As virtudes do amor e da solidariedade são instrumentos que os seres humanos primam para alçarem voo com a bandeira do bem proceder. O amor, na mais pura expressão foi ensinado pelo Divino Jardineiro e exemplificado como caminho para os altiplanos celestiais. Sem ilusão, é verdade que muitos dos inscritos na universidade da vida, ainda se encontram na retaguarda da evolução, confundindo a excelência do amor por sexo.
Sim. O sexo é importante e por isso mesmo ele é prazeroso e não carnavalesco, posto que, sua principal função se destina a suprir a humanidade de corpos físicos para abrigar os filhos da Providência Divina na viagem de provas e expiações na estrada da vida em constante evolução.
Cabe anotar que o amor não é festa, mas a entrega a outrem de nossas mais puras afeições. O amor nada pede em troca, nada exige e nada cobra. O amor é doação. Por essa razão Jesus de Nazaré exortou que fizéssemos pelo próximo aquilo que gostaríamos que nos fizessem. No evangelho redivivo do homem de Nazaré, certa feita, um sábio da antiguidade, sabendo que Ele fizera calar a boca dos Saduceus questiona o Mestre qual o maior dos mandamentos.
O Sublime Jardineiro respondeu que o primeiro e maior mandamento é Amar a Deus de todo o seu coração e de todo o seu espírito. Valeu-se da ensancha e assegurou aos religiosos dos proscênios da história da humanidade que o segundo maior mandamento era amar o próximo como a si mesmo. O despertar dos interessados no tema possibilitou que o Divino Galileu completasse a lição dizendo que nesses dois conceitos/mandamentos residem todas as leis e os profetas.
Inegável, pois, que depois da visita ilustre do Governador Planetário em nossas vidas, no ano que e findou festejando o amor e a solidariedade, registre-se a história da evolução dos filhos de Deus pelos caminhos das provas e das expiações, gesto do amor imbatível. De fato, há alguns anos que se perde na poeira dos tempos, nas olimpíadas especiais de Seattle, onde competiam os atletas deficientes, nove dos participantes com deficiência mental, alinharam-se para a largada da corrida dos 100 metros rasos.
Ao sinal, todos partiram, não exatamente em disparada, como é óbvio deduzir, mas com vontade de dar o melhor de si e de terminar a corrida para se verem laureado naquela prova. Na azáfama do momento, um dos garotos tropeçou no asfalto, caiu e começou a chorar. Os demais competidores, ouviram o choro.
Sem que ninguém lhes pedisse, num gesto de amor doação, todos sem distinção, diminuíram o passo e olharam para trás. Vendo a cena comovente do companheiro da prova, caído no chão e chorando a perda dos minutos preciosos que se esvaiam na competição, voltaram para socorrerem a vítima e uma das meninas com Síndrome de Down se ajoelhou, deu um beijo no garoto e disse: - Pronto, agora vai sarar!
Para concluir a competição, todos os competidores, deficientes do corpo, mas não do espírito, promoveram uma cena de amor inesquecível. Deram as mãos e abraçados caminharam juntos até a linha de chegada. O estádio inteiro levantou e os aplausos foi uma ovação jamais vista nas olimpíadas especiais, consoante está registrado nos anais da história do amor, incomparável amor.
Comporta no caso sub oculis, depois das festas do ano que se foi, refletir nos recônditos das almas, se guardamos viva as lições do Mestre Jesus nas provas das festas do ano que se esvaiu, porquanto o mais importante do que ganhar sozinho, é ajudar os outros a vencerem, ainda que esse gesto de amor signifique diminuir os passos, ansiedades e atropelos das provas da existência.
Esse gesto de amor se tem o nome da virtude da solidariedade. Muito provavelmente por essa razão Albert Einstein cunhou o axioma que se notabilizou através da história da humanidade ao recomendar: "Procure ser uma pessoa de valor, em vez de procurar ser uma pessoa de sucesso. O sucesso é só consequência."
Sob essa luz, para celebrar o amor e a solidariedade proposta na epístola, as virtudes que conduzirão aos páramos celestiais, abandona-se as magoas, olvida-se as cizânias do ano que se findou, não crie contendas, procure a luz de Jesus, aprenda com Ele e as lições da vida. A vida é bela, colorida e consentida. Aproveitemos as oportunidades que são concedidas a cada amanhecer para amar e ser solidário, certos de que todos devem caminhar numa só direção, mas isso só se torna possível quando se amar em plenitude.
O rancor polui a alma, enquanto a alegria dá brilho. Um coração amargo se rende ao sofrimento, enquanto um coração terno abre as portas para a felicidade e para o amadurecimento. Cogente, depois das festas, agradecer ao Senhor da Vida as bençãos da gratidão.
A propósito da retórica, a pena colhe no texto de autoria desconhecida com título “em minha lembrança” dessedentando os pensamentos na Redação do Momento Espírita, em linhas gerais, ao sabor da verve do articulista, objetivando entregar nosso amor na excelência da palavra com os seguintes conceitos:
Chegará o dia em que o médico comprovará que o cérebro deixou de funcionar e que, definitivamente, a vida neste mundo chegou ao seu termo. Quando se apresentar esse momento, não diga que se encontra no leito de morte, pois em verdade estaremos no leito de vida, para que nosso corpo físico seja doado para contribuir com a existência, possibilitando que outros seres humanos tenham uma vida melhor.
Conceda em nome do amor verdadeiro, os seus olhos àquele que jamais tenha contemplado o amanhecer, que não tenha visto o rosto de uma criança ou, nos olhos de uma mulher, a luz do amor. Por amor doação, por solidariedade, dá o seu coração a alguma pessoa cujo coração já não lhe propicie as alegrias do bem viver, e em nome da solidariedade termine com os dias de desesperança do irmão que aguarda com ansiedade por essa dádiva de amor.
O sangue poderemos conceder ao adolescente resgatado de seu automóvel em ruínas, a fim de que possa viver até poder ver o seu programa de vida retamente cumprido e os netos brincando ao seu lado, na alegria da vida, fazendo valer a pena essa reencarnação.
Doe também os rins ao enfermo, que deve recorrer a uma máquina para viver de uma semana à outra, pois esse proceder aliviará a dor da alma e ajudará na recuperação do corpo físico indispensável ao programa de vida traçado na pátria espiritual. Para que um garoto paralítico possa andar, toma a totalidade de meus ossos, todos os meus músculos, as fibras e os nervos todos de meu corpo em nome do amor verdadeiro.
Aproveite o momento da transformação da vida, mexa e remexa em todos os recantos de meu cérebro. Se for necessário, toma minhas células e faz com que se desenvolvam, de modo que, algum dia, um garoto sem fala consiga gritar entusiasmado ao assistir a um gol, ou uma garotinha surda possa ouvir o repicar da chuva que cai no telheiro e corre mansinho contra o vidro da janela.
O que sobrar do meu corpo, entrega-o ao fogo e lança as cinzas, ao vento, para contribuir com o crescimento das flores em nome do Divino Jardineiro. Para o sepulcro, enterre os meus erros, minhas fraquezas e todas as minhas agressões contra o meu próximo.
Ponto finalizando, se do corpo físico que serviu aos propósitos nobres do aprendizado para a evolução do espírito em direção aos parámos celestes, depois de ter retamente cumprido o axioma do homem de bem, em nobre recordação, se o desejares recordar o persona que vestiu o corpo da carne para os propósitos de aprendizado, faze-o uma boa obra dizendo algumas palavras bondosas ao que tenha necessidade de ti.
Com essas reflexões, em nome do verdadeiro amor e da solidariedade, vestindo a túnica alvinitente da nobreza se conclui o almejado objetivo dessas mal traçadas linhas com a virtude da gratidão depois da festa de amor, em nome do visitante ilustre do mês que se despediu dos irmãos de jornada na grande viagem de amor, amor para todos os tempos com a fraternidade dos filhos do Eterno.
Finalmente, entrega-se o ósculo da fraternidade nos corações, amigos da jornada nas estradas das luzes aurifulgente, com a oblata do amor para todos os evos, anelando um ótimo fim de semana a família universal em nome do Divino Rabi da Galileia.
Do amigo fraterno de sempre.
Jaime Facioli.