A imensa viagem de aprendizado pelas estrelas, nas provas e expiações, ínsita em sua natureza carrega no seu bornal a máxima do Apostolo dos Coríntios, asseverando que a criatura humana carrega consigo os instrumentos necessários aos exames a que serão submetidos como candidatos à felicidade. Ora! Sim. No íntimo desses sentimentos, trata-se dos vendavais, e das tempestades no curso do trajeto e toda espécie de escolho capazes de submeter os viajores aos amargos dissabores do desengano, do desalento, da solidão, e da inquietude d’alma. Esse proceder, por seu turno, conduz à desesperança consoante o manto das vidas pregressas, com os esquecimentos das ocorrências do pretérito sem que se identifiquem a origem ou motivos e propósitos desses sofrimentos no curso da viagem, quando o céu de brigadeiro perde a sua claridade e se enche de nuvens escuras sem causa aparente, senão a Lei de Causa e Efeito com fulcro na Lei Divina.
Nesse prólogo, é crível não se ilidir os profitentes das leis pétreas do Senhor do Universo, aqueles que estão ainda na consciência do sono, conscientes de que o Pai Celeste, onipotente, onipresente e onisciente, atento às necessidades dos candidatos à felicidade, não somente fornece os meios para a resistência do bom combate no tatame das provas, como também concedeu Jesus, o amigo e companheiro, mestre e protetor para todo o sempre. Nesse arrimo, oxalá os profitentes da boa estratégia para o sucesso na empreitada, estejam conscientes de que a expressão amigo é atribuída ao indivíduo que mantém um relacionamento de afeto, estima, consideração e respeito por outra pessoa, seguro de que seu tutor bem orienta os navegantes e os conduz ao porto seguro, mesmo quando a embarcação está a ponto de soçobrar.
Nesse sentido chancela-se uma pessoa de amigo, quando nela se confia acima de qualquer coisa, o seu esforço para ajudar, seja em situações boas ou ruins; um amigo é aquele que por sua postura de agir, está sempre disposto a conversar e auxiliar nos momentos amargos das provas. Bem por isso, inegável que é o homem de Nazaré, o amigo para sempre, posto que o evangelho segundo Mateus, 11:28 a 30 traz à consideração o amigo de todas as horas demonstrando - ipsis verbis -, o caráter, e o modo de agir sempre disposto a ajudar, como se vê, quando o Divino Jardineiro, convida os seus tutelados a irem até ele, dizendo:
- Vinde a mim, todos vós que estais aflitos e sobrecarregados, que eu vos aliviarei. Tomai sobre vós o meu jugo e aprendei comigo que sou brando e humilde de coração e achareis repouso para vossas almas, pois é suave o meu jugo e leve o meu fardo -.
Sem dúvida que todos os sofrimentos, misérias, decepções, dores físicas, a partida de seres amados, - fora da hora combinada , encontra consolação em Jesus, o amigo de todas as horas, tanto como à fé no futuro, à confiança na Justiça Divina, que Ele ensinou aos seus irmãos menores. Notório pois, que as lições D’Ele, há que ser observada e o seu jugo leve impõe o dever, o amor e a caridade. Roberto Carlos, sensível a figura majestosa do Nazareno, canta em prosa e verso o amigo incondicional de todas as horas, declamando, entre outras expressões de amor, que basta olhar no céu para se ver a nuvem branca que vai passando e na terra a multidão caminhando, trazendo no peito o amor e procurando a paz, máxime porque, apesar de tudo e de todos os percalços, a esperança não se desfaz.
Oh! Sim. Também em cada esquina se vê o olhar perdido de um irmão buscando Jesus Cristo, o irmão e amigo de todas as horas ao conclamar ao mestre, - eu estou aqui -. Há também uma canção homenageando a figura do amigo para sempre, que o Pai Celestial concedeu as suas criaturas, na composição de Andrew Lloyd Webber, com a letra de Don Black, cantada magistralmente por Plácido Domingo e José Carreras, símbolo da figura majestosa do amor e do companheiro de todo momento, apólogo de suas vidas no embate com a prova da leucemia, demonstrando eficazmente que a Consciência Cósmica não abandona seus filhos.
A vida como se vive no dia a dia e hora a hora é difícil, sabe-se muito bem, máxime porque ela é composta do verdadeiro sentido de progresso, talhando nos tatames da existência, as provas a que se submetem àqueles que almejam obter o diploma na universidade da vida, passaporte para os páramos celestiais. Obviamente, nesse sentido, ninguém poderá carregar o fardo de suas dores, ainda que em caráter pessoal, sem o apoio indispensável do companheiro inseparável de todas as horas, o Divino Pastor. Estrela de brilho incomparável Ele veio a esse Orbe, para ser o caminho a verdade e a vida, razão porque asseverou com clareza que ninguém vai ao Pai senão for por ele.
Dessa sorte, todo sofrimento, amargura, dores ou mesmo as alegrias, comportam da parte dos filhos da Providência Divina, educar-se para aceitar os designíos do Senhor da Vida com resignação, amor e esperança de que a Potestade sabe o que faz e aos filhos resta a certeza de que depois de criar o Universo, as estrelas e as constelações, é seguro que a Consciência Cósmica não negligencia os cuidados com seus filhos. Com esses sentimentos, é crível asseverar que ninguém imagine ser possível entender os problemas complexos da existência, sem exercitar ao menos o silêncio d’alma para ouvir os sons inarticulados da natureza vibrando em sintonia perene com as obras do Criador.
É do Divino Rabi da Galileia a assertiva de que não estaremos sós, porque quando a solidão que entibia os mais puros sentimentos do espírito, o Sublime Amigo legou à posteridade o convite para ir até Ele. Não há, pois, solidão. Todos os sofrimentos, misérias, decepções, dores físicas, perda de seres queridos, tudo, mas tudo mesmo que a vã filosofia possa imaginar, encontra sua consolação na fé no futuro e na confiança da justiça de Deus que o sublime amigo ensinou aos homens de boa vontade. Sem contradita, diante dessa realidade, é inaceitável a alegação injusta que alguns desatentos fazem alhures e algures, ao afirmarem que as dores e aflições por eles experimentadas sejam as maiores do mundo. Não são. O exemplo da dor física mais pungente que se tem notícia foi o do modelo e guia da humanidade que nada devia, enquanto os irmãos menores têm o que espiar. A compreensão desses fatos, requer uma catarse das chamadas dores através do auto iluminação, porquanto é notório que ninguém responderá pelos erros de outrem, razão porque o ensejo requer cuidado de um proceder sempre retilíneo.
A brandura e a simplicidade são do Cristo, convidando à prática da virtude. Em contrapartida, é dever de boa conduta, meditar com paciência nas ocorrências e dominar os impulsos inditosos, pois afinal somente os poderosos respondem ao ataque verbal com o silêncio e evitam dizer tudo, logrando não magoar os companheiros de viagem com palavras ásperas e impensadas. O primeiro sinal de poder sobre si mesmo é o silêncio em momentos críticos e se a discussão deixou o terreno da razão, quem silencia e continua a trabalhar no bem mostra que já venceu, mesmo quando o outro lado insiste em gritar a sua derrota. Não é comum as pessoas compreenderem os sacrifícios e renúncias para a manutenção de uma vida modesta, honrada e digna do verdadeiro cristão, perseverando no dever de fidelidade aos lhanozos propósitos assumidos na pátria espiritual. Por isso, sábio é todo aquele que reconhece a infinita pequenez diante da infinita grandeza da vida, conscientes de que para a eternidade dos tempos estaremos na companhia do sublime amigo para sempre, O Divino Pastor.
Neste estado d’alma, segue nosso ósculo em seus corações com hóstia da fraternidade desejando um ótimo fim de semana em nome do Divino Pastor, do amigo para sempre, Jesus de Nazaré, governador do Planeta Terra.
- Do amigo fraterno de sempre –
Jaime Facioli.