Os filhos do Senhor da vida trazem consigo, desde sua criação pelo Pai Celestial, o lhanoso desejo, ínsito em seu espírito, de respeito à Lei Divina do Progresso; esses anelos vestem-se na indumentária da busca incessante de um melhor emprego, de estudar com afinco para melhora do nível cultural, anelando estar preparados para os enfrentamentos que as provas da existência oferecem àqueles que se emulam no bom combate, atendendo o seu progresso pessoal na lei da vida, em síntese apertada semeando a lei moral com a sua inafastável cláusula pétrea.
Nessa retórica, inegável que para se alcançar o progresso de qualquer natureza, máxime o mais nobre deles, o progresso moral, leva os inscritos na universidade da existência a percorrerem caminhos com pedras, abrolhos, e espinhos, que se vestem de alegrias, sucessos, insucessos, dores e sorrisos, conforme o resultado apresentado nas sabatinas das provas.
Sob o fluxo desses conceitos, não resta dúvida de que todos os caminhos e os esforços dispendidos para atender aos ditames da Lei de Progresso, máxime o progresso moral, aquele que Jesus recomendou guardar como tesouro do coração, constata-se nesses procedimentos que são, sem contradita um exercício de aprendizagem.
As provas da vida são e sempre serão ricas de motivos para que a alma se enriqueça no saber das coisas de Deus. Ora, sim. Essas são ocasiões de estudo que se desenvolvem intelectualmente, oportunizando aos filhos da Potestade alcançar o conhecimento das leis do mundo físico, obra do Senhor do Universo.
De fato, ao se colocar o bisturi do interesse para estudar, constata-se que ao estudar botânica, química ou astronomia, seja qual for o ramo das ciências, físicas, humanas ou biológicas, descortina-se sempre uma oportunidade de progredir intelectualmente, aumentando a compreensão a respeito das Leis do Criador.
Sob essa dicção, as provas da existência oferecem também um tesouro de conveniências para que os filhos do Eterno evoluam moralmente, a fim de entender as coisas de Deus no campo da moral.
Cogente, pois, da mesma forma que se pode crescer intelectualmente durante a vida, também se pode e, é indispensável, progredir moralmente, porquanto sabendo-se que a moral é a regra de bem proceder, o seu manto sagrado é agir conforme as Leis de Deus, consolidando as regras do coração, na grande conquista dos filhos do Altíssimo.
Nesse arrimo, é natural que a vida nas provas e expiações oportunize também o aprendizado, possibilitando aos indivíduos crescerem intelectual e moralmente.
Ora, sem criar um doesto, se o progresso intelectual se dá pelos bancos das academias, pelos livros, pelo exercício da mente e do raciocínio, o progresso moral se dá pelo enfrentamento do mundo, nos desafios da sociedade, no relacionamento com o próximo e com a própria criatura e, indistintamente, todos que transitam pelas estradas da vida, bela e colorida.
Com essas reflexões, é justo afirmar que sempre que se encontre com um parente, dito difícil, ou qualquer circunstância do mesmo jaez, tem-se a oportunidade do progresso moral, desenvolvendo a paciência e a indulgência.
Verdade é que, se o superior é irascível, preciosa será a oportunidade de se avaliar a resistência no caminho do bem, removendo a pedra do caminho, e/ou convivendo no ambiente de trabalho em desalinho exercitando a virtude da paciência, oportunidades de se desenvolver os valores d’alma.
Inegável que há situações tentadoras e difíceis de enfrentar, estiolando os valores morais, presentes no dia a dia, como as questões de corrupção e do afrouxamento do código ético moral; todavia, que não se engane a rasa filosofia dos desatentos com a Lei da Consciência Cósmica, porquanto o fato em comento, na verdade é um convite ao exercício da retidão de caráter e da consolidação da honestidade.
Ora, sim! Nenhuma situação de desatenção dos viajantes em busca da felicidade, que se atribua o fato em descompasso com as regras da existência, como se fosse descuido da Providência Divina ou cochilo dos anjos tutelares; antes, isso sim, é desídia da parte dos viajantes em trânsito pelo belíssimo planeta chamado Terra.
É vero, pois que inexiste dúvida de que nada acontece por acaso, mas por uma causa, motivo e razão, porque tudo está previsto pelo amor de Deus, proporcionando ocorrências adequadas para que os filhos do Altíssimo possam progredir, intelectual e moralmente, afinal, o Criador, onisciente, onipotente, e onipresente não coloca fardos mais pesados nos ombros se seus filhos, do que eles possam suportar, informou o arauto do bem.
Dessa forma, o óbvio é ululante: é inimaginável se pretender provas tranquilas, sem desafios ou abrolhos no caminho, voando em céu de brigadeiro; sem dúvida, a vida na matroca seria o sonho daqueles que nada esperam e nem se emulam para alcançar e cumprir retamente seus compromissos diante da vida, bela, colorida e consentida.
A esses que ainda, lamentavelmente, se demoram na consciência do sono, consomem-se no vazio de si mesmos pela falta do objetivo maior, que é o progresso do ser humano, porquanto cada um terá o resultado de seu plantio, ou nas palavras luminosas de Paulo, o apóstolo, todo homem carrega consigo o resultado de seus atos.
O amadurecimento moral, o respeito às cláusulas pétreas das provas e o despertar para valores sólidos e perenes em relação à existência de provas e expiações, é objetivo a ser perseguido na vida, sem jamais olvidar que a Inteligência Suprema, Causa Primeira de Todas as Coisas, proporciona os desafios necessários somente na intensidade que seus filhos são capazes de suportar.
Por derradeiro, esse é momento em que comporta consultar os corações, onde se encontram os tesouros dos filhos da Potestade, para das profundezas d’alma, indagarem, lhanamente, se desejam agir corretamente.
Estoicamente, respeitando as cláusulas pétreas do progresso moral, conscientes de cada viajante em trânsito pelo planeta Terra, busca a felicidade e a paz que anima os corações daqueles que seguem pela estrada, confiantes no Senhor do Universo, tem-se a medida ensinada por Santo Agostinho nas questões 918/919 de - O Livro dos Espíritos - sobre o homem de bem, com o comportamento probo diante da sociedade civil organizada e em direção aos esplendores celestes.
São esses, filhos do Eterno, que sabem que o acaso não tem espaço diante da Providência Divina, máxime porque nada ocorre ao léu dos acontecimentos; em verdade, Deus é onipotente, onisciente e onipresente; tudo tem uma razão de ser.
Oxalá, os candidatos a encontrar a paz, fiquem atentos e busquem entender as mensagens inarticuladas que Deus envia de forma constante àqueles que buscam nas lições do Divino Jardineiro ter os corações puros.
Ponto finalizado, a epístola deposita o ósculo da fraternidade nos corações dos filhos do Criador, com a oblata do amor de Jesus, conscientes de que as mãos do Eterno protegem seus filhos, e a mensagem anela aos viajores das estrelas, votos de um ótimo fim de semana na paz do Celeste Amigo.
Do amigo fraterno de sempre.
Jaime Facioli