A historiografia anota na lição do Nazareno a intercorrência no Mar da Galileia, quando a tempestade desabou, levando literalmente o barco dos apóstolos a naufragarem. no mar da galileia. Jesus estava ressonando quando os apóstolos o despertaram e ele, presto, levantou-se e, colocando-se ereto, disse aos seus seguidores: Oh! Homens de pouca fé. Em seguida, deu ordens ao anjo guardião daquele logradouro e a tempestade se transformou em calmaria para todos que se candidatam à felicidade de vencer as dificuldades das provas e expiações, porquanto todos os que seguem o Mestre encontram o caminho, a verdade e a vida.
Sim, sem contradita, o irmão crístico designado por Deus, como um professor, arrimo para as dificuldades e apoio para acompanhar os passos na jornada pelas expiações e nas provas indispensáveis ao crescimento; aconselha, auxilia e pacifica as crises, desalinhos e tempestades, e eis que está presente nas conquistas e na felicidade, abençoado emissário em silenciosa prece de gratidão ao Senhor da vida, proprietário de muitas moradas.
Cogente, pois, estar com o amigo incondicional de todas as horas, companheiro de lhanoza amizade, pura e desinteressada ao seu tutelado, para sentir o contato com ele pela prece nos momentos de meditação e escutá-lo, bastando silenciar a mente, acalmar o tumulto interior, dos barcos em desarranjos e na algaravia das preocupações do dia a dia, para com fé entrar na luz aurifulgente do Senhor do Universo, consciente de ser filho do Eterno, agora e para todos os tempos.
De fato, quem em sã consciência conseguirá se interiorizar para ouvir a voz do espírito guardião, quando tudo em sua volta pode perturbar o ambiente. Desse modo, com a mente calma, se consegue ouvir na acústica d’alma, a voz do protetor espiritual, esse persona que na doutrina espírita é conhecido como amigo espiritual, sendo óbvio, portanto, compreender-se que não será ouvida a voz articulada, mas a voz interna, que ressoa apenas no recôndito da alma imortal.
Por isso, é notório que os conselhos do companheiro celestial se farão ouvir pela intuição, porque a Divindade não quer que o anjo guardião seja um fâmulo para fazer o trabalho do seu protegido e que a cada criatura pertence; em verdade, ele é um instrutor pronto a oferecer seus préstimos para se alcançar os objetivos colimados, a fim de que cada filho do Eterno se torne melhor, atendendo aos ditames da evolução.
Sem contradita, a tarefa dos que estão inscritos na universidade do progresso, é a do autoaprimoramento individual, missão intransferível, razão, motivo e causa por que a figura do anjo guardião é um recurso que Deus utiliza para oferecer apoio aos seus filhos. Sem sombra de dúvida, essa ocorrência se dá para que cada um dos candidatos tenha a felicidade do mérito pelas boas obras e atitudes que praticar.
É o conhecido livre-arbítrio, liberdade de escolha para o bem, o belo e o amor. A Inteligência Suprema, Causa Primária de Todas as Coisas, cria seus filhos para a felicidade e não para o sofrimento e o desterro; crível, pois, a razão por que o Excelso dotou suas criaturas da força de vontade, da inteligência e sensibilidade para que indistintamente se possa progredir intelectual e moralmente.
Ora, sim. Ignoto será imaginar que outra pessoa possa tomar as decisões que por natureza pertencem a cada candidato à felicidade, caso em que não se aprenderiam as lições que a vida oferece para a conquista do mérito individual. Além disso, não se aprenderiam os ensinamentos que as provas do caminho oferecem, porque é inegável que o fogo da experiência engrandece aquele que o pratica e traz maturidade, compreensão e paciência.
Na mesma esteira, escola do mundo, os estudantes têm deveres a cumprir, conteúdos a aprenderem de caráter personalíssimo, sem temor do fracasso, porque sempre se pode contar com a sapiência e proteção do tutor que os auxiliará nas tarefas, enquanto anjos guardiães, e espíritos protetores, encarregados dessa assistência indispensável aos viajores das estrelas. Que não se engane a rasa filosofia dos aprendizes, imaginando que o tutor substitua os iniciantes, tomando as rédeas de suas responsabilidades.
Não. Jamais. A nobre missão do divino pastor é a de sugerir, consolar e ajudar na travessia do mar bravio das provas, por evocação mental, como se viu alhures. Sob a luz de igual teor, os anjos tutelares, aconselham quando o espírito está emancipado, isto é, durante o sono, porque é a hora em que os aprendizes estão libertos do corpo e pode-se entrar mais facilmente em comunicação com o mundo espiritual, morada dos anjos guardiões.
Nessa vertente, os espíritos protetores são mais adiantados. Dispõem de mais sabedoria para orientar os candidatos à felicidade. Com esses pensamentos, não será reprochável dizer que estão preparados para esse mister, razão por que respeitam o livre-arbítrio quando seu protegido se desalinha e desrespeita as leis de Deus, e por consequência sofre o efeito de suas escolhas, optando pela porta larga e cômoda das provas a que se inscreveram na pátria espiritual.
Sem dúvida, são nesses momentos que os Espíritos protetores ouvem as súplicas das oportunidades perdidas ou quando se ilumina pela virtude da humildade, admitindo os desenganos cometidos nas provas. Há infindáveis questões, reclamações, palavras e blasfêmias que são pronunciadas em voz alta, como se fosse para aquele que a profere, mas que o Senhor da Vida ouve. Oh! Meu Deus! Nesse caso, determina ao Espírito amigo que escute as orientações para acertar o passo.
É cogente a solidão alcançar as criaturas, na tristeza que desaba sobre os aprendizes em desânimo com o instrumento da esperança para os candidatos à felicidade, abraçando o anjo protetor com um efusivo abraço o seu tutelado, dando-lhe força e a esperança, relembrando os ensinamentos de Jesus na exortação, luz da vida ao dizer em alto e bom som: “Eu venci o mundo.”
Sob esse arrimo, o tutor, responsável pelo barco da vida, mesmo durante a travessia da ponte com o mar revolto, o amigo de todas as horas, protetor dos filhos da Consciência Cósmica entrega a matrícula da universidade do Progresso a cada um dos irmãos em aprendizado, enlaçando a alma cansada dos viajores das estrelas, embalando o sono reparador das energias físicas, ao enxugar as lágrimas regando a estrada das provações, com o seu sorriso de esperança iluminando os dias do porvir, cumprindo sua missão de alma generosa ao seguir intrépido cada um daqueles que foram confiados ao seu ministério pelo Senhor da vida, para realizar a travessia do mar bravio das provas e expiações.
Com fulcro nesses sentimentos, escudados nas lições de Jesus, cientes de que ninguém se encontra desprotegido, mas amparado, pela salva guarda do anjo protetor e pelo amigo de todas as horas, Jesus de Nazaré, para realização do programa de elevação espiritual, esse é o apanágio de quem se está convicto para brilhar a sua luz, pois são lições do Rabi da Galileia e, por consequência, na medida em que os homens se transformem num foco de luz, extinguir-se-ão as sombras em torno da humanidade, e a paz virá fazer morada nos corações bem-aventurados, tal qual esclarecem os venerandos espíritos para o mundo à frente, o mundo de regeneração onde o mau perderá seu reinado.
Ponto finalizando, indispensável colocar a candeia no lugar apropriado, objetivando que a ponte e a travessia da tempestade no mar das provas não soçobrem, com os filhos do Eterno no caminho da evolução. Iluminemos os caminhos com Jesus, por Jesus e em Jesus, para na poesia declarar em alto e bom som, quando se questionarem onde está o senhor da vida, responderemos que:
Que acreditamos em Deus ao responder como nos sentimos: Entre a Lua e as estrelas, num galope, num tropel, pisando nas nuvens brancas, eu vi Deus passar no céu. Todo dia existe Deus num sorriso de criança, no canto dos passarinhos, num olhar, numa esperança. Na harmonia de cores, na natureza esquecida, na fresca aragem da brisa, na própria essência da vida. No regato cristalino, pequeno servo do mar, nas ondas lavando as praias, na clara luz do luar. Na escuridão do infinito, todo ponteado de estrelas, na amplidão do universo, no simples prazer de vê-las.
Nos segredos desta vida, no germinar da semente, nos movimentos da Terra, que gira incessantemente. No orvalho sobre a relva, na passarada que encanta, no cheiro que vem da terra, e no sol que se levanta. Nas flores que desabrocham, perfumando a atmosfera, nas folhas novas que brotam, anunciando a primavera. Deus é a Paz e Esperança, é o alento do aflito, é o criador do universo, da luz, do ar, do infinito; Será que você não viu o rosto calmo de Deus, no colorido mais belo dos olhos dos filhos seus, pois sendo a essência da vida, é o descanso da morte.
Não há ida sem a volta, e nem há volta sem ida. A morte não é a morte, é só a porta da vida. No ciclo da natureza, nesse ir e vir constante, no broto que se renova, na vida que segue adiante. Em quem semeia a bondade, em quem ajuda o irmão, colhendo a felicidade, cumprindo a sua missão. No suor de quem trabalha, no calo duro da mão, no homem que planta o trigo, no trigo que faz o pão.
Você pode sentir Deus pulsar em seu coração.
O alfa, irmãos de viagem nas estrelas, é a oportunidade redentora concedida pelo Senhor da vida para quitação dos débitos dos desacertos em suaves prestações, por promissórias ou carnês de reencarnação. Os que já lograram a felicidade de aceitar o Pai Celestial, como Jesus ensinou, podem haurir o título da beleza da vida que estua no altar da natureza, onde o Senhor do Universo deposita o seu autógrafo na vida, bela, colorida e consentida.
Sob as claridades desse arrazoado, apreciemos os quadros da natureza que compõem as pinturas da lavra do Senhor da Vida e deixemo-nos enternecer com a presença do Pai Celestial nos corações, e confiando que nada nos mundos, é maior que a sua Lei. Com o amor do Nazareno, o porvir é estar com Ele, o Divino Rabi da Galileia, como asseverou outrora no ato dos Apóstolos: “Vós sois Deuses”, tudo que faço, vós podeis fazer e muito mais.
O mar da Galileia com a ponte em turbulência para a sua travessia de aprendizado, merece homenagear os filhos do Senhor da vida, alinhados em seus corações àqueles que se notabilizaram seguindo as pegadas do Divino Galileo, pelo exemplo da ética, da moral e dos sentimentos de amor, realizando ao próximo, tudo o que desejamos que nos façam no aprendizado, como os tesouros que estão no sagrado coração de Mahatma Gandhi, de Martin Luther King Junior, da Santa Madre Thereza, a também santificada Irmã Dulce, o do Dr. Bezerra de Menezes, o “Medico dos Pobres”, o do Dr. Eurípides Barsanulfo, de Paulo de Tarso, Francisco Candido Xavier, Sócrates, o Papa João Paulo II, Santo Agostinho, no seu, no meu e no coração de todos os seus filhos, porquanto é de Jesus de Nazaré a assertiva de que seus discípulos serão conhecidos por muito se amarem.
É nossa a responsabilidade de muito nos amarmos em seu santo nome. Os viajantes possuem o reto proceder na vida, na conduta ética e moral, na probidade e no amor à família e à vida, conscientes do alfa que nos dignifica no rumo às estrelas, na condição de filhos de Deus. Com esses pensamentos, seguem nossos votos de um fim de semana com muita paz, sob o nosso desejo de que recebam um beijo fraterno em seus corações do amigo de sempre.
Jaime Facioli.