Os viajantes das estrelas, filhos do Eterno, não negam que a vida é composta de alegrias, tristezas, tormentas, dores e infindáveis imprevistos nominados de intercorrências, que os submetem às provas da paciência, da tolerância, do amor e da caridade, conforme os textos sagrados e os ensinamentos do Divino Jardineiro.
Deus meu! Os descrentes chegam a imaginar onde se encontra Deus quando há momentos que se abatem sobre suas criaturas. A verdade é que Deus está presente. Não é responsabilidade do Senhor da Vida os fatos desditosos. Os filhos do Eterno dispõem das livres escolhas no exercício do livre arbítrio, leis da física de Newton pela inércia.
Sim. Com efeito, trata-se do princípio fundamental da Dinâmica da Lei da Ação e Reação, utilizadas para determinarem a dinâmica dos movimentos dos corpos, resultado da escolha das portas largas das existências como lecionou o Divino Jardineiro.
Inegável, pois, sedimentar-se a retórica com autêntico acontecimento da universidade das provas e expiações vividas e esclarecida à saciedade com o Dr. Abraham, conhecido especialista em câncer, quando estava a caminho de uma conferência em distante cidade para receber um prêmio no campo das pesquisas médicas.
Animado como sói acontecer, com a láurea em perspectiva embarcou em um avião. O imprevisto era imprevisível. Duas horas depois de o avião decolar, fez-se necessário um pouso de emergência no aeroporto mais próximo, devido à problema técnico. O receio era natural.
Com medo de não conseguir chegar a tempo da conferência, imediatamente foi à recepção com um rol de angustiosas perguntas. Ora, sim. Descobriu-se que teria uma espera de dez horas pelo próximo voo até o destino desejado. Diante da circunstância inesperada, alugou um carro e dirigiu-se à conferência, que ficava a quatro horas de distância.
Pronto. Resolvido o imprevisto e o inesperado. Nada obstante, logo que ele saiu, o tempo mudou e uma forte tempestade começou. O aguaceiro tornou difícil a viagem e ele se perdeu em uma curva que deveria ter feito.
Como sói acontecer, dirigindo-se em chuva pesada em estrada deserta, literalmente perdido e sentindo fome e cansaço, freneticamente começou a procurar por qualquer sinal de civilização. Foi nesse momento de desespero que o médico se deparou com uma pequena casa esfarrapada e bateu à porta. Uma modesta senhora o atendeu.
Ele não se fez de rogado e explicou sua situação, anelando usar o telefone, mas, por óbvio, não havia telefone. A gentil senhora, no entanto, percebendo a aflição do inesperado visitante pediu ao senhor para entrar e esperar até que o tempo melhorasse. Por seu turno, o médico que estava com fome e exausto aceitou a oferta.
Nesse interregno, a bondosa senhora ofereceu-lhe algo para comer e beber oferecendo modesto jantar e solicitou-lhe para se juntar a ela em suas orações. O convidado, contudo, sendo agnóstico se recusou. Acreditava no trabalho duro e cientifico, não em orações. Sentado à mesa e tomando seu chá, o médico observou a mulher rezar muitas vezes ao lado do berço de um bebê.
Espicaçado pela curiosidade e percebendo que a mulher poderia precisar de ajuda, o clínico perguntou-lhe exatamente o que ela precisava de Deus e emendou a pergunta interrogando-a se Deus alguma vez ouviu suas orações.
Foi nesse momento que o médico perguntou sobre a criança no berço, e a mulher explicou que seu filho estava com câncer. Eles tinham sido aconselhados a consultar um médico chamado Abraham, que poderia curá-lo, mas ela não tinha dinheiro suficiente para pagar seus honorários. Por essa razão, ela lhe disse que Deus ainda não havia respondido suas orações, mas afirmou que estava confiante de que Deus criaria alguma saída um dia para o seu dilema e acrescentou que não permitiria que seus medos superassem sua fé!
Atordoado e sem palavras, o Dr. Abraham começou a chorar! Ele foi forçado a dizer em voz alta: "Deus é grande" e se lembrou da mulher, toda a sequência de eventos ruins: mau funcionamento no avião, uma tempestade e como ele se perdeu.
Tudo isso aconteceu porque Deus responde às orações, queria dar a ele uma chance de sair de sua escravidão na carreira materialista e dedicar algum tempo a uma pobre mulher indefesa que não tinha nada além de ricas orações! Oh! Que Deus! Suas bençãos eternas atendem 24 horas todos os dias.
O Pai celeste pode não responder às orações do jeito que seus filhos desejam, mas ele sempre responde na sua hora e no seu modo, jamais fora de tempo. Nos bastidores, Ele move os homens, o clima, os eventos e as circunstâncias, a fim de obter o melhor para os filhos amantíssimos. Jamais deixe de confiar nem de esperar! Deus, o Pai Celeste, está ocupado planejando sua bênção agora e para sempre.
Aguente! - Aguarde! Procure-O diariamente.
O Senhor da Vida, Pai Celeste, onipotente, onipresente e onisciente, jamais deixa seus filhos desemparados. Jesus de Nazaré asseverou, com propriedade, que tudo que pedisse ao Pai Celeste em seu santo nome, Ele nos daria. Não há motivo para desespero, angústia, aflição, dores e sofrimento, mas escolha dos caminhos para se alcançarem os esplendores celestes.
Em verdade, na casa do Pai Celeste há bençãos eternas e muitas moradas. Ele não castiga, não pune, não julga. São seus filhos que, no exercício do livre arbítrio, realizam as escolhas dos caminhos, motivo das causas e dos efeitos.
Desse modo, o apóstolo Paulo em sua epístola aos Gentios, asseverou que a criatura humana carrega consigo a mala de sua viagem. Da mesma sorte, Antoine Saint Exupéry asseverou que o homem é o responsável por tudo que cativa, concluindo em sua imorredoura poesia ao dizer em palavras similares, que se o amor vem à tarde, desde o amanhecer já o estamos esperando.
Inegável, pois, que o Divino Jardineiro, em nome das bênçãos eternas do Pai Celeste, tenha deixado de herança aos irmãos de caminhada o axioma de que os seus discípulos e irmãos serão conhecidos por muito se amarem.
Ponto finalizando, na alegria, na felicidade e com absoluta certeza de sermos filhos do Pai Santíssimo, o que derrama suas eternas bênçãos às suas criaturas, é o que navega pelas estrelas sob o comando do Divino Governador Planetário, Jesus de Nazaré, e, sim, estamos convictos de que o Senhor da vida tem reservado aos seus filhos uma morada especial em seu reino em nome do amor, eterno amor.
Por derradeiro, na certeza e convicção de que os “milagres” acontecem todos os dias, todas as horas e em todos os momentos, onde as preces sinceras estão presentes, dobrando os joelhos na fé raciocinada, conscientes da onipotência, onisciência e onipresença do Senhor da Vida, os sentimentos d’alma e o coração entregam-se no patronímico de Jesus de Nazaré, com o ósculo nos corações de seus irmãos de jornada, desejando muita paz para a eternidade dos tempos.
Do amigo fraterno de sempre.
Jaime Facioli.