Um dos lhanozos desejos dos filhos do Eterno, quando ocorre o insucesso que a jornada das provas e expiações, vez que outra oferece no canteiro da existência para a elevação espiritual, é assinar o armistício da paz pelo instrumento do amor sublime amor, dando reto cumprimento a prédica do Divino pastor para amar uns aos outros como Ele nos ama. Oh! Deus meu. É a vida oferecendo oportunidade para o crescimento e elevação dos filhos do Pai Celeste, oferecendo azo na contemporaneidade ao recordar a mensagem do Papa Francisco dizendo que: “Durante a nossa vida causamos transtornos na vida de muitas pessoas, porque somos imperfeitos. Nas esquinas da vida, pronunciamos palavras inadequadas, falamos sem necessidade, incomodamos. Nas relações mais próximas, agredimos sem intenção ou intencionalmente. Não respeitamos o tempo do outro, a história do outro. Parece que o mundo gira em torno dos nossos desejos e o outro é apenas um detalhe. E, assim, vamos causando transtornos. Esses tantos transtornos mostram que não estamos prontos, mas em construção. Tijolo a tijolo, o templo da nossa história vai ganhando forma. O outro também está em construção e também nos causa transtornos. E, às vezes, um tijolo cai e nos machuca, mas agredimos”.
Senhor, rogamos saber qual o remédio infalível, para curar as chagas dos enganos, senão fazer as pazes, frente aos insucessos nas provas da existência para o crescimento, a elevação espiritual e valoração do certo e do errado, quando aos viajores buscam a felicidade e se envolvem em sensação de desconforto alhures e algures, se embrutecendo como nos tempos das cavernas e palafitas, perdidos nas eras imemoriais. Inegável que há pessoas que chegam a se odiarem ou a outrem em razão das cizânias existenciais. Cabe anotar que há os que chegam à depressão, à crise de pânico, evoluindo muitas vezes para o homicídio ou ao suicídio. Que ledo engano cometem os que assim agem.
Em verdade, considerando que todos têm a mesma gênese Divina, é óbvio assegurar que as lições do Celeste Amigo, não foram em vão, ao afiançar que nenhuma folha cai de uma árvore se não for pela vontade do Pai Celestial. A propósito, dizem os historiadores que quando o homem de Nazaré lecionou essa máxima, acontecia um vendaval tão forte que os ventos sopravam em todo o orbe, mas ainda assim o Senhor do Universo de tudo tinha cognição. Sob essa argamassa, inegável a assertiva contida na questão número 963 de “O Livro dos Espíritos” quando afirma que “Deus se ocupa de todos os seres que criou, por menores que seja: nada é muito pequeno para a sua bondade”. Ora sim. É inexorável nesse espeque a conclusão de que a cada desiderato, a cada cizânia, a cada contradita ou divergência, traga para vidas sob provas de avaliação, novas oportunidades de crescimento, de evolução, de aplicação das regras de conduta de bem viver.
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ão esses acontecimentos que levam os viajores das estrelas a exercitar as virtudes da paciência, da tolerância, do auto perdão, do perdão e da mansuetude, de sorte a possibilitar o crescimento espiritual pela compreensão da vida diplomando-se com o instrumento da paz. Meu Deus! Que chance a vida oferece quando os desideratos da agressão nos fazem "vítimas" de uma ofensa verbal ou de "uma injustiça". É o caluniador é quem deverá precaver-se. Certamente a retórica não faz apologia para que ninguém experimente a dor a título de lenitivo salutar para a cura das feridas pretéritas ou presentes, mas é inconteste que todo bem que se faz ou mau que se pratique, é como um bumerangue que retorna ao ponto de partida, obedecendo a lei de causa e efeito.
A dor que se refere o Mestre Jesus em "O Evangelho Segundo o Espiritismo", capítulo IX - Bem-aventurados aqueles que são brandos e pacíficos, no item 7, sob o rótulo da "Paciência", estabelece que: "A dor é uma benção que Deus envia aos seus eleitos; Não vos aflijais, pois, quando sofrerdes, mas bendizei, ao contrário, o Deus todo-poderoso que vos marcou pela dor neste mundo para a glória do céu".
Sob outra dicção, significa dizer: Sedes paciente diante das provas da vida. A existência não é fácil. Ninguém assegurou que esse mundo é de veraneio, mas em verdade, estagia-se no maravilhoso mundo de provas e expiações. Por essa lógica concebe-se que a existência de provas e expiações oferece a oportunidade de realizar a paz em toda as suas nuances compondo as picadas de alfinetes que ferem, mas em contrapartida considere-se os deveres e as obrigações que são impostos, com as consolações e as compensações que se tem pela dor para se poder avaliar as numerosas bênçãos que o Senhor da Vida oferece aos agraciados. É autentica a palavra do espírito amigo proferida em Havre em 1862 ao estabelecer o enunciado: "O fardo parece menos pesado quando se olha do alto, do que quando se curva a fronte para o chão".
Nesse sentido, não adianta odiar todas as rosas do jardim porque uma delas nos espetou. A verdade é que o perfume de todas as flores que embelezam o altar da natureza é uma benção que o Senhor da Vida nos concede. Jamais poderemos abandonar nossos sonhos porque um deles não se realizou. Basta tentar de novo e de novo, até lograr êxito. As dificuldades que se experimentam e os primeiros insucessos na liça de seus sonhos receberam de do Pai Celestial, o apoio necessário com novas oportunidades e os votos mais preciosos das profundezas d’alma para que insistam nos seus projetos. Prossigam. Não desistam. Lutem. Quanto mais difíceis forem as provas, mais fortes os filhos do Criador sairão dos testes existenciais. Paulo Apóstolo, na epístola aos Coríntios, recomendava sempre lutar o "Bom Combate".
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ob outra vestimenta, jamais se entregar diante das dificuldades. Manter a sintonia em Deus e continuar a luta, pois o Pai Celestial não abandona nenhum de seus filhos e o Homem de Nazaré lecionou que de seu rebanho nenhuma ovelha se perderia. Há que se realizar a paz acima de qualquer divergência. Não se pode perder a fé nas orações, porquanto na maioria das vezes não se pede com sabedoria. Não raras vezes, o pleito é comprometedor no seu objetivo, em detrimento aos anelos sinceros e que elevem o solicitante às plenitudes existenciais.
Deseja-se muito dinheiro, sem medir a soberba de que os amoedados poderão conduzir o seu portador, no abuso dos mais fracos, dos oprimidos, senão tornar-se um déspota, são disposições que comprometem o reto proceder a nossa vida futura. O Pai Celestial sabe do que suas criaturas necessitam, e o necessário Ele fornecerá a mãos cheias. Sob a luz desse apoio, jamais se deve condenar as amizades porque uma delas faltou com a confiança. Há mesmo irmãos ainda em estágios inferiores, razão, motivo e causa porque os candidatos a felicidade devem manter as mãos repletas de armistícios para renovação da paz, oferecendo novas oportunidades de restabelecimento do amai vos uns aos outros, para manutenir puros os corações.
Sob a luz das palavras que enobrecem os corações amorosos, sentem-se que os desatentos devem se precaver, os ofendem, pois terão que saldar os compromissos assumidos na liça da vida. É inegável que há que se recompor sempre com as leis do Universo. Tudo que se faz no trajeto da existência contra as Leis da Divindade deve-se pagar. Que ninguém se olvide imaginando que sairá desse orbe sem antes pagar o último centíl, é lição de Jesus. Bem por isso, é inconcebível jogar fora todas as oportunidades da reconciliação e a chances de ser feliz considerando que caminhar é preciso.
A vida é para frente. Não se pode ficar no meio da estrada atrapalhando os que vêm na retaguarda. Não se olvide que sempre haverá uma nova oportunidade, uma outra amizade. Nova força sempre surge das profundezas abissais da alma imortal. Basta ser perseverantes. Procuramos ser felizes com o que se tem. Com o que a vida nos proporciona a cada dia a cada hora, a cada minuto. A vitória não está ínsita na caída, mas sim no soerguimento tantas e quantas vezes forem necessárias.
Com essas reflexões, com caráter de enaltecerem a vida em nome do epístola da paz, com renovada oportunidade para se cumprir os desígnios do Eterno, segue a oblata fraterna, e o ósculo em seus corações, desejando os votos de paz do Mestre Jesus, rogando ao Senhor da Vida, que o indulto concedido aos encarcerados da carne, nos dias dos pais, seja a hóstia de amor fraterno, homenagem aqueles quem concedeste a guarda como depositário para conduzir seus irmãos a fraternidade na manutenção da paz nos corações que transitam com as cartas de amor em teu santo nome.
Do amigo fraterno de sempre - Jaime Facioli.