A vida bela, colorida e consentida, carrega nos refolhos de suas consciências como seres personalíssimos que são, filhos do Eterno, a certeza de que o Universo tem como causa a Divindade, Inteligência Suprema Causa Primeira de Todas as Coisas, consoante a questão primeira de “O Livros dos Espíritos”;
Nesse códex, está registrado a promessa de Jesus, de que não deixaria seus irmãos menores órfãos, quando transitassem pela consciência do sono, sem se darem conta das realidades das provas a que se inscreveram, para quando as tempestades dos ventos os açoitassem na trajetória da grande viagem evolutiva, enfrentassem os acontecimentos que lhes se afigurassem surreal, sem plausibilidade, convictos de que o Divino Raboni estaria com eles, como está sempre presente.
Nada obstante essa realidade, com essa salvaguarda e tutela eterna oferecida pelo Divino Pastor, incontáveis criaturas se deixam levar pelo misticismo; por isso, nos momentos dos abrolhos, dos espinhos do caminho e das dificuldades de todo jaez, optam pela porta larga, dando passagem ao imponderável e misterioso, ao atribuir as ocorrências aziagas, o estigma do enigma, do sortilégio, ou da magia, olvidando-se do instrumento da fé e das preciosas lições do Divino Galileu.
No compasso dessa retórica, ausente a compreensão das provas e ou das expiações, o fato é que todos os filhos do Eterno estão submetidos no caminho de seu progresso. Óbvio, diante dessa realidade não se autorizem a ninguém imaginar existir nesses fatos de origem “desconhecidas”, incompreensíveis e inexplicáveis mistério sob o rótulo da existência de coisas proibidas, secretas, escondidas, um segredo, uma magia quem sabe, sob a supervisão ou proibição da Divindade.
Oh! Meu Deus! Quanta irrisão. Se não fosse reprochável atribuir-se ao desconhecido, o termo como “mistério”, poder-se-ia dizer que em realidade, a verdadeira magia é o despertar para a realidade da grande viagem, na nave espacial denominada provas e expiações, onde os viajores tomam conhecimento de sua procedência; todos foram criados pelo Pai Celestial, sob os cânones das questões 115, 133 e 804 de “O livro dos Espíritos”.
Na realidade, os candidatos à felicidade, serão assinalados pelos viajantes nas condições de arquitetos do futuro, e ao destino, a única ocorrência crível é atribuir-se uma fatalidade, na chegada ao porto de desembarque para os filhos do Altíssimo, aos esplendores celestes.
Na extraordinária viagem em comento, para as avaliações da elevação do espírito em direção aos esplendores celestes, não há prêmio, nem castigo, porquanto nas Leis Divinas, o selo do progresso chama-se responsabilidade.
Sob essa luz, é crível ser esse um dos motivos que levou Antoine de Saint-Exupéry a chancelar o axioma de que: “Tu te tornas eternamente responsável por aquilo que cativas”.
Com fulcro nessa realidade, é inegável que na atualidade, exatamente por se desconhecer “a magia das provas”, vive-se distantes uns dos outros, e ainda que se disponha de incontáveis meios de comunicação em tempo real, a verdade é que a família e as criaturas persistem em se manterem distanciados uns dos outros.
São os mutismos dos viajantes para a solidariedade, ferramenta humanitária para o avanço dos viandantes se auto ajudarem no trajeto, são os celulares, mecanismo físico útil para facilitar as pessoas a disporem de mais tempo para aproximação familiar e aos fins sociais e estudos das questões transcendentais; esses são os vilões da matroca e da tecnologia que furtam o tempo de se bem viver a experiência da vida, bela e consentida, optando-se por permanecerem na consciência do sono.
“In veritas”, esses momentos em que a humanidade dispõe de mais tempo para desenvolver melhor e mais eficientemente os valores elevados do espírito, viajando para o estudo que ultrapassa os limites normais das questões filosóficas, sem quebrar as leis da natureza, é o momento de sair casulo ou do mágico e fantástico para encontrar o Senhor do Universo.
Será esse o momento em que se pode esquecer as ferramentas modernas de trabalho, substituindo-as, por uma saudável conversa, trocar ideias e as experiências vividas no dia a dia. Oh! Meu Deus! Sim, esse é o inegável presente concedido pela Consciência Cósmica.
Nesse sentir, é inquestionável o objetivo para que as suas criaturas possam encontrar o equilíbrio das provas, melhorem os relacionamentos familiares, a vida social, despertem a sua religiosidade em qualquer seita de sua devoção que seu coração anele.
Em análise perfunctória, trata-se de uma associação com o amor fraterno para os fins comunitários, indo de encontro aos novos propósitos para a magia do despertamento da realidade dos herdeiros do universo.
A propósito do tema sub oculis, cabe anotar com as penas desse apólogo, uma ocorrência da magia do convívio e a interação familiar. Conta-se, que em um grupo de estudo com participantes de idade e conhecimentos nas diversas áreas das ciências humanas, uma das educadoras, abordou um tema a respeito do relato em comento de forma tão inteligente, que sensibilizou os participantes e se dividiram para exercitarem o tema proposto e dividiram-se em duplas; o resultado foi um lirial avanço de conhecimento e valoração da vida.
Nesse episódio, uma mãe narrou surpresa, que descobrira os verdadeiros segredos de sua filha; conheceu-se também questões que ela nunca havia contado antes. Por sua vez, a garota se dizia feliz por ter conhecido muitas ocorrências interessantes sobre a vida da sua mãe e o mais impressionante, foi saber que sua mãe adorava dançar, como ela própria.
Apurou-se também, o testemunho de uma dupla de senhoras de terceira idade e um garotinho de oito anos. Ele ficou muito interessado ao saber que ela havia nascido no mesmo país do seu avô.
Incontáveis avanços de conhecimentos houveram durante aquele seminário de valoração da vida, despertando os candidatos para realizarem com singular aproveitamento a viagem em busca da felicidade, por onde transitam os filhos do Eterno em incontestável demonstração de que na jornada entre as estrelas, a convivência de um uns com os outros sempre produz um autêntico avanço no despertar da verdadeira magia da vida.
Paulo de Tarso, o apóstolo do Cristo de Deus imortalizou o esforço dos irmãos de caminhada em direção aos esplendores celestes na expressão do bom combate. O Apostolo Paulo traz também elevada contribuição ao tema em exame. É o que consta de sua 1ª. Epístola aos Coríntios, asseverando que a criatura humana carrega consigo o resultado de todos os seus atos.
Inegável, pois, o motivo porque, compete a cada viajante das estrelas, despertarem para a realidade da vida que estua como oportunidade de crescimento espiritual em direção ao reto cumprimento da lei de progresso.
Com esses propósitos a necessidade do verdadeiro cristão, do seu primeiro ao seu último dia no corpo carnal, é se preparar para despertar para as provas, na lição de Jesus, conhecer a verdade e a verdade te libertará para encontrar a salvação.
Diga-se a favor, desse discurso, que não será lícito ignorar-se o combate, permitindo que as dificuldades se transfiguram em meros acontecimentos divinos sem o estudo da ação humana, para dirimir a real responsabilidade de seres atuantes no processo de melhora, pessoal, solidária e planetária.
Ao Espírita não cabe imaginar quanto à necessidade de possuir talentos especiais para enxergar seus defeitos; basta colocar-se na prova diária anelando combater seus desalinhos para benefício, primeiramente, de si mesmo, e ao depois de todos os que permeiam o seu campo magnético-fluídico.
Ponto finalizando, diga-se que em verdade é fácil carregar Jesus no peito. É só mandar confeccionar camisetas alusivas ao homem de Nazaré. Difícil é colocar o peito a serviço de Jesus.
Bem por isso, se vê aqui e acolá tentativas de fechar os olhos para as coisas de Deus, vivendo-se no ócio sem preocupar-se em acordar para a realidade, os propósitos e destino dos pequenos deuses, filhos do Criador e herdeiros do universo.
Com esses sentimentos d’alma, segue o nosso ósculo depositado em seus corações, com a hóstia da fraternidade universal, anelando tenham os amigos de todo o sempre, um final de semana de muita paz em nome do Divino Pastor, no milagre da vida da vida, bela colorida e consentida.
Do amigo Fraterno de sempre.
Jaime Facioli