Há infinitas seitas disputando a primazia do Senhor da Vida. As religiões espalhadas por esse mundo do Eterno, abrem seus espíritos ao sentimento do Divino, estudando a crença no Eterno, o Ser Supremo da existência, sem perder de vista os que se desassociam da realidade, sejam os agnósticos, os teístas, católicos, budistas com a visão do panteísmo e as incalculáveis seitas, levantado divergências sobre a existência e forma de interpretar a Consciência Cósmica, nada obstante historicamente o povo dantanho conhecido como os judeus, foram os únicos monoteístas a abraçar o Deus único.
O ponto nodal da questão, quando do cumprimento da promessa de Cristo de Deus, no sentido de que não deixaria seus irmãos menores órfãos, em 18.04.1857, na cidade luz, nos sóbrios esclarecimentos prestados por Hippolyte Léon Denizard Rivail, emérito educador, à saciedade sobre o tema em apreço, veio a lume “O Livro dos Espíritos”, ensejando o paracleto indagar dos venerandos arautos do bem na questão número um, “Que é Deus”. A resposta luminífera afirmou que: “Deus é a inteligência suprema, causa primeira de todas as coisas”, tanto como, na questão número quatro do mesmo alfarrábio, oferece as provas de sua existência.
Dessa forma, anote-se que a ciência permite penetrar nas profundezas abissais do infinito, convidando os interessados a olharem no espaço infinito e de imediato constatar as centenas de pontos brilhantes que encantam os profitentes do tema em apreço. Bem por isso, graças aos potentes telescópios se descobrem milhares de mundos, lançando suas esplêndidas harmonias nos celestes campos da imensidão.
Ora. Sim. Diante desses horizontes abertos à investigação humana, a criatura concebe o Criador de todas as coisas, acima de tudo, pelo esforço da razão que oferece ao entendimento para compreende-lo e melhor entende-lo, diante da ordem, da grandeza, da sua majestade e reinado por toda a parte. A infinita bondade, justiça e misericórdia são vislumbrados em seus infinitos atributos conduzindo os profitentes da questão sub oculis, a olharem para o próprio globo do mundo de provas e expiações, ao se moverem, emocionando a vida bela, colorida e consentida.
A vida em Deus estua e se revela nas estações do ano que seguem seu curso, nos corpos que se combinam, na vida que circula sobre o planeta, a tudo juntando ou desagregando as moléculas, segundo as leis que se cumprem harmonicamente. Sem contradita, na natureza tudo é harmonia; tudo vibra em acordes harmônicos, em condições determinadas por uma Inteligência, a Inteligência suprema, causa primeira de todas as coisas, força incomparável, poderosa e eficiente.
Desse modo, é a presença Deus, o Criador incriado que paira acima de sua obra, envolvendo o planeta Terra de Provas e Expiações com Seus fluidos, penetrando-a por Sua razão. É pelas mãos da Potestade que o universo se forma, e as massas celestes apresentam seus esplendores nas imensidões do infinito. Também é pelo Eterno que os planetas gravitam nos espaços, em torno dos focos luminosos, formando brilhantes auréolas de sóis. É Deus a vida eterna, imensa, indefinível, o Começo e o Fim, o Alfa e o Ômega.
Inegavelmente, é por Ele e Nele no abismo dos tempos, que o universo existe e a poeira cósmica entrou em movimento, diante da Sua vontade, onde as admiráveis leis da matéria desenvolvem-se no infinito, as combinações maravilhosas produzindo tudo, absolutamente tudo quanto existe. Da mesma sorte, é a Sua razão sem limites quem ordenou que tudo fosse feito tendo em vista um efeito inteligente.
É a Sua justiça que traçou em caracteres indeléveis as leis de fraternidade e de solidariedade, magnetizando suas criaturas a se sentirem entre os homens e os mundos, em decorrência de Sua bondade inefável, dando ao homem, o meio de se chegar a felicidade, percorrendo os caminhos para os páramos celestiais. Ainda que se admita a existência do contraditório, àqueles que esboçam contradita sobre a existência do Senhor do Universo, a verdade comprova, acima de tudo que o acaso não pôde ter realizado tudo o que existe.
Ora, sem dúvida, diante da realidade, consoante a assertiva de que para se crer no Senhor do Universo, basta lançar o olhar sobre as obras da criação, comprova-se que o Universo existe, portanto tem uma causa. Inegável que duvidar da existência de Deus, seria negar a própria ciência que afirma que a toda causa precede um efeito, o que leva os estudiosos do tema a concluírem que a teoria do niilismo, nada, absolutamente nada pôde ter feito ou alguma coisa em tempo algum.
Desse modo, a Providência Divina está em tudo e em todos, inclusive nos incrédulos, porquanto Sua ação se faz constante, e, com a chancela de Sua bondade, concedendo o Seu amor sem cessar, uma vez que é Ele quem rega as plantas com a chuva delicada, alimenta as fontes e os rios, providenciando água em abundância e o orvalho generoso nas noites quentes. É o Divino quem tempera a água dos mares, acaricia as ondas e as levanta, com majestade, fazendo-as uivar nos rochedos para cantar mansamente nas praias; da mesma sorte, atende a singela flor do campo, balança os ramos do salgueiro e aveluda as pétalas das rosas todos os dias.
Inegavelmente, a cada dia Ele enxuga as lágrimas dos Seus filhos, envia mãos generosas para os sustentar na jornada de provas e expiações, a ninguém se esquecendo, pois, Ele e Onipotente, Onipresente e Onisciente, e, como o Criador de tudo, é igualmente o Pai Amoroso e bom, sempre presente. No relato, ainda que sejam estreitas as considerações sobre o tema sub-oculis na pobreza da pena, considerando somente a existência física, sem aprofundar o bisturi da atenção no transcendental, o ser humano encontra invencíveis barreiras para o diálogo indispensável com o Senhor da Vida.
Pois sim. É indispensável examinar a dualidade do material e o imaterial. No proscênio dos tempos, embora o ser humano em evolução seja portador da centelha de vida registrada no imo de seus espíritos, por falta de melhor definição, na era do politeísmo se admitia o Deus das Chuvas, dos Ventos, dos Mares, e assim uma multiplicidade de Potestades a quem se solicitava a proteção que os corações anelavam.
Com a lei de evolução, o monoteísmo fincou raízes nas culturas e o Nazareno ensinou o “Pai Nosso que estais no céu”, oferecendo assim, uma forma mais fácil de compreede-Lo; disse mais, que Ele é todo poderoso, misericordioso, bondoso por excelência, único, Onisciente, Onipotente e Onipresente. No fulcro desses relatos, há a certeza de que Ele nunca abandona suas criaturas.
In veritas, socorre as suas necessidades e se pode conversar com Ele em regime de 24:00 horas pois Ele está presente para todo o sempre nos corações que ansiarem por justiça, amor e caridade. Não há mais dúvida de que o Pai é unico, Senhor da vida e do Universo. Dele temos a maior dádiva da vida que um filho pode almejar: a sua paternidade. Nessa síntese apertada, suas criaturas declamam em prosas e versos que a Consciência Cósmica é A inteligência Suprema, Causa Primária de Todas as Coisas.
É o Senhor Deus, dono do tempo e da eternidade, teu é o ontem, o hoje e o amanhã, o passado e o futuro, por isso, nesse momento, queremos-te dizer obrigado por tudo o que nos deste, na medida de nossas necessidades evolutivas. Obrigado Senhor pela vida e pelo amor, pelas flores, pelo ar e pelo sol, pela alegria e pela dor que faz teus filhos crescerem. Desse modo Senhor, a eterna gratidão por tudo o que realizamos, pelo trabalho que alcançamos, pelas bênçãos que nos alcançaram.
É oportuno o solilóquio para pedir perdão; perdão pelo tempo perdido, pelo dinheiro mal gasto, pelas palavras inúteis; perdão por ter vivido momentos sem o entusiasmo com a vida. Sim, também incontáveis vezes olvidamos a oração nos momentos de dor ou de alegria e essa conversa que aos poucos fomos adiando.
Nada obstante Senhor, agora é folha nova na vida, para se escrever a história na crença, firme, forte e serena da Tua Excelsitude. Desse modo, rogamos por nós, pela família, pelos nossos parentes e amigos, a paz e a alegria, para vivermos cada dia com otimismo e bondade, levando a toda parte um coração cheio de compreensão e de fé em Tua Divindade.
A vida na verve dos poetas tem a textura de bela, colorida e consentida. É bela porque nas noites o céu enluarado desborda as estrelas, recordando as obras do Senhor do Universo, o Pai celeste das criaturas. É colorida porque o criador, com seu pincel mágico, desenha o arco-íris que não tem começo nem fim, e é consentida porque seus filhos têm a outorga de escolherem o caminho da porta larga ou estreita, anelando transitar pela doçura do amor ou elegendo as tempestades do carreiro.
Inegável, sob a lei do livre arbítrio, que as criaturas do Eterno sejam os senhores de suas escolhas. Com a claridade dessa retórica, jamais podem atribuí-la a outrem o resultado de suas decisões, mas, por lógica resplandecente, há que colher os frutos de suas obras. A esse propósito, Paulo, o apóstolo dos gentios, esclarece que a criatura humana carrega consigo o resultado de seus atos, ou, sob outra dicção, leva o produto de seu plantio na mala de sua viagem. Não importa a procedência de seu país, a religião que professa ou a cor da pele: os corações de todos os irmãos são iguais pelo mundo afora.
Não há diferença. Os desejos e as necessidades de amor, paz e felicidade são os mesmos em todos os mundos maravilhosos do Criador do Universo. Sejamos quem formos ou onde tenha nascido, as soluções são as mesmas para todas as necessidades evolutivas, em todas as eras e em todas as gerações: O AMOR - amor verdadeiro, amor autêntico, o amor é de Deus por seus filhos, essa a verdade que permanece para todos os evos.
Essa é a solução de Deus para as criaturas, frente aos problemas presente, passado e futuro. Trata-se de solução simples, que não raro muitas criaturas têm dificuldades de acreditarem em sua realidade diante de sua singeleza, mas, a verdade é que esta é a solução que o Senhor da Vida oferece aos seus filhos amantíssimos, ainda que o mundo vez que outra pareça confuso e complicando tal como se apresenta nas provas e expiações, no alvorecer do mundo de regeneração. Cogente, pois, na simplicidade, amar o Criador. A simplicidade deve brotar nos corações, obedecendo às regras de vida do Criador em nome da liberdade e da felicidade, a fim de alcancemos o oásis da felicidade, seguindo as magnas leis no Universo.
Jaime Facioli.