O palco da vida é um eterno convite para os candidatos à felicidade no mundo de provas e expiações para os inscritos nas universidades do progresso em nome do amor para a eternidade, não se olvidando de que os bancos acadêmicos, é uma escolha e opção da existência, abrindo as fronteiras das esperanças para a paz em nome do Criador incriado, o amor e bondade que cuida de suas criaturas sob a égide da questão 964 de “O Livro dos Espíritos”. Nesse prólogo, a senda tem como objetivo o bem-estar moral, físico, espiritual, material e moral, conforme os ditames da Providência Divina estabelecidos nas leis imutáveis que regem o universo. A doutrina espírita esclarece o proceder da narrativa como o livre arbítrio, esclarecendo que as criaturas do Eterno, são livres para decidir o que fazer ou não fazer diante das situações alvissareiras ou aziagas, reflexão que estabelece que os viajores são os engenheiros e arquitetos de suas vidas.
Antoine de Saint-Exupéry, escritor francês, notório por suas reflexões e filosofia, inesquecível como o Pequeno Príncipe entre outros, estabeleceu para gaudio de aprendizado que as criaturas do Divino são responsáveis por tudo o que cativas, o que se traduz como a liberdade para plantar, mas a colheita é obrigatória, como estabelecido pelo pedagogo incomparável, o governador planetário, Jesus de Nazaré. Ora, sim. Sob a luz dessa reflexão, os irmãos de caminhada em direção aos parámos celestiais, são os autores dos projetos que edificam para o êxito da empreitada. Pois bem. Se a obra for bem realizada, aproveitando a oportunidade da escolha personalíssima, se alcançará a ventura do bem proceder. Contrário senso, recomeçar será o caminho dos desacertos, conscientes de que cada equívoco servirá de aprendizado, alavanca para a correção de rumo no estorcegar para a evolução dos filhos do altíssimo.
É sempre oportuno recordar na história da humanidade, o gênio da lâmpada elétrica Thomas Alves Edson. Ele foi o autor de 1093 invenções. Conta-se que após aproximadamente 1.000 tentativas de conseguir a tão sonhada iluminação, um de seus colaboradores o teria desestimulado a prosseguir nas experiências até então fracassadas. Não houve desanimo. A contrário, a resposta do inventor foi que bastaria apenas um só acerto para compensar todo o projeto do trabalho até então realizado, como de fato ocorreu para benefício da humanidade. Parafraseando o filósofo suíço Jean Piaget que fez grande viagem nos idos tempos de 1980, diz-se que a aprendizagem induz a experiência, indicando a repetição das tarefas até encontrar-se o êxito.
Por óbvio, ao longo do processo de desenvolvimento, cada ser humano constrói sob amparo de seu conhecimento transato ou atual, o seu sucesso na luz exclusiva de seus esforços e cuidados na escolha dos projetos de todo jaez. Nada na vida é fácil. Tudo tem um preço. Por essa razão, na prática, o erro é um componente intrínseco importante. A ação do indivíduo e o modo como se organiza as novas experiências irão formar o conhecimento de cada um, razão, motivo e causa porque Piaget denominou sua postura teórica de construtivismo. Piaget também disse que as crianças estão constantemente testando suas teorias próprias sobre o mundo. Ao fazer alguma coisa errada, a criança precisa saber que errou e entender por que aquilo é considerado erro. Assim, dotadas de sentido, as informações serão internalizadas e os erros não voltarão a se repetir. Em regra, alcançou-se o objetivo.
Antoine de Saint-Exupéry, o autor do pequeno príncipe, a fábula que se tornou famosa tinha os mesmos conceitos em pauta quando estabeleceu a frase “ Tu te tornas eternamente responsável por aquilo que cativas ”. A história da humanidade está repleta dos conceitos nobres indicando que os desacertos são caminhos com espículos geradores do aprendizado que leva ao sucesso do ser humano em todas as opções escolhidas pelos filhos da Divindade no jornadear por esse planeta de provas e expiações. Ah, sim. Imagina-se não ser por outra razão que um dos maiores poetas e dramaturgo da ribalta, William Shakespeare, cunhou na Inglaterra onde nasceu em 1564, frase hoje mundialmente conhecida e repetida a cântaros ao estabelecer: Ser ou não ser, eis a questão. Nesse sentido, será nobre na retórica das provas para o espírito, realizar as experiências com os tropeços, nas pedras do caminho no dizer do poeta Carlos Drummond de Andrade, do que adotar postura inerte, frente à realidade que convida aos profitentes a refletir sobre a vida, bela, colorida e consentida.
É baseado nesse sentimento, que se houve o questionamento daqueles que tem sede de saber, sobre o que é o espiritismo e porque muitos adeptos do catolicismo e outras religiões optaram por essa filosofia, religião e ciência. Pode-se asseverar à saciedade que aqueles que escolhem por religião o espiritismo não tem nenhuma primazia de sua fé. É apenas um cristão, tentando seguir as pegadas do Mestre. Não ostenta sua religião, mas procura vivenciar a sua fé raciocinada. Erra e acerta, mas vai em frente, diante do aprendizado que os erros trazem. A escolha feita por seguir esse caminho em direção aos páramos celestiais é de grande responsabilidade. Não se pode alegar ignorância das Leis de Deus. Não lhe cabe julgar. Perdoar sempre deve ser o ícone de seu jornadear por esse planeta sob a Governança de Jesus.
Cabe-lhe ter em mente que sua escolha determina superar a si mesmo em suas imperfeições e não a outrem. Ao adotar esses postulados, que ninguém se iluda com a comunicação com os espíritos, pois, não está destinada à curiosidade ou brincadeira. Primeiro somos todos Espíritos e nos comunicamos com eles sem mesmo saber, segundo dispõe a questão 459 de “O livro dos Espíritos”. Ademais essa comunicação deve ser séria para se melhorar e ajudar aos outros a se melhorarem. Cabe ao espírita a boa leitura, transformar-se em lições vivas das mensagens recebidas pelos bons ofícios dos espíritos nobres para a própria reforma íntima.
O espírita não deve se internar no Centro Espírita escondendo-se do mundo com medo de ser tentado pelos vícios e imperfeições que grassam a humanidade, mas ao contrário, deve conviver com todas as situações fora de sua seara como fez o Homem de Nazaré, sem se alterar, dando o exemplo do verdadeiro cristão. Jamais olvidar que o espírita consciente é espírita em tempo integral, no templo, em casa, na rua, no trânsito, na fila, ao telefone, sozinho ou no meio da multidão, na alegria e na dor, na saúde e na doença. Recordar que Ser espírita não é ser diferente de nenhum de nossos irmãos, mas ser exatamente igual a todos, porque somos iguais perante Deus. É seu dever ficar longe de mostrar-se que é “bonzinho”, mas um ser justo, provando a si próprio que se esforça para ser correto na aplicação das Leis de Deus, porque esse deve ser o estado normal do homem consciente. Muitos irmãos em desventura procuram ser espírita na esperança de se curar, quiçá curar o próximo em estado de aflição.
Não é a atitude a ser adotada, mas a de contribuir para que o próximo trabalhe a sua própria cura tanto como nós mesmos através da boa nova, pois a cura vem dos poderes de Deus e não nos poderes da singela vontade e perseverança a vontade sincera e perseverante de mudar. Nesse estado d’alma, conjugando o verbo ser, segue o ósculo em seus corações, com a oblata da fraternidade, com votos de uma semana de paz, em nome do Divino Jardineiro, são os votos o amigo fraterno de sempre.
Jaime Facioli.