Inegavelmente os filhos da Providência Divina trazem consigo desde sua criação a essência da necessidade de refletir, pensar e encontrar, através do exercício da ciência da observação, os porquês da vida. A fonte indispensável dessas indagações são sem dúvida as ocorrências pulcras ou desalinhadas da vida, estradas necessárias ou escolhidas pelas criaturas em evolução.
Assim são os acontecimentos do dia a dia e hora a hora que nos cercam em um mosaico de atos e fatos ofertando aos profitentes da existência a avaliação e a necessidade de reflexão profunda para se encontrar o sentido correto do evangelho ao afirmar que é preciso que os escândalos venham, para que as criaturas possam dar-se conta de qual caminho desejam seguir no reto cumprindo de seus deveres como filhos da Potestade.
A escolha, diante da realidade de que somos os destinatários dos acontecimentos, possibilita, através da ciência da observação, termos a certeza de que a máxima deixada pelo Divino Jardineiro é imperiosa para ser seguida, pois Ele é o caminho, a verdade e a vida. É verdade que vivemos dias tecnológicos nos quais as possibilidades de encontro, de comunicação e conhecimento entre as pessoas jamais tinham atingido o valor exponencial na era das comunicações.
Sem contradita, a sã consciência comprova que as distâncias se encurtam e os meios de comunicação nos conectam com a rapidez de um relâmpago de tal sorte que vivemos como mochileiros siderais, pois não somos criaturas desse mundo. Estamos nele de passagem, razão por que, próximos uns dos outros, ligados em todo mundo, não podemos olvidar a fraternidade e o amor incondicional aos que caminham na mesma jornada evolutiva.
Nessa metodologia da vida, tem-se conhecimento de quase tudo. São notícias do mundo “num piscar de olhos”, em todas as partes do planeta, alertas de mães que relegam os filhos, deixando-os sem os cuidados e ao abandono na porta das casas ou nas latas de lixo, quando não os sacrificam a vida, tal a frieza no coração daqueles que ainda são incapazes de amar.
Há também comunicações de mães, que seguem o féretro de seu amado com profunda dor, ou daquelas que não têm o que oferecer aos seus rebentos e derramam lágrimas de sangue no fogão sem lume. Da mesma sorte, se sabe de corações generosos, sem dúvida aos milhares de pessoas se sacrificam horas e energia para o bem-estar dos seus, da sociedade e do seu próximo em nome da plenitude do amor incondicional, enquanto no outro polo se anunciam mortes barateadas pelas loucuras de alguns, na selvageria em que se permitem viver.
Oh! Bendito sejam os médicos sem fronteiras, envolvendo centenas de pessoas que se dedicam a salvar vidas, doando seu tempo, cultivando o amor ao próximo e dando o exemplo de que a escolha do caminho da caridade atende às exortações do Divino Pastor para a humanidade trilhar os caminhos que levam aos páramos celestiais. Inegável que esse reto proceder equilibra a conduta daqueles que se perdem na violência e na agressividade, maltratando a si e aos que estão colocados pela providência Divina em sua trajetória para sua iluminação e dos irmãos de caminhada nas provas da vida.
Diante da máxima evangélica, para não deixar a mão esquerda saber o que faz a mão direita, não raro não percebemos que muitos semeiam a paz em atitudes silenciosas que ninguém vê ou aplaude, sem que isso deixe de ser anotado no Livro da Vida para a contabilidade oportuna em nossa prestação de contas como depositários dos bens que nos foram confiados pelo Senhor do Universo.
Bem por isso, não é lícito reclamar dos desonestos, que se utilizam da corrupção e do desvio de verbas para proveito próprio, dificultando a vida de muitos, fomentando a miséria e os desequilíbrios sociais, máxime porque, há uma multidão de pessoas honradas, honestas e silenciosas que vivem dignamente sob a tutela das leis e de valores morais pautados no respeito ao próximo.
Na verdade, a maioria das pessoas, vivendo no planeta Terra, traz em si a proposta do bem e da caridade e reto proceder agir. Se, se ativer apenas a algumas manchetes de jornal ou isolado noticiário na TV, pode-se acreditar que a Humanidade piorou e a convivência em sociedade está mais difícil.
Que não nos engane a vã filosofia. Se examinarmos os fatos, com fulcro na última estatística da Organização das Nações Unidas, “ONU”, ver-se-á um contingente de oito bilhões de seres humanos habitando o planeta terra, e por consequência, é crível se ver que a verdade é que existem infinidades de criaturas vocacionadas para o bem e o reto proceder, em detrimento a literalmente meia dúzia de irmãos ainda desalinhados com as Leis Divinas.
Anote-se, ainda em respeito à realidade dos fatos, que a legislação humana, hoje, é muito mais justa do que há algumas décadas, onde o desrespeito grassava nas relações sociais, comprometendo a Lei do progresso e a evolução moral da sociedade. Com o progresso e a natural evolução da humanidade, o fato inconteste é que na atualidade existem centenas de associações, grupos organizados, e inúmeras organizações não governamentais, as chamadas “ONGs” que trabalham em silêncio em atitudes virtuosas, filantrópicas, visando à proteção dos desprotegidos, de pessoas em risco.
Nesse rol estão incontáveis médicos, sociólogos, filósofos, jurisconsultos, cientistas, pesquisadores, professores, que se dedicam com afinco e desvelo para novas descobertas, novas conquistas da ciência, sempre na busca dos caminhos para uma sociedade mais justa, melhorando nossas vidas, bem-estar e o viver em fraternidade universal, caminho traçado pelo Divino Jardineiro para a paz social.
É nesse sentido que se vê os que se tornam empreendedores sociais, trabalhando em prol de comunidades, elegendo causas sociais, no idealismo dos que querem formar um mundo melhor. Sem contradita é na luz desse ideário que se pode afirmar que apesar dos desalinhos dos irmãos na retaguarda, não se pode negar que o mundo vem a passos largos melhorando, e se tornando um lugar mais justo para se viver, oferecendo aos corações amorosos a certeza de que a vida é sempre bela, colorida e consentida.
Com arrimo nessas reflexões, sem hipocrisia, não se nega que ainda existem problemas, sociais, educacionais, morais, econômicos e desamor para se vencer, mas, sejamos, cada um de nós, o início da solução para eles, atendendo os ditames do Homem de Nazaré.
Q
ue brilhe a vossa luz. Somente assim poderemos deixar pegadas luminosas pelos nossos caminhos para servir de setas aos irmãos de retaguarda, caídos pelos equívocos das escolhas pretéritas, atendendo aos anseios de nossos espíritos para melhorar o mundo oferecendo o melhor, no lar, na família, no trabalho, na sociedade e por toda vereda onde mourejarmos. Bem se vê que, o mundo está completo. Sua cesta básica tem novidades alvissareiras, como também notícias e experiências desventurosas. As misérias e as riquezas, no dizer do evangelho redivivo do Cristo de Deus, parecem estar muito mal distribuídas.
Entretanto, é nosso dever imitarmos os exemplos dos nobres espíritos que se encontram trabalhando no anonimato para a melhora da humanidade em toda a sua história. Martim Luther King Junior, com o sonho de que um dia a humanidade se tornasse fraterna, sem racismo. Madre Tereza em Calcutá amparando os caídos por terra, os desvalidos e os entibiados na luta do bom combate. Mohandas Karamchand Gandhi escolheu o exercício da não violência para levantar o estandarte em prol da libertação da Índia do jugo dos ingleses.
Hippolyte Léon Denizard Rivail, o emérito professor, deu cumprimento à promessa do Homem de Nazaré, trazendo a lume o Pentateuco, iluminando as consciências no caminho da vida eterna. O Dr. Adolfo Bezerra de Menezes, cognominado o médico dos pobres, com sua vida de dedicação aos aflitos, doentes e desesperados. O Dr. André Luiz, cuja existência de sofrimento na erraticidade colheu os frutos de seu plantio ensejando-lhe escrever o “Nosso Lar”.
Da mesma sorte encanta as multidões para darem notícia de como é a vida além da vida. As queridas Sheila, Meimei, entre outros, Tales de Mileto, Platão, Sócrates, Moises, Fenelon e outros espíritos de escol que enriquem nossas provas, conscientes de que nossa memória não guarda, nos ajudam compreender o espelho da eternidade dos tempos.
Por essa razão, todos, absolutamente todos estão trabalhando para o bem da humanidade sob a orientação segura do Divino Jardineiro, Governador deste Planeta chamado Terra, com o fim exclusivo de nos conduzir pelas provas e expiações, aos páramos celestiais.
Do amigo de sempre.
Jaime Facioli.