Queridos amigos fraternos.
Bom Dia.
Jesus sê conosco.
As sementes da vida.
O Divino Galileu em uma das suas encantadoras parábolas lecionou sobre as sementes da vida dizendo que o semeador saiu a semear... Tenho convicção de que na ribalta de nossa vivencia, vez que outra, já tenhamos externado nosso ponto de vista sobre as sementes da vida.
Nada contudo, impede que as boas coisas de nossa existência possam ser repetidas. Imaginem amigos, o que seria da melodia imortal de Beethoven, senão pudéssemos repetí-la. Assim, sustento que a abordagem de hoje sobre o tema das sementes da vida tenha o seu mérito e possa ser apreciada pelos corações generosos dos nossos amigos fraternos.
Os seres humanos estão e são colocados nessa existência, considerando os diversos graus de evolução de que são portadores, com o fim de semearem os seus conhecimentos, seus propósitos, seus ideais e seus sonhos, servindo de modelo bom ou mau segundo o nosso grau de evolução.
Os modelos de hoje, são retratos da sociedade contemporânea. Há bandidos, delinqüentes, estelionatários, nações que fazem guerra, gente de má fama e outros de boa índole, generosos, probos, de proceder ilibado, filantropos e os vocacionados para o altruísmo. São esses arquétipos que temos para nos balizarmos e os Guias para nos conduzir no mar bravio dessa existência de provas e expiações.
Promover mudanças nos primeiros será indispensável sempre, a fim de que eles consigam se colocarem no caminho do bem e despertando da consciência do sono, crescerem em direção das plenitudes existenciais.
Por essa razão o Homem de Nazaré veio a esse Orbe.
O preclaro Alan Kardec ao questionar o espírito da Verdade, na questão nº 625 de "O Livro dos Espíritos", propondo saber, qual é o tipo mais perfeito que Deus ofereceu ao homem para servir de guia e modelo, obteve como resposta da entidade veneranda a seguinte informação: Vede Jesus.
É do Divino Galileu a lição preciosa das sementes.
"Aquele que semeia, saiu a semear; e, enquanto semeava, uma parte da semente caiu ao longo do caminho, e vindo os pássaros do céu a comeram. Outra caiu nos lugares pedregosos, onde não havia muita terra; e logo nasceu porque a terra onde estava não tinha profundidade. Mas o Sol tendo se erguido, em seguida, a queimou; e, como não tinha raízes, secou. Outra caiu nos espinheiros, e os espinhos, vindo a crescer, a sufocaram. Outra, enfim, caiu na boa terra, e deu frutos, alguns grãos rendendo cento por um, outros sessenta e outros trinta."
Trata-se do Evangelho de São Matheus, cap. XII, v. de 1 a 9.
É isso amigos.
Que modelo devemos seguir? Que semente deveremos semear? Que responda a nossa consciência, repositório da Lei de Deus, no dizer da resposta à questão nº 621 do mesmo "Livro dos Espíritos".
De outro lado, os seres humanos têm um desejo imenso de realizarem grandes obras, feitos que os consagram e lamentavelmente em razão da egolatria, olvidam de promoverem as pequenas reformas que nossos espíritos necessitam no dia a dia e na hora a hora, pois no dizer do espírito benfeitor da humanidade, Joanna de Ângelis, a única e verdadeira vitória é aquela que o homem realiza sobre as suas imperfeições.
Assim vencer as más inclinações, deixar de mentir, enganar a outrem. Olvidar os vícios de qualquer natureza, como por exemplo, deixar na poeira dos tempos o hábito do tabaco, da bebida, das dissidências, e substituir essas imperfeições pelo amor fraterno, pela tolerância, pela bondade procurando sair a semear, sem se importar onde venha à semente a cair, valendo-se em verdade da oportunidade para servir de modelo ao nosso próximo, de bom modelo, será certamente uma boa pedida.
Por isso, arrimo nossa história no encantador anexo, com o sabor de nossas emoções e palavras, para demonstrar a importância de nossos pequenos gestos e atos, junto a esse mundo de Deus, a nossa família, a nossa cidade, nossa pátria, nosso orbe para oferecer o contributo de um porvir de glória na direção do Mundo de Regeneração.
Conta-se que um homem trabalhava em lugar distante de sua residência, carecendo utilizar-se de transportes coletivos todos os dias, percorrendo grande distância. Todos os dias, encontrava-se no ônibus com uma senhora idosa, simpática que sempre sentava-se ao seu lado, junto à janela e abria a sua bolsa, tirava um pacotinho e passava a viagem toda jogando alguma coisa para fora.
Como a cena se repetia dia a dia, a curiosidade espicaçou o viajante que sem se conter perguntou a nobre senhora qual a razão de seu gesto de jogar pela janela, todos os dias aquelas coisinhas.
Afirmou-lhe a senhora ser admiradora das flores para embelezar a natureza, como se fosse o autógrafo de Deus, colocados no altar da natureza e que seu objetivo era o de tornar o trajeto que fazia mais belo e encantador, por isso ela jogava todos os dias, sementes de flores na esperança de tornar os seus sonhos realidade, uma vez que gostaria de viajar vendo multicolorida a estrada pelo trajeto que faziam e suspirava dizendo, Ah ! Como isso seria bom.
Desejo fazer nesse ponto uma introspecção. Muitos de nós, principalmente àqueles que se encontram no anoitecer da existência, pensam que nada mais devem fazer pois não alcançarão os frutos de seus trabalhos.
Assim, não comparecem as secções dos trabalhos evangélicos, as igrejas de sua devoção ou aos trabalhos beneméritos dos Centros Espíritas, para aprenderem, para ajudarem, para colaborarem nos passes, na distribuição da água fluidificada ou qualquer das atividades benfazejas dessas casas, sob o pretexto de que já estão "velhos", que os trabalhos de menor importância não os enobrecem, ou que não colherão os frutos de seu plantio.
Que ledo engano cometem.
Tudo que fazemos hoje, realizamos para o nosso futuro. Jesus veio para ensinar para o futuro. Transformar os homens. Colocarmos-nos no caminho do bem.
Se plantarmos uma árvore alhures e algures, não será necessário que colhamos os seus frutos. É indispensável que a plantemos, pois quando chegamos já encontramos outras tantas plantadas, das quais nos servimos de seus frutos.
Por isso, é nosso dever abandonar a egolatria e servir de qualquer modo que seja ao nosso próximo, pondo às mãos na charrua para atender aos anelos de seu coração, dos seus sonhos e dos ideais de vida, é proposta que enobrece o espírito imortal. Sirvamos-nos do modelo. à nossa disposição. Semeemos como fez o Divino Rabi da Galiléia.
Retornando à nossa história. Foi dessa maneira que o nosso passageiro admirado com a atitude pulcra da augusta senhora, questionou-a: Mas, minha senhora, as sementes caem no asfalto, são esmagadas pelos pneus dos carros, devoradas pelos passarinhos; Como pode a senhora crer que estas sementes irão de alguma sorte produzir seus frutos?.
Respondeu-lhe a anciã com ternura. Penso que sim meu filho, pois mesmo que muitas se percam no caminho da vida, algumas acabarão por cair na terra e com o tempo irão brotar, disse-lhe com convicção.
Mesmo assim, responde o incrédulo, demoram para crescer, precisam de água etc., etc. A encantadora senhora exclamando disse-lhe então: Ah amigo ! Não se preocupe, eu faço a minha parte. O Senhor da vida, sempre nos proporciona dias de chuva e se alguém se predispuser a jogar as sementes, as flores um dia nascerão.
Os preconceituosos sempre se opõem aos trabalhadores de boa vontade, e ao descer no ponto seguinte, imaginou o nosso personagem consigo mesmo, fazendo juízo de valor. Tem cada uma ! A vovozinha deve estar senil. Por isso o axioma. "Cada louco com sua mania".
Decorrido algum tempo, em viagem pelo mesmo trajeto e ônibus nosso personagem acabara de sentar-se a janela, eis que a costumeira velhinha não se encontrava no coletivo, ocupou o seu lugar, deitou seu olhar para a paisagem e percebeu flores no caminho como se emoldurar a natureza, vestindo-a de todas as cores para contemplar a vida, colocada em toda a beira da estrada, o que tornava a paisagem, bela, perfumada e colorida explodindo em tonalidades mil.
A sua memória recordou-o da nobre senhora. Procurou-a em vão. Ao indagar do cobrador que bem conhecia todos os usuários daquele percurso, obteve como resposta. Sim, conheci. A velhinha das sementes.
Ela morreu há quase um mês.
Admirado com o passamento da nobre senhora, nosso personagem retorna ao seu lugar encanta-se com a paisagem florida que embelezava a natureza e pensa consigo mesmo: Mas quem diria ! As flores brotaram mesmo. Mas de que adiantou o trabalho dela. Morreu e não pode ver esta beleza toda.
Foi neste instante de suas reflexões que ouviu risos de crianças no banco à frente e uma garotinha apontado pela janela irradiava entusiasmo ao dizer as amigas.
Olhem, que lindo. Quantas flores se pode ver pela janela. Esta é uma estrada de amor e de beleza. E, saltitante de alegria, perguntava, como será que se chamam aquelas flores?.
Assim, nosso amigo despertou da consciência do sono e compreendeu que mesmo não estando presente fisicamente a nobre senhora, ela havia feito com que o mundo fosse melhor, uma vez ainda que ela não visse ver com os olhos do corpo físico, ela deixou a sua marca, a sua semente e a beleza para a contemplação do próximo, como ato de generosidade e felicidade para os que vem na retaguarda, afinal quando ela retornasse à vida física, encontraria um mundo mais belo, melhor, mais sereno e colorido de suas boas ações.
É isso amigos.
Façamos pois a nossa parte. Vale a pena contribuir para um mundo melhor. Auxiliemos àqueles que necessitam de nosso apoio, de nossa caridade, da palavra amiga, do gesto de fraternidade. Ajude na casa espírita, colabore na quermesse da Igreja Católica, preste seu contributo as igrejas evangélicas de qualquer natureza. Parem com as guerras em família, nas cidades e nos países. O mundo precisa urgentemente de Paz, de Amor, e de Fraternidade.
O nosso personagem, agora desperto para a realidade da vida, houve por bem, no dia seguinte, em homenagem à vida e a nobre senhora, começar também à jogar pela janela do ônibus, as sementes do amor, da fraternidade, da alegria por essa vida que é bela, colorida e consentida.
Vamos dar continuidade a celebração da existência, servindo ao próximo com os nossos gestos e nossos atos, nossas palavras, de exemplo para os que vêm na retaguarda da existência.
O modelo perfeito é Jesus.
O futuro certamente dependerá de nossas ações no presente.
Por essas razões, no dizer de André Luiz, inscrito "In - Endereços de Paz" pelas mãos abençoadas de Francisco Cândido Xavier, colhe-lhe pérola preciosa afirmando:
"Não admita possa alguém construir algo de bom sem dificuldade. Pense nos problemas que uma simples semente deve encontrar a fim de germinar para servir. Indique uma pessoa capaz de se manter na onda do êxito sem obstáculos.
Muitas vezes, é na prestação de algum serviço incômodo que você vai achar os melhores ingredientes para a solução de seus problemas.
Não ore por vida fácil.
Roguemos a Deus ombros fortes, não só para carregar o bendito fardo nas obrigações que nos competem, como também para sermos mais úteis."
Com esse ideário convido aos amigos a transformarmos-nos em semeadores do bem, através de nossos exemplos, de nossas posturas, de nossos pensamentos e de nossos sonhos, para que a humanidade se transforme no planeta de regeneração.
Beijo em seus corações com votos de muita paz. Que o final de semana dos amigos seja de luz a irradiar suas vidas e suas famílias em nome da sementes de vida que podem acalentar nossos corações e irradiar nossas almas por toda a eternidade.
Do amigo fraterno de sempre.
Jaime Facioli.
texto em anexo
Sementes
Texto: Autor desconhecido
Criação: Ria Slides
Um homem morava numa cidade grande e trabalhava numa fábrica.
Todos os dias ele viajava cinqüenta minutos de ônibus, para ir ao trabalho.
No ponto seguinte ao dele entrava uma senhora, que procurava sempre sentar na janela.
Ela abria a bolsa, tirava um pacotinho e passava a viagem toda jogando alguma coisa para fora do ônibus.
A cena sempre se repetia e um dia, curioso, o homem lhe perguntou o que jogava pela janela.
- Jogo sementes, respondeu ela.
- Jogo sementes, respondeu ela.
- Sementes? Sementes de que?
- De flor. É que eu olho para fora e a estrada é tão vazia...
Gostaria de poder viajar vendo flores coloridas por todo o caminho. Imagine como seria bom!
- Mas as sementes caem no asfalto, são esmagadas pelos pneus dos carros, devoradas pelos passarinhos...
A senhora acha mesmo que estas flores vão nascer aí, na beira da estrada?
- Acho, meu filho. Mesmo que muitas se percam, algumas acabam caindo na terra e com o tempo vão brotar.
-Mesmo assim...demoram para crescem, precisam de água..., eu faço minha parte. Sempre há dias de chuva. E se eu não jogar as sementes, aí mesmo é que as flores nunca vão nascer.
Dizendo isso, a velhinha virou-se para a janela aberta e recomeçou seu "trabalho".
O homem desceu logo adiante, achando que a senhora já estava meio "caduca".
O tempo passou.
Um dia, no mesmo ônibus, sentado à janela, o homem levou um susto ao olhar para fora e ver flores na beira da estrada... Muitas flores...
A paisagem estava colorida, perfumada, linda!
O homem lembrou-se da velhinha, procurou-a no ônibus e acabou perguntando para o cobrador que conhecia todo mundo.
- A velhinha das sementes? Pois é... Morreu de pneumonia no mês passado. O homem voltou para o seu lugar e continuou olhando a paisagem florida pela janela.
"Quem diria, as flores brotaram mesmo", pensou. "Mas de que adiantou o trabalho da velhinha? A coitada morreu e não pode ver esta beleza toda".
Nesse instante, o homem escutou uma risada de criança. No banco da frente, uma garotinha apontava pela janela, entusiasmada:
Então, o homem entendeu o que a velhinha tinha feito.
Mesmo não estando ali para contemplar as flores que tinha plantado, a velhinha devia estar feliz. Afinal, ela tinha dado um presente maravilhoso para as pessoas. No dia seguinte, o homem entrou no ônibus, sentou-se numa janela e tirou um pacotinho de sementes do bolso...
Que linda mensagem, não? Joguem também suas sementes...
Pouco importa se verão as flores!
Dani Kneib