Os filhos do Senhor da vida, criados simples e ignorantes, desde os primórdios da sua jornada pelas estrelas buscam a evolução através do aprendizado, conscientes de que na casa do Pai Celeste tem muitas moradas. A fé nas regras do Senhor da Vida baliza as conquistas da paz interior, motivo porque, na sua trajetória anseiam pela sublimação d’alma, ainda que lutem bravamente pelas conquistas materiais, destinadas a casa de morada, justo sonho, atrelado a algum recurso financeiro, reserva estratégica garantia na senectude de recursos previdentes sem nada lhes faltar.
Em verdade, Deus não desproverá nenhum de seus filhos, em qualquer situação que se encontrem, essa é a regra estabelecida sob a égide da questão 963 de “O Livro dos Espíritos”, nada obstante seus filhos amantíssimos anelem por uma âncora lançada ao mar da vida. Sim. Também é valido o desejo com sofreguidão de um título universitário, diploma de acadêmico certo de que esse desejo também é um dos componentes da vida em direção ao aperfeiçoamento, ético, moral e de cidadania.
Justifica-se, pois, os acadêmicos da vida, anelarem as propostas em comento, objetivando atingirem a plenitude que concederá a paz interior. Com esse sentimento, apesar de necessária essa etapa na construção do porvir para a felicidade, o fato é que isso por si só não concederá a pacificação das almas. A regra lhanoza em exame, é a direção e o caminho pelo qual os candidatos a felicidade devem seguir em busca do carreiro que anelam os corações sequiosos de progresso em nome das lições de Jesus de Nazaré, modelo e guia oferecido pelo Pai Celeste aos viajantes das estrelas.
Oh! Meu Deus. Quantos sonhos. Quantas esperanças. Desejos de realização profissional. A alegria da colação de grau. O beijo carinhoso da "mama" e o seu jeito inconfundível de amar, de amparar, de ajudar a todos os seus rebentos. Ah, sim, também as dificuldades que a vida oferece como provas e expiações na falta de recurso de toda natureza.
É vero, tudo, devagar e lentamente compõe o ideário de vida, ainda que seja crível depois de um longo dia de trabalho, exausto fisicamente, ao soltar o corpo em repouso, como dizem graciosamente os mineiros, depois de "soltar os arreios", pode-se elevar os pensamentos aos céus dizendo em alto e bom som o monologo com a consciência; sim, cumpri retamente os deveres com a família, com os fâmulos, com os companheiros de jornada, com a fé que abraçamos com devoção sob os ditames da civilidade, o auxílio ao próximo, a pratica do perdão, da indulgência e as virtudes ensinadas pelo Nazareno, atentos a retidão as regras da vida, sinto-me em paz.
É disso que se trata, a paz que hoje carregamos no peito, ao menos àqueles que estão no entardecer ou no anoitecer da existência física, tem outra conotação e melhor simboliza o progresso em direção as luminescências do amor verdadeiro que se persegue com sentida emoção ao encontro da paz interior. A conquista da paz interior, nada tem a ver com a paz que sonhamos quando somos jovens e se imagina que ter paz é poder fazer o que bem se entende e a qualquer momento, mesmo que isso viole as prerrogativas ou direito de outrem ou estiole o corpo físico nos abusos a que se submetem os desatentos das regras da vida. Ficar de "papo pro ar", sem enfrentar o trabalho honesto e probo, ou não aceitar o desafio de uma contradição ou ainda experimentar uma decepção nos sonhos, nos projetos, ou no amor é medida desabrida.
Oh! Que ledos enganos cometem àqueles que assim pensam. A paz é o resultado do entendimento e das lições que a estrada da vida oferece àqueles que têm o firme propósito de atender as Leis da Divindade e por isso inscreveram-se no livro de provas e expiações, para estagiarem nesse planeta. Assim pensando, é possível asseverar aos que tem sede desse conhecimento que a paz reside na atitude ativa com se enfrenta os desafios no dia a dia e na hora a hora.
A paz está na forma com que se enfrenta o dia de trabalho. Disse o Governador do planeta. O meu Pai trabalha até hoje e Eu também trabalho. A paz abriga-se na confiança depositada no Senhor da Vida, porquanto Ele sabe o que é melhor para os seus filhos, enquanto não se deve olvidar que as criaturas ainda não sabem bem o que desejam em nome da paz. A historiografia mundial está repleta de exemplos de guerras fratricidas entre católicos e protestantes.
As chamadas guerras santas, a Noite de São Bartolomeu que a todos assustaram. Israel vive às turras com o Líbano ou quando não é com Cisjordânia e por aí vai. As cruzadas na Inglaterra deixaram saldo de vítimas que a consciência do justo não admite. Em nome de Deus se comete as maiores barbáries, sob o pretexto da paz.
Ter paz ou estar em paz é ter a convicção pessoal de que se faz o melhor em tudo o que a vida lhe oferece. Se para o trabalho, realize o seu melhor. Se na dor, suporte-a com resignação, sem reclamar. Quando no exercício da medicina, nobre encargo da vida, dê o seu melhor ao realizar uma cirurgia. Trate o paciente como Jesus nos tratou. Como um doente que necessita de atenção especial, de carinho, de paciência e de amor.
Lembremo-nos do Divino Pastor ao pastorear as suas ovelhas. "Vinde a mim todos vós que sofreis e estais sobrecarregados e eu vos aliviarei. Tomai sobre vós o meu jugo e aprendei de mim que sou manso e pacifico de coração e vossas almas se reconfortarão, pois, o meu fardo é leve e o meu jugo suave."
Quando se faz o melhor de nossos esforços a consciência fica tranquila, pois ter paz é assumir responsabilidades. É enfrentar os momentos difíceis das provas a que se está submetido todos os dias na Universidade das existências. A paz pode ser encontrada também naqueles que tem ouvidos para ouvirem àqueles que estão entibiados com as dificuldades da hora a hora. Essa é a hora para se utilizar da palavra que edifica e constrói. Incontáveis irmãos de caminhada, almas sofredoras chegam ao lado pedindo socorro e clamando pelas palavras que enobrecem a vida, dizendo-se em desespero e pensando em pôr fim aos seus dias, lamenta-se aqueles que nessas horas, emudecessem, faltando-lhes a palavra do Cristo de Deus.
Inegável que há momentos dessa prova que há a incapacidade de se recordar de parábola do Homem de Nazaré que possa confortar o sofredor. Esquecemo-nos de Maria de Magdala, a vendedora de ilusões e o exercício do perdão fica sem esclarecimento. Quando se trata de pagar impostos, não temos na ponta da língua a memorável lição de entregar a César o que é de César e a Deus o que é de Deus. Afirmativo, é necessário urgentemente dar atenção as lições do Divino Galileu, estar em dia com a sua proposta para pode alcançar a paz interior. São os ouvidos que ouvem e os olhos que veem e a boca que fala do que está cheio o seu coração.
Paz se obtém observando as crianças puras de coração e sem preconceitos, ouvindo o canto dos pássaros, o barulho ensurdecedor que faz a natureza, o riacho que corre e o vento que sopra, deslizando sobre as pedras e embalando os ramos verdes do salgueiro. Ter paz é não devolver o "troco" pelas ofensas recebidas. Não tentar se modificar ou aos outros somente para agradar a outrem.
Respeito-os. Cada um tem o seu momento de crescimento. Cada um desperta em hora diferente para a realidade da vida, mas todos estamos destinados a depositar nossa consciência no templo da paz que a Divindade nos reservou como suas criaturas. Ter paz é aprender com os próprios erros, pois são eles que nos ensinam a gemer e ter coragem de chorar, sorrir ou retroceder num procedimento e pedir perdão, ao reconhecer e admitir as imperfeições de que ainda somos portadores, admitindo os medos, as fraquezas e as carências que ainda nos embalam a alma em direção ao nosso progresso, pois a natureza não dá saltos, antes pelo contrário, vai lenta e gradual em direção ao seu destino, como o rio que corre para o mar.
Na vida tudo tem um propósito. Assim, por essa vereda se chega a trazer no peito a paz que aceita os outros como são e a disposição e a coragem para mudar as coisas que carecem serem modificadas, como os vícios do tabagismo, do alcoolismo, das maledicências, da malquerença, da ausência do perdão, ou da falta de indulgência com o próximo. A paz que reconhece que não sabemos tudo, mas que se esforça para se manter atualizado com a vida e com os propósitos nobres para os quais fomos criados.
É essa mesma paz que ensinará a dividir o pouco que se tem sem se aprisionar ao possuímos, mas, aceitando aquilo que a Providência Divina oferece, dando a certeza de distinguir o que pode ser mudado e o que deve ser aceito com resignação. Essa postura conduz a admitir que nem sempre se tem razão, e mesmo na posse da certeza, não há razão para contenda, pois a paz que trazemos hoje em nosso peito é a paz da confiança na Consciência Cósmica, que governa o mundo como Inteligência Suprema e Causa Primária de Todas as Coisas, no dizer do Mestre Lionês, quando obteve do espírito de verdade a resposta a questão número um de "O livro dos Espíritos", ao indagar "Que é Deus".
Essa paz é a paz da certeza de que receberemos das leis soberanas da vida, tudo o que estiver escrito nos nossos destinos, com endereço da felicidade e no rumo das estrelas. Sob a luz dessa narrativa, ponto finalizando, segue a oblata da fraternidade com o ósculo de carinho depositado em seus corações, anelando uma se semana de muita paz em nome de Jesus de Nazaré.
Do amigo Fraterno de sempre.
Jaime Facioli.