Na liça dos nobres interesses pela busca da felicidade, as criaturas do Eterno se impõem extasiarem no adjetivo ou verbo se preferirem, sem se permitir divagações ou sofismas, muito menos se deixarem seduzir por argumentações aparentemente lógicas, mas com estrutura inconsistente, incorreta e deliberadamente enganosa. De fato, há enganos que se travestem propositalmente com o endereço da felicidade, iludindo as criaturas pulcras de coração. Nesse simulacro, ou no sorriso “amarelo” consideram que a felicidade é habitue no desempenho da alegria. A verdade é que não se dão conta de que o hábito de ser feliz é contínuo, dinâmico e permanente nas atitudes do valor e da vida em expansão, porquanto o fundamental na felicidade são as virtudes, objetivo que não se improvisa, mas se constrói realizando as tarefas no amadurecimento d’alma.
Na luz desse prólogo, para sintonizar-se com o endereço da paz, os viajores das provas se cumprimentam exercitando a saudação aos irmãos de caminhada ou familiares, dizendo: bom dia, boa tarde, boa noite. Como vai? Como tem passado?; doutro lado, obtém respostas de vários coloridos e tons. Há os que simplesmente respondem enquanto outros sintonizados no aprendizado e com o endereço da paz, valem-se do ensejo para exalar alegria e exercitar a saudável forma de carregarem as palavras de retorno com as blandícias daqueles que anelam por fazer do momento do encontro, uma forma de construir favônios de amor fraterno e dizem com entusiasmo: Que alegria reverte; foi bom te encontrar, e há os que adotam posturas pulcras ao cumprimento dizendo: Está tudo bem, mas agora está melhor porque você chegou. Oh! Sim. Esse proceder objetiva construir um relacionamento de fraternidade e de paz, afastando-se do pessimismo e da autoflagelação, que via de regra faz de tudo para reclamarem, quando dizem que o calor está insuportável, a chuva não para e o governo não presta mesmo, por isso os políticos pertencem à mesma confraria.
É compreensível esse comportamento ignoto, mas o fato é que, é indesejável a companhia de pessoas que reclamam de tudo, sem se darem conta das bênçãos do Pai Celeste que chegam a mancheia. A retórica evoca Jesus de Nazaré, como lição histórica e de amor. O Mestre ao chegar em qualquer ambiente, além do ósculo fraterno, hábito da época e do povo, sempre dizia: "Eu vos dou a minha paz" e ao despedir-se, anunciava: “Deixo-vos a paz; a minha paz vos dou. Não vo-la dou como o mundo a dá. Não permitais que vosso coração se preocupe, nem vos deixeis amedrontar. ” Assim, anelam os viajores não se perderem nos sofismas sob o arrimo da rasa filosofia, imaginando que o cumprimento do Divino Pastor inibisse o esforço personalíssimo dos filhos do Eterno em trânsito por esse mundo de provas e expiações.
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Veritas, trata-se de criar hábito saudável, um comprimento é um convite para as criaturas busquem se tornarem pulcras, sensíveis ao amor fraterno e, sobretudo fiéis cumpridores dos deveres com o próximo e em sociedade. Ora, sim. Aqueles que não cultivam hábitos saudáveis, abrem espaço para desenvolver outras formas de se manifestarem, dando azo para o hábito do tabagismo, das palavras malsãs, do alcoolismo e incontáveis vícios que comprometem o corpo e o espírito retardando o progresso da felicidade. A paz do Homem de Nazaré sempre implicou em alcançar os páramos da alegria de viver, o exercício do auto perdão, a mansuetude do amor ao próximo, lema para fixarem endereço na felicidade de bem viver, certo de que a indulgência é meta a ser conquistada em todo o momento das provas.
Cogente, nesse corolário, os candidatos à felicidade, procurarem nos hábitos saudáveis o endereço da paz, consolidado nos corações dos homens de boa vontade, como o Divino Jardineiro ensinou, meditada nas profundezas da alma, no repouso e no silêncio do coração, sentindo pulsar a vida que estua dentro de cada criatura do Divino. Sim, é através da sensibilidade do ser imortal que veste a roupa do corpo humano para o seu aprendizado que se alcança a felicidade e consegue a paz, através das provas e expiações transitando no tempo que passa devagar e lentamente mostrando como viver em harmonia e com os bons hábitos. É oportuno um relato da jovem que procurou um futurólogo e desabafou: Tenho sofrido demais. Parece que a má sorte não me perde de vista.
O que o senhor me aconselha para ser feliz? O homem, que dizia ter a capacidade de prever o futuro, indicou o fulgor do sol nas árvores próximas e respondeu, otimista: A felicidade mora com o trabalho. Procure servir a conseguirá encontrá-la facilmente...E, apontando para a luz lá fora, concluiu: Lembre-se de que estamos à frente de um dia novo, um dia absolutamente sem igual. A moça entendeu a advertência formulada com carinho. Ficou pensativa, por alguns instantes, mas logo voltou a indagar: O senhor acredita que serei feliz nesta vida? O experiente e sábio sorriu e considerando: Filha, isso não sei. Posso dizer-lhe apenas que a vida é uma viagem, cujos episódios dependem de nós e não me consta que já estejamos na vizinhança do porto.
Com fulcro nessa narrativa, os viajores buscando a felicidade se questionam da possibilidade de serem felizes aqui no planeta Terra, em meio a tantos desafios, a tantas aflições, e com o coração sedento de um sentimento de plenitude e paz. Oh! Meu Deus! Que se sacie os interessados na ninfa cristalina do bem proceder, conscientizando-os de que o caminho da felicidade está à disposição dos que têm sede de amor, como ensinou Yeshua servindo. Ser útil instrumento do bem, da paz, coloca os interessados, no endereço da felicidade, a senda sem retorno. Em verdade, é feliz aquele que ama, aquele que serve. Não pelo que recebe em troca, mas simplesmente pelo que oferece.
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Divino Galileu lavou os pés dos apóstolos. Dessa forma, a vida na Terra, mesmo com alfinetadas sem fim, pode ser mais venturosa, se os candidatos trabalharem no bem. Em nome da serenidade é justo não se pretender de imediato a felicidade plena nesta viagem de aprendizado. Diz o Evangelho que a felicidade não é de desse mundo. A história relata ser uma grande viagem de aprendizado. A existência atual é mais uma etapa. Estamos distantes do porto de chegada.
A felicidade plena é uma construção, uma conquista natural para os que se dedicam a buscá-la em sua essência. Um pedagogo do século XIX perguntou sabiamente aos luminares espirituais: Pode o homem gozar de completa felicidade na Terra? A resposta, sem subterfúgios, clara, honesta, foi: Não, pois a vida lhe foi dada como prova ou expiação. Dele, porém, depende a suavização de seus males e o ser tão feliz quanto possível na Terra. No epílogo, é dever dos candidatos à felicidade suavizarem os desacertos dantanho, transformando os costumes, de sorte a servir amando em todas as oportunidades ao seu próximo.
Ponto finalizando, recordemos Jesus: Meu Pai trabalha até hoje e eu também trabalho. Adicionemos, pois, diariamente, um tijolo, na ponte em construção rumo à felicidade plena, que aguarda, logo mais, os viajores da felicidade na casa do pai que tem muitas moradas. A paz do Governador do Planeta chamado Terra tem o caráter do trabalho, da esperança e da confiança na Justiça Divina, outorgando a certeza de que o Senhor da Vida, sabe o que faz. Adquirir a paz do Celeste amigo significa cumprir retamente com as responsabilidades.
É enfrentar os momentos difíceis de provas e expiações que a vida oferece, na dor do leito do hospital ou na partida de um ser querido, quando chamado fora da hora combinada como diz o adágio popular. Um dos conceitos elevados para obter-se a paz de Jesus e ter a certeza de que se encontrou o endereço da paz, é, sem contradita sempre se perguntar, se o que se está fazendo para o próximo é aquilo que gostaríamos que nos fizessem. Que não se engane os profitentes da verdade. Se, a resposta da consciência, repositório das Leis de Deus, no dizer da questão nº 621 de "O livro dos Espíritos", aplaudir e responder que sim, não haverá dúvidas e se pode seguir em frente que o endereço e o projeto estão absolutamente corretos.
Ponto finalizando, segue o ósculo e a oblata da fraternidade depositada em seus corações, anelando se esteja de posse do endereço certo da paz, registrado no cadastro imperdível da vida, com votos de um ótimo final de semana em nome de Jesus de Nazaré.
Do amigo fraterno de sempre.
Jaime Facioli.