Uma das fases evolutivas dos viajores das estrelas, para ser vencida pelos filhos do Eterno, é sem dúvida a falta de agradecimento pelas bênçãos que chegam a mãos cheias; as criaturas através dos companheiros de jornada da vida, na liça do trabalho, no reduto sagrado do lar, na saúde física e mental da qual incontáveis criaturas são portadoras, lançam o olhar sereno na natureza se renovando e o sol iluminando o planeta de provas e expiações, a abóbada celeste de incomparável beleza sentindo a obra do Pai Celeste desabrochar em seu peito a gratidão.
Com fulcro nesses sentimentos, é vivo o interesse dos candidatos à felicidade, no ideário do espírito de Meimei, inserta no livro Amizade, lição da página 20, para não se olvidar de agradecer as mãos que constroem a existência. Trata-se das mãos que decoram com as tintas da alegria e da esperança a vida bela, colorida e consentida, senão, em síntese apertada, é o entendimento do ser personalíssimo, filho do Eterno oferecendo seus lhanozos pensamentos de gratidão ao Senhor da Vida.
De fato, há os que ferem os sentimentos íntimos d’alma, nos acúleos da ingratidão, desatentos no proceder obnubilado dos irmãos em dissintonia, mas, não se negue também que há sempre um mestre ensinando a preciosa lição para se conviver e servir em nome do amor celeste.
É o proceder em céu de brigadeiro, na figura do amor em plenitude, bandeira iluminada para se agradecer ao sol que logo as primeiras horas da manhã oferece um espetáculo de raro esplendor a uma plateia que na maioria ainda se encontra no sono letárgico sem terem despertado para a vida em plenitude.
Cogente, pois, distender a gratidão ao Eterno no ano que se inicia com os corações amorosos, declarando em alto e bom som, o obrigado às criaturas que em esforços incontidos buscam servir na seara da caridade, ofertando seu contributo aos que vêm na retaguarda, procurando o caminho da luz.
Com esse ideal, a atitude amorosa ao próximo é servir nos hospitais, nos asilos, ou as crianças desprovidas do afeto familiar, procedendo de tal forma que o amor de Jesus se expanda na obra da filantropia a ser seguida em nome daquele que lecionou que dizendo que seus discípulos serão conhecidos por muito se amarem sendo discípulos do sublime jardineiro.
No olhar sub oculis, é autêntica a escolha de direção que embala os anseios dos que trabalham para terem puro os corações, como recomendou o Divino Pastor ao trazer ínsito os hinos da paz e amor que inspiram as realizações pulcras d’alma. Sim. Buscar a luz é dever dos filhos do criador, na gratidão àqueles que proporcionam aos necessitados a mesa farta.
É inegável a lição da mesa que oferecer uma côdea de pão saciando a fome do necessitado, transformando o óbulo em benção no convite aos beneficiários, sem recusar a outrem o que a sua incúria de um passado remoto tenha sonegado.
Os profitentes sabem que àqueles que batem à sua porta em busca do pão que alimenta, regra geral, vestem a túnica do passado comprometedor quando a côdea do pão se destina a saciar a fome, senão buscou na poeira dos tempos, palavras que consolavam, apoiavam e amparavam os viajores nas tempestades das provas ou expiações, agora no resgate de amor, tem a oportunidade do resgate pelo amor.
No imenso jardim da gratidão, é justo não se esquecer de agradecer aos irmãos que reconhecem a nobreza de sentimentos, louvando o trabalho, conscientes de que a mão esquerda não deve saber o que a mão direita faz em nome do amor, consciente de que o autêntico filantropo, não despreza o apreço àqueles que não nutrem simpatia pelo trabalho de benemerência, porque cada um é responsável pelo seu plantio, cabendo é certo, esclarecer, pelo e com o seu exemplo, auxiliar os desavisados a descobrirem os tesouros da humildade e da tolerância.
A propósito do tema em apreço, objetivando dar-lhe vida colorida, nas prédicas de Joanna de Ângelis, onde a pena busca esclarecimento, conta-se que certa feita, um pedaço de carbono sumido no monturo pediu a Deus o levasse para a superfície da Terra, a fim de ser útil. O Senhor do Universo ouviu-lhe a súplica e determinou fosse ele detido no subsolo para a devida maturação.
O minério humilde aceitou e permaneceu na clausura, por séculos, suportando a química da natureza com o assalto constante dos vermes que habitavam o chão. Todavia, chegou, por fim, o tempo em que o Criador mandou arrancá-lo para atender-lhe aos ideais.
Instrumentos de perfuração exumaram-no a golpes desapiedados e o lapidário cortou-lhe o corpo, de vários modos, em minucioso burilamento, mas quando o carbono sublimado surgiu por completo aos olhos do mundo, Deus o havia transformado no brilhante, que passou a brilhar entre os homens, a semelhança de uma flor do arco-íris com o fulgor das estrelas.
Oh! Meu Deus! Sob o pálio dessa dialética, pode-se asseverar que uma das dificuldades do ser humano quando moureja no lado escuro da vida, é estar ausente do sentimento de gratidão pelas bênçãos que lhe chegam todos os dias para despertar em seu espírito o colorido da vida, pois ser filho da Divindade é ser Herdeiro do Universo, repletando os corações das criaturas pela existência bela, colorida e consentida.
Nesse sentimento, lamenta-se que se cometam crimes contra as leis divinas, expressando-se no suicídio, no furto, no roubo, na insinceridade, na mentira, e em todos os desalinhos do reto proceder, que entibiam àqueles que estão obnubilados dos sentimentos no imo da alma, ao deixarem de lado os valores sublimes do espírito.
Com fulcro nessas premissas, não será lícito às criaturas desperdiçarem as oportunidades concedidas pelo Senhor da Vida, para viverem felizes, aproveitarem a bendita chance desta reencarnação, colocando na existência o suave perfume do Divino Jardineiro, a essência de nardo, celebrando a vida através da gratidão e do respeito às Leis Divinas, vivendo sob o a proteção do fardo leve e do jugo suave do homem de Nazaré com manto sagrado da mãe Maria Santíssima.
Sob o fluxo desse ideário, há sempre razão para externar gratidão ao Pai Celestial pelas graças que nos ofertou no ano que se findou e no ano que agora se inicia, dando graças pelo sol que nos concede ou pela chuva que saneia a atmosfera; agradecimento também à família abençoada, não obstante as queixas dos menos avisados, porquanto as famílias são compostas na exata medida das necessidades de cada filho da Potestade.
Meu Deus! Não nos esqueçamos também de dizer obrigado pelo trabalho honesto que garante o sustento, na saúde ou na doença, ensinando a viver com resignação, pois tudo é motivo para a gratidão, máxime o irmão maior, Jesus de Nazaré, Governador do planeta Terra, que no estertorar das provas e expiações, em nome do seu incontido amor pelas criaturas em constante evolução para em breve porvir se chegar aos Esplendores Celestes, por nós rogou perdão por não sabermos o que estávamos fazendo.
No sumário apertado, toda graça recebida se constitui em benção para a vida e motivo de alegria e satisfação, ainda que haja na estrada a ser percorrida, espinhos necessitam serem suportados e calhaus a serem removidos pela fé sincera e confiança no Senhor do Universo.
Com essas reflexões, sejamos gratos ao Senhor da Vida, recebendo as congratulações pelo ano de 2025 que se inicia repleto de esperanças, saúde e paz, junto ao ósculo depositado em nos corações amorosos em nome da oblata da fraternidade, com votos na paz de Jesus de Nazaré.
Do amigo fraterno de sempre.
- Jaime Facioli -