O tema em apreço quando as nuvens negras dos pensamentos tormentosos, cobrem as criaturas do Eterno em escuridões ignotas nas embarcações das provas, o céu de brigadeiro perde a felicidade, há que se reconhecer no horizonte a chegada das esperanças para acalmarem a barca dos corações evitando a agitação desgovernada sobre as ondas, consciente de que o Senhor da Vida não perde e jamais perdeu o endereço de seus filhos.
Quando as obrigações diárias, as dificuldades e os problemas existenciais, as surpresas de todo jaez, baterem à porta, insistindo em pensamentos de desesperança, incrustando desanimo no teu mundo interior, para plasmar descredito, insinuando que tudo vai de mal a pior, é a hora da fé e da esperança, falar ao coração para te relembrar o eterno Jesus de Nazaré.
Cogente, sim, quando caia a tarde e a multidão ainda esteja reunida nas praias da vida, desde que o sol surgira naquela gloriosa manhã, oferecendo um espetáculo radioso de beleza, a luz aurifulgente do missionário do amor já atendia as incontáveis suplicas dos enfraquecidos que com fé e esperança, todos O buscando em nome do Pai Celeste, seus filhos amantíssimos.
Oh! Meu Deus! Foi naquela ensanchas que mãos e lágrimas lhe roçavam o rosto e a túnica, antes tão limpa e alva, agora manchada de lamentos, choros e dores, se imagina o “mundo perdido”, como se o Pai não soubesse o que faz. Nada obstante, os desalinhados chegavam às margens do lago, vencendo a dor e a tristeza dos sofredores embarcados na nave da reencarnação, em busca do néctar da vida, sob o seu jugo, afirmando ser o caminho, a verdade e a vida.
Sob o estigma do mundo perdido, relembra-se nos idos tempos de 1969, o divertidíssimo desenho da lavra de Hanna-Barbera apresentando a Corrida maluca, onde onze veículos estranhos perturbavam um dragão que cuspia fogo e um urso chorão. Era uma quadrilha de morte aos irmãos Rocha, Pedra e Cascalho.
Competiam pelo título mundial de corredor mais louco do mundo, em um rally pela América do Norte. Nele havia uma personagem chamada Maggie Dubois, que foi transformada na Penélope Charmosa, e um professor chamado Fate, que deu origem ao vilão Dick Vigarista. O vilão a cada corrida, tinha uma preocupação principal: criar obstáculos para que os concorrentes não cruzassem a linha de chegada.
Assim, esmerava-se em montar armadilhas, ao longo do trajeto. O seu ajudante, Mutley, costumava fazer sempre alguma coisa errada, na hora de colocar o plano em prática. A cada episódio, Dick Vigarista acabava provando de seu próprio mal. O fato é que Dick Vigarista nunca ganhou uma corrida. Era armação e tantos problemas que ele tentava criar para os outros, que nunca conseguiu cruzar a linha de chegada, em primeiro lugar.
Nesse introito, a comparação se assemelha. Muitos dos viajantes das estrelas em provas ou expiações, numa comparação rasa com o Dick Vigarista, estão mais preocupados em criar obstáculos aos outros para que não alcancem os objetivos traçados, sejam eles um concurso, uma em uma competição.
Não se surpreendam os desatentos que se transformem em Dick o vigarista. Sim, é vero. Há jogos com finalidade de distraírem os viajantes em repouso saudável para diversos matizes que se transforma em formas desonestas de impedir a vitória do próximo, olvidando-se que a máxima a ser seguida é competir para lograr êxito na linha de chegada, pelo caminho do bem, consoante as lições de Santo Agostinho nas questões 918/919 de “O Livro dos Espíritos”
Sim, é inegável. Quantos não tem inveja do sucesso do vizinho, de seu carro novo, a festa do conhecido, a casa do colega transformada em mansão. Há comentários que se faz em critica acerba sobre o semelhante, sem se dar conta da perda de tempo precioso que se perde e que poderia ser empregada no esforço para elevar-se espiritualmente e aprimorar as necessidades de evolução do espírito para atender a Lei de Progresso.
Afinal, o que importa não é impedir que os irmãos de caminhada na vida tenham êxito, mas que nos esforcemos para cruzar a linha de chegada, sem ser um Dick Vigarista, mas filhos de Deus pronto para alcançar os páramos celestes.
A luz dessa retórica a questões que espicaça a consciência do justo na sede de justiça e conhecimento, é saber se existe a predestinação. Vale dizer sob outro arrimo, existem os predestinados. É possível crer que existam criaturas privilegiadas nas prestações de contas, recebendo os páramos celestes em suas várias moradas, e de outro lado os desafortunados e sem prerrogativas receberão os chamados infernos, como forma de expungir os desalinhos cometidos contra as leis pétreas do Senhor do Universo.
Oh! Não. Todos são iguais nas leis de Deus na máxima da existência onde as causas recebe os efeitos. Não há privilégios. Os cataclismas, as tempestades, os tsunamis, a queda de aeronaves, ou as ocorrências de acidentes de todo jaez na vida dos viajores em trânsito pelo planeta Terra são lições de vida, descuidos, negligências ou resgates pretéritos para restabelecer o Universo do Senhor da Vida.
Com esse axioma, o fato é que sobre o tema sub oculis, a verdade é que a predestinação não existe. Registre-se que ainda que exista minoria dos vestem a toga de agnósticos, ou acreditem na predestinação, a verdade é que na visão cristã não existe a predestinação e os filhos do Eterno não foram por suas mãos criados para o destino final do céu ou inferno.
Aceitar essa premissa será admitir que os filhos do Senhor do Universo, estão programados para serem ricos ou pobres, preto, branco, deficiente ou sadio, o que deixaria de lado, o instrumento precioso do livre arbítrio, concedido pelo Pai Celeste para as escolhas dos viajantes da felicidade em direção ao progresso e a elevação espiritual.
Ora, sim. Por esse viés, não há céu e nem inferno, não se recebe prêmio ou castigo, mas assume-se responsabilidade diante dos atos, das ocorrências ou das situações aprazíveis ou desagradáveis das quais são autores os inscritos na universidade das provas e expiações, razão porque há que se respeitar o resultado dos atos praticados, e, quando desatendidos os ditames da Lei Divina, reequilibram as violações cometidas contra o Universo da Divindade.
Em exame perfunctório da Bíblia, não se encontram fundamentos objetivos para se sustentar a crença do anunciado céu ou inferno, nada obstante saiba-se que a reforma da Igreja, nos idos tempos, sobretudo com Martinho Lutero e Calvino, possibilitou a expansão do pensamento sobre a existência de pessoas predestinadas à salvação e outras predestinadas ao inferno.
Nesse sentido cabe também anotar que a doutrina protestante teve o mérito de chamar a atenção para o exagero que se cometia naquela oportunidade, no sentido de que tudo era mérito das pessoas, o que “in veritas” não era bem assim.
O fato é que graças à luz produzida pela reforma protestante dantanho, e os estudos sobre o tema sub oculis, houve oportunidade para os estudos desses acontecimentos, e por consequência do livre arbítrio, diante da serena compreensão da responsabilidade personalíssima de cada uma das criaturas perante as livres escolhas, libertando-se os pesados grilhões do passado remoto, onde os sonhos não realizados eram castigos do Criador, e as conquistas o prêmio dos vencedores, nada restando à livre escolha.
É vero. Não há um destino previamente traçado, senão nas linhas centrais, escolhas dos próprios viajantes em busca da felicidade. É uma metáfora, como sintetizado por Santo Agostinho: “o nosso coração não repousa enquanto não encontrar o Senhor”.
Na questão nº 963 de “O Livro dos Espíritos”, não se nega que o Pai cuida de todas as suas criaturas”, sempre as acompanha iluminando as mentes dos espíritos para optarem pela correta direção até aos esplendores celestes. Em síntese apertada, não se admite o “destino” como fatalidade, previamente estabelecido pelo Senhor do Universo. Contrário senso os filhos do altíssimo seriam marionetes, sem escolhas da porta estreita ou larga proposta por Jesus de Nazaré.
Na realidade, as ocorrências oferecem o ensejo para carregar no coração a certeza de que como filho do Eterno, são Deuses e podem escolherem as suas obras para colherem os frutos de seu plantio. Com esse objetivo da grande viagem das provas, segue os sentimentos d’alma, objetivando a grande viagem da vida bela, colorida e consentida, emoldurada com o ósculo depositado em seus corações, com a hóstia da fraternidade universal, anelando tenham os amigos de todo o sempre, uma de semana de muita paz em nome do Divino Pastor.
Do amigo Fraterno de sempre.
Jaime Facioli