Inegavelmente, os filhos do Eterno em trânsito pelas estrelas na busca pela felicidade, quando atentos as bênçãos oferecidas pelo Senhor da Vida, observam a perfeição existente em a natureza, sendo despiciendo prova incontestável escrita diante da harmonia que rege a Criação. Sem contradita, trata-se de um poema cósmico do Senhor do Universo, arrimando na existência humana o ritmo dos mundos, ainda que na pobreza Franciscana da pena, se afirme dizendo que no renascimento eclode uma nova primavera de vida, bela, colorida e consentida, poetizando suaves perfumes e cores deslumbrantes, onde tudo é alegria e festa.
Ora, sim. A pele é viçosa, os cabelos e olhos brilham, o sorriso é fácil, pois tudo se traduz no verbo da esperança e da alegria inenarrável. Nessa prédica, que não se enganem os viajores da felicidade: é a primavera delicada que pede licença, como as crianças que encantam os filhos do Eterno com suas traquinices e graças, tudo existindo nesse tempo a semelhança do sorriso, sem a preocupação para perturbar a serenidade d’alma. A juventude corresponde ao auge do verão, estação de calor e beleza, abençoada pelas chuvas ocasionais. É também o sol aquecendo as almas renovando as promessas. Sim, os jovens acreditam que podem todas as coisas, que farão revoluções no mundo, que corrigirão todos os erros. Em verdade, trazem a alma aquecida pelo entusiasmo.
Eles são impetuosos, vibrantes. Seus impulsos fortes também podem ser passageiros, tal qual tempestades de verão. Nada obstante a vida corre célere. E num dia, como se fosse outro qualquer, de repente, que surpresa, a força do verão se foi. É vero, em uma olhada ao espelho do tempo, aparecem rugas e os cabelos tornam-se enluarados, tanto como o relógio do tempo expõe uma mente iluminada pela maturidade, conquista de uma visão mais completa sobre a existência.
No despertar do outono que chega. Nessa estação, a palavra que a define é a plenitude. Ah, é o outono quem remete o viajor das estrelas a época de reflexão com profunda beleza. Sim. São as suas paisagens inspiradoras, dotadas de folhas douradas e céus de tonalidades mil com o pincel mágico do Senhor do Universo desenhando cores de tonalidades mil, traduzindo o momento da maravilhosa viagem da vida. Cogente aos estudiosos da vida, não se olvidarem no livro da existência, que no outono não há a ingenuidade infantil ou o ímpeto incontido da juventude, mas sim, predominância da sabedoria acumulada, a experiência e muita disposição para viver cada momento, fazendo fazer valer a pena cada hausto perfumado, consciente de que dia chegará o inverno, a mais inquietante das estações do ano renovado em bênçãos.
É nessa ensanchas que muitos temem o inverno e velhice, mas em verdade, ao viverem esse tempo, não e pode permitir esquecerem da beleza misteriosa nas paisagens cobertas de neve, convidando ao recolhimento para viverem o aconchego do lar junto a família. Nessas oportunidades, o inverno é também época de compartilhar as experiências, conscientes de que o envelhecer não é tristeza, mas, alegria pelas experiências acumuladas para a expertise nas novas jornadas. Sim, o amadurecimento dos frutos os torna mais saborosos como uma noite de inverno diante da lareira, na companhia dos seres amados.
Nesse prólogo, é também o envelhecimento e o inverno que incentiva uma saborosa caneca de chocolate quente, sorrisos gentis, leitura sossegada, generosidade com a família, filhos e netos. Inegável que será indispensável não se deixar que o frio enregele a alma dos que amam em plenitude. Em síntese apertada, permita-se ser imensamente feliz na beleza de cada estação da natureza. Em sínese estreita, na primavera leve a vida com espontaneidade e na alegria das flores.
No verão, aproveite a leveza e a força de vontade. Quando o outono chegar aceite o convite para a reflexão. No tempo do inverno, catalogue as experiências da vida, bela, colorida e consentida, compartilhando com os seres amados do amor em plenitude. A mensagem das estações em nossas vidas vai além da imaginação, por isso, quando pensar no relógio do tempo, substitua de imediato esse pensamento, certo de que os filhos do Divino são eternos.
Nessa reflexão de fé, recorde-se que após o inverno surge novamente a primavera, e, tudo recomeça na beleza da vida. Desse modo, sob o comando do verbo renovar, os filhos do Senhor do Universo, também recomeçam suas trajetórias sem se resumir no fim do inverno, porque, há outras vidas, com novas estações, e todas iniciam pela primavera da idade. Ah! Com efeito, após a morte, há vida e vida em abundância, por onde se ressurgem em outros planos da existência, alcançando a plenitude e beleza. Basta estar atento a predica do Nazareno para amar-se uns aos outros. Amar muito. Amar as pessoas, as flores, os animais, os mundos que giram serenos.
Amar, enfim, a Criação Divina. Amar tanto que a vida se transforme numa eterna primavera. Com essas reflexões, cujo caráter é levar palavras que enaltecem e valorizam a vida, segue a oblata de amor fraterno, com o ósculo em seus corações, anelando votos de uma semana de paz com o Mestre Jesus, recebendo as bênçãos do Senhor da Vida.
Do amigo fraterno de sempre.
Jaime Facioli.