No mundo do maravilhoso, os profitentes habituaram-se a relatar as “surpresas”, no sentido do magnífico que certas situações aflitivas constam do rol das provas e expiações, ansiados para a solução dos momentos de desespero como “milagres”, o que em verdade não existe.
É lugar-comum se expressar os desejos. De fato, quando as ansiedades e as desesperanças batem à porta, entrando em nossas vidas sem pedir licença, surpreende o viajor debilitado de esperança e de fé na realização de um projeto, senão na recuperação da saúde tantas vezes combalida pelo bisturi das provas ou das expiações.
A avaliação máxima dessa realidade é quando o niilismo silencia, sem ter o que dizer ao amigo enfermo na UTI, ou ao familiar desalinhado com o pensamento, sem ter uma palavra para externar, senão consolar o aflito dizendo que somente um milagre o salvará. É o que se profetiza para que se entregue o enfermo nas mãos de Deus, que Ele sabe o que faz. É o que sobeja da verdade, mas, que não se iluda a vã filosofia que viceja no lugar-comum à espera desse “Milagre”.
Em verdade, há que se ter fé na Providência Divina, Senhor da Vida e buscar nas profundezas d’alma as forças poderosas da oração para rogar pela intervenção do Pai Celestial que certamente poderá ou não conceder os benefícios pleiteados, conforme seus desígnios sob o manto das leis pétreas do Eterno.
O Evangelho do Cristo de Deus ensina a bater e a porta se abrirá, e a pedir e recebereis. Peçamos, como eternos pedintes, sempre que estivermos em estado de necessidade ou sem esperanças, máxime quando nada mais está em nossas mãos físicas, e nada mais resta a fazer senão o pleito à Consciência Cósmica.
Entre tantas lições memoráveis do Celeste amigo a quem foram atribuídos inúmeros “milagres”, é crível anotar, diante da referência poética de se externar os sentimentos pela cura recebida ou a benção encontrada na fé desafiando a ciência, quando não na própria medicina, exclamar, Graças te damos Meu Deus.
Quantas vezes os médicos não se deixam admirar pela recuperação de um paciente até então sem esperanças pela medicina convencional? Da mesma forma, incontáveis são as intercorrências com uma criança recém-nascida, atirada ao léu da existência, largada em condições deploráveis, e que são salvas por mãos abençoadas, como se a Divindade estivesse a mostrar aos seus filhos queridos, que o Milagre da Vida é uma realidade incontestável na lei do amor.
Ora, sim. Na luz aurifulgente dessa razão é crível asseverar que a vida neste planeta ou em todo o Universo do Pai Onipotente, Onipresente e Onisciente, tudo está adredemente programado para as provas e expiações, sem prejuízo do livre arbítrio, em qualquer campo que seja de nossa atividade profissional ou familiar.
Nessa reflexão dos ensinamentos do Homem de Nazaré, há uma trilha inapagável dessa realidade:
Não cai uma folha da árvore se não for pela vontade do Pai Celestial. ”In veritas”. Inegável que se desconhece o poder da força dos filhos da Potestade. Acostuma-se a dizer que o homem não chega a usar 10,00% de sua capacidade.
Não se imagina o quanto é verdadeira essa premissa. Por outro lado, o milagre, no sentido autêntico da realização dos desejos, conduz a proceder em obediência às leis de Deus, à lei de amor e no bem viver, não tirando conclusões apressadas das ocorrências do dia a dia, recordando Jesus, para não Julgar.
É natural, pois, nas ocorrências do dia a dia, que as situações se apresentam superficiais, porquanto, sem contradita, não se conhecem todos os ângulos das questões a que nos propomos voluntariamente juízes e muitas vezes o próprio carrasco.
As lamúrias, as queixas ou revoltas contra as ocorrências do dia aos acontecimentos contrários aos projetos dos que transitam pela vida nada resolvem.
O reto proceder é que estabelece as regras, éticas, sociais e morais para os cânones aos convites para evitar os erros, os desalinhos com as leis da vida, observando o medidor de confiança que é a consciência para navegar devagar e lentamente, com fé na Consciência Cósmica e nos ensinamentos de Divino Jardineiro, de tal forma para seguir no barco sob os acoites das tempestades e ir se libertando das deficiências, vivendo com equilíbrio ao transitar pela porta estreita da universidade da vida para alcançar os altiplanos celestiais.
Cogente, pois, crer, entre outras razões, dirá o espírito benfeitor da humanidade Joanna de Ângelis à saciedade, “ipsis verbis”: “Malgrado a nuvem da incompreensão, cuja sombra permite lamentáveis atritos e rudes embates que esfacelam as elevadas programações traçadas para o êxito da tua tarefa, reserva-te mais amor.”
Não obstante os raios dispendidos pela malquerença agora sistemática, que produzem dor, certeiramente dirigidos, doa mais amor. Enquanto a maledicência grassa, arrebanhando mentes frívolas e companheiros invigilantes, que se comprazem na disseminação das ideias espúrias, faculta-te mais amor.
Embora a suspeita semeie surdas acrimônias e acusações que sabes serem indébitas, no labor em que profligas o mal, concede-te mais amor. Apesar da ausência dos mínimos requisitos de consideração ao teu sérvio edificante, por parte deles – aqueles que se permitem somente a censura ou a lisonja mentirosa, a acusações ou o azedume contumaz – continua com mais amor.
Muitas vezes parece impossível sequer suportar quantos nos ferem e magoam injustamente – dentro, porém, da programática de recuperação que nos impomos experimentar pelos erros passados – quanto mais lhes conceder o amor.
Todavia, animosidade como afeições resultam de atitudes mentais e emocionais que podemos condicionar com o livre querer. Se consideras que opositor se encontra enfermo, ser-te-á mais fácil amá-lo. Se tiveres em mente que ele está mal-informado, tornar-se-á melhor para ti desculpá-lo.
Se pensares que ele não conseguiu alcançar o que em ti combate e não possui forças para compartir o teu êxito ou a tua oportunidade feliz, far-se-á lógico entendê-lo e amá-lo.
Revidando, porém, acusação por acusação, suspeita por suspeita, ira com ira, muito difícil a reconciliação e a paz, paz e reconciliação, a que amanhã ou depois será constrangido a realizar.
Toda obra tem começo na retaguarda, que ficou ao abandono, ou qualquer aquisição negativa, permanece aguardando o responsável. O milagre da vida chama-se AMOR. “Quando crescemos em espírito, lamentamos tardiamente a mesquinhez em que teimávamos permanecer.”
Deus pode não responder às suas orações do seu jeito, mas ele sempre responderá do Seu modo. Nos bastidores, ele moverá os homens, o clima, eventos, as circunstâncias e todo o necessário para obter o melhor para seus filhos amados.
Jamais deixe de confiar e nem pare de esperar! Deus está ocupado planejando suas bênçãos este ano e aos anos vindouros, em nome da plenitude do seu eterno amor.
Com esses sentimentos d’alma, homenageando o dia de finados, em nome do Divino Pastor, deposita-se o ósculo da fraternidade nos corações dos irmãos de caminhada, com a fraternidade universal, anelando tenham todos, um final de semana de muita paz em nome do Divino Pastor.
Do amigo Fraterno de sempre.
- Jaime Facioli -