Sempre que as criaturas do Eterno projetam seus sentimentos no verbo homenagear, carregam consigo o sentimento de gratidão por uma graça recebida, acontecimento gerador da felicidade por uma láurea alcançada, seja no êxito do trabalho, no esforço que o levou a culminância de ter obtido o quanto seu coração anelou, demonstrando a vitória nos projetos existenciais origem do esforço para tornar-se cada dia, cada hora, melhor que foi no passado remoto, trafegando na proposta de avançar no reto cumprimento da Lei de Progresso, razão porque procura ser modelo, aos que buscam na retaguarda a reforma íntima.
Nesse espeque, os viajantes das estrelas estão conscientes de que o Divino Jardineiro, consolador enviado pelo Pai Celeste, é o modelo e guia da humanidade, bem esclarecido o tema na questão 625 de “O Livro dos Espíritos”, farol e luz de todos os que são gratos e homenageiam sob seu arrimo, a vida, bela, colorida e consentida. Sob esse preâmbulo, os filhos da Divindade não olvidam o calendário Gregoriano, divido em 12 períodos de tempo para realizarem as provas e expiações na trajetória da vida, ainda que nesse período de tempo ocorram circunstâncias aziagas, alegrias, prazeres incontidos e desventuras amargas, ocorrendo momentos de desespero, falta de fé, abrindo espaço para o reinado da angústia com aflições, ainda que passageiras, imaginando-se na rasa filosofia estar tudo perdido.
[Nessas horas, provavelmente entre outras razões, o inesquecível poeta Carlos Drummond de Andrade, com terma emoção poetizou a esperança pelo milagre da renovação, homenageando a vida no exercício da gratidão, poetizando cortar o tempo em fatias de esperança na mais pura expressão de amor, divino amor até a exaustão. “Sim. Doze meses dão para qualquer ser humano se cansar e entregar os pontos. Aí entra o milagre da renovação e tudo começa outra vez, com outro número e outra vontade de acreditar que daqui para diante, vai ser diferente”. Inegável, pois, desfraldar a bandeira da homenagem à vida, ser grato a Potestade, porquanto o Senhor do Universo cuida de todas as suas criaturas, sob os ditames da questão 963 de “O Livro dos Espíritos”.
É vero, pois, que as homenagens à vida bela, colorida e consentida, têm o selo do amor infinito consagrado pelo Construtor do Universo, carregando a marca indelével e sempre presente do Divino rabi da galileia. O Raboni é o guia que conduz o rebanho, a luz de Yeshua iluminando o caminho nos 12 meses que se renovam para o reto proceder, na claridade do pentateuco, nas pulcras orientações de Santo Agostinho, conforme as questões 918 e 919 de “O livro dos Espíritos”, ensinando as belezas da vida aplicadas no exame de consciência para brilhar a luz aurifulgente da existência abrindo as portas da alegria e da felicidade no reino nos céus.
Nessa retórica, o tema sub-oculis, no espírito além da letra, encontram-se tesouros nas palavras do Nazareno, a exemplo da narrativa do Mestre sobre a transição do planeta e na indispensável mudança moral, propondo aos que têm puro os corações brindarem a vida, bela, colorida e consentida sob o auspicio da frase poética. Para que a vida não se limite a poesia, mas o espírito da inspiração é indispensável transformação, sacrifício, renúncia, no esforço inaudito para alcançar a homenagem da vida bela, colorida e consentida na transformação do homem de bem para deixar na poeira do tempo no homem velho, e, permitir a ágape de amor dos novos projetos.
A Terra necessita em regime de urgência, viver o amor pleno, doando a contribuição do esforço para em união contemplarem a vida nova nascendo, dando seus primeiros sinais de beleza. O novo mundo em nome do Sublime Rabi espera todas suas ovelhas; um mundo feito com cuidado e zelo, construído com o trabalho de cada um dos filhos do Eterno.
Por derradeiro, é oportuno na resenha sedimentar o epílogo, enriquecendo a proposta primeva com uma memorável parábola de Yeshua, conhecida dos profitentes sob o rótulo de “só um voltou”. Certa vez Jesus andava pelo caminho, quando uns homens se aproximaram dEle. Aqueles homens estavam doentes. Eles eram vítimas de hanseníase, uma terrível doença de pele, na época, chamada lepra.
Naqueles tempos, como se sabe, não existia tratamento para essa doença e as pessoas enfermas eram retiradas da cidade, obrigadas separarem de seus familiares e de suas casas. Ademais, havia restrições acerbas para que quando algumas delas se aproximasse, elas deveriam dar o alerta gritando bem alto a expressão “Imundo, imundo...”, para que as pessoas sadias se afastassem da então contaminação.
Segregados dos pais, amigos, e familiares o sofrimento é inimaginável, mas assim era nos tempos imemoriais. Nada obstante, eles ouviram falar de Jesus e esperavam com sofreguidão o dia em que pudessem encontra-lo. Foi com essa esperança que ouviram dizer que o Nazareno se aproximava, e, em atitude de confiança, não se atemorizam com as regras das desesperanças e correram até o Mestre, pois sabiam que Jesus tinha o poder de curar os doentes e sarar suas feridas. Também sentiam que Jesus era amoroso e bom e a todos, como até os dias de hoje o Divino Carpinteiro, recebe de braços abertos. Assim, ao se aproximarem daquele homem de semblante tranquilo, ajoelharam e falaram em alto e bom som:
“Senhor, cura-nos”. Jesus comovido com aqueles homens desafortunados, conhecendo seus corações e sentimento, sabendo de seus padecimentos o Mestre ordenou que fossem curados e a doença imediatamente desapareceu. A pele machucada, cheia de cicatrizes transformou-se pele limpa e sem marcas. Os homens beneficiados com o maravilhoso, com as bênçãos do Pai Celestes, ficaram tão felizes, abraçaram-se e pularam de felicidade como crianças recebendo um presente de vida nova.
No sentido do espírito da retórica contida na parábola em exame, sabe-se que foram nove os beneficiados com o milagre da cura. Nada obstante, é oportuno aos profitente das bênçãos da vida, se auto interrogarem o que fariam ao receberem as luzes aurifulgente da existência? Será que voltaríamos para agradecer, ou seriamos apenas um solitário viajante das estrelas a depositar no altar da vida, o óbolo de amor em gratidão Eterno ou apenas um retornaria para homenagear a vida, bela, colorida e consentida.
Cogente, pois, que os irmãos de caminhada procurem na pureza do coração, a recomendação do Divino Pastor, dando graças a Deus por mais uma etapa da caminhada pelas veredas das provas e ou nas expiações destinadas a chancelarem o passaporte para a felicidade.
Como temos agido perante os gestos de carinho que recebemos: a ajuda simples, os pequenos favores, as cortesias ou às grandes dádivas recebida, com a saúde, o corpo perfeito ou não, a oportunidade da vida. Oh! Meu Deus. Será que estamos nos comportando como os nove que nem sequer voltaram para um simples agradecimento? Ou já conseguimos valorizar tudo o que recebemos, cultivando em nossos espíritos a ,virtude da gratidão?
Com esses sentimentos d’alma, segue o nosso ósculo depositado em seus corações, com a hóstia da fraternidade universal, anelando tenham os amigos de todo o sempre, um final de semana de muita paz em nome do Divino Jardineiro.
Do amigo Fraterno de sempre.
Jaime Facioli