência e a exuberância da vida do ser eve eterno, a alma do Criador. Ponto finalizando, merece considerar que um vírus imperceptível pode fazer adoecer o corpo e levar a criatura à morte física repentinamente, sem que isso represente fraqueza, mas sim, a grandiosidade d’alma, porque criados pelo Eterno, esses não morrem jamais, e espíritos que são tem corpo material, e com o períspirito, o corpo espiritual.
De qualquer forma, não se permita deixar de cumprir os deveres com a vida, nem mesmo no anoitecer da existência; aproveite agora a oportunidade, pois a vida continua além da vida e se levará desta existência tudo o que se realizar na escola da vida. Em síntese apertada, é Voltaire lapidando a filosofia ao dizer que: “o valor dos grandes homens se mede pela importância dos serviços prestados à humanidade”.
Com esses sentimentos d’alma, anota-se que serviu de espeque as emoções dessa pena, a sempre oportuna publicação da redação do momento espírita em 17.08.2020; e, derradeiramente o momento enseja, enviar o ósculo depositando em seus corações, com a hóstia da fraternidade universal, anelando tenham os amigos de todo o sempre, um final de semana de muita paz em nome do Divino Pastor.
Do amigo Fraterno de sempre.
Jaime Facioli.