CADA UM DÁ O QUE TEM - QUANDO UMA PORTA SE FECHA.

Os temas para as reflexões são os axiomas de utilidade na vida em provas e expiações. A expressão quando “uma porta se fecha, outra se abre”, apesar dos pesares, tem uma interpretação pouco conhecida Em geral, a atenção na porta que se fechou, a ocorrência passa por despercebida que outra já se abriu, como as flores que embelezam a trajetória dos filhos do Eterno no jornadear das provas evolutivas. Em apoio à tese em comento, a pena anota que, na historiografia, a querela é atribuída ao inventor escocês Alexander Graham Bell, que travou longa batalha judicial com o italiano Antônio Meucci pela patente do telefone.

Com atitude positiva, não se deixou se consumir pela disputa. Seguiu inovando. Foi justamente nesse período de adversidade que ele criou um sistema de educação para surdos. Também teve sua atenção voltada para a ciência da acústica, com o objetivo de melhorar a surdez de sua mãe. De fato, a atitude de progresso não permite fixar na porta que se fecha, mas, a partir dela, devassar o progresso, consciente de que o Pai Celeste zela por todas as suas criaturas, consoante a questão 963 de “O Livro dos Espíritos”.

Com atitude positivista diante da querela judicial, enfrentou com galhardia e com o seu pai, criou um método engenhoso de instruir surdos, por meio visual, a articular palavras e ler o que as outras pessoas dizem pelo movimento dos lábios. Nascia a leitura labial, que ajuda incontáveis viajores com deficiência auditiva a se comunicarem. Ao depois, diante de atitude progressista, Bell publicou mais de um tratado sobre o assunto, e graças aos seus esforços, incontáveis de portadores com deficiência auditiva podem falar quase tão bem quanto as pessoas que conseguem ouvir.

Ora, sim!. Ao invés de se entregar à peleja judicial, observando a porta que se fecha, dedicou-se a olhar para a porta que se abria para o progresso e o bem-estar da humanidade. Se tivesse paralisado pela frustração da batalha jurídica pelos direitos da telefonia, não teria impactado tantas vidas necessitadas de progresso com as bençãos do Senhor da Vida.

É vero. As pedras do caminho para testar a resistência e a vontade de atender à Lei de Progresso, de quando em quando, ocorrem desconfortos, frustrações e os filhos do Eterno se permitem entregar ao desânimo, prisioneiros voluntário da porta que se fechou. Quando se fixa na oportunidade perdida, deixamos estagnar a criatividade e o progresso a que estamos destinados na jornada da vida. In veritas, se liga no que se perdeu, no que não se concretizou, em regra, não se percebe que outras portas e janelas se abrem, oferecendo novas chances e novos caminhos.

Oh! Meu Deus! Quantas criaturas se paralisam, revivendo um passado que não podem modificar, olvidando o poder de construir o porvir com novas e criativas possibilidades. O procedimento lhanoso deve seguir o caminho, descobrir exatamente essas outras portas e janelas pelas quais o sol continua a iluminar os nossos passos. Afinal, somos imagem e semelhança de um criador incansável, em labor constante, consoante a prédica de Jesus, o Pai trabalha até hoje e eu também trabalho.

Desenvolver as sementes depende das atitudes. Há ocasiões em que basta olhar em frente, descobrir o que há para ser feito, que outras tantas coisas podem ser empreendidas. Se no caminho houver impedimento, pode-se seguir por outro, pois há portas que se fecham e outras que se abrem para se surpreender com as oportunidades múltiplas ofertadas para os filhos do Eterno. Em síntese apertada, não se permita esmorecer nem desistir pelos percalços que se apresentem no caminho porque a vitória é a meta.


As horas novas convidam renovar os esforços na busca da criatividade e o objetivo anelado. É sempre oportuno agradecer a oportunidade da vida e as bênçãos que rodeiam os candidatos à felicidade, o trabalho, o amor da família, a presença dos amigos, e incontáveis momentos que se apresentam para o porvir. Sejamos gratos por todas as dádivas que recebemos. Na hipótese da vida se apresentar complicada, dando a impressão de que todas as portas se fecharam, medite um momento. Aguarde. Faça uma pausa como quem sobe uma montanha e precisa retomar o fôlego para prosseguir a jornada. No folego novo, descobriremos a porta que se abriu.

Uma das questões que mais aflige os seres humanos no caminho de sua evolução é a questão das desigualdades entre os filhos de Deus. Há pessoas que são uma docilidade a toda prova. Outros existem que a agressão é a expressão de sua existência. Um simples bom dia já vem resposta às avessas, agressões, tom amargo na palavra. Parece que o mundo desses "amigos" está vindo abaixo. Os irmãos de caminhada entristecem-se quando enfrentam um doesto desse jaez.

Os profitentes do comportamento sabem que a agressividade reside no caminho da evolução de cada um, pois cada desalinho gera uma reação correspondente. Ora, sim. Cada atitude que ofende o próximo, a lei de causa e efeito atua e o retorno se realiza de imediato ou em breve porvir para se colher a semeadura. Essa é a regra. Essa é a lei de causa e efeito. Essa também é lição evangélica pela qual ninguém será licito se afastar.

Como proceder para se evitar praticar o mau em razão do comportamento desairoso de outrem e libertar-se de um futuro de dolorosas consequências, sem violar as regras basilares das leis em comento? Manter puros os sentimentos dalma, manter o tratamento cortês, tratar o próximo como gostaria de ser tratado, é a lição do Divino Pastor.

É oportuno, sobre o tema em apreço, uma narrativa sobre, colhida no santuário das provas de aprendizado, uma senhora gratuitamente detestava sua vizinha, mantendo verdadeira ojeriza, detestando-a tanto que a sua simples presença sem que se trocasse uma palavra lhe causava asco. Pensava constantemente numa maneira de escracha a sua personalidade. Ocorreu que, sabendo a data de seu natalício, decidiu-se por fazer um lindo embrulho, com papel e fitas coloridas, tomando de uma bandeja vulgar, ali depositou excremento com a intenção de ferir a sua rival.

No dia apropriado, enviou-lhe a "surpresa" com um cartão com dizeres inerentes ao seu nefando propósito, no momento em que se comemorava a efeméride da "amiga". A autora desse gesto reprochável aguardava os resultados de sua ação inditosa, enquanto os dias se sucederam em escala dolorosa de espera. E, espicaçada que se encontrava pela sua maldade e sem obter nenhuma notícia a respeito de sua provocação, isso lhe causava uma dor profunda pelo silêncio daquela por quem nutria gratuitamente má-querência.

Não se continha por notícias dos desdobramentos dos acontecimentos pela remessa de seu "presente" e sua mente fervilhava quando via ou cruzava com a sua rival nos trajetos da vida cotidiana, mantendo-se em estado de ansiedade por notícias de sua atitude abominável e perversa.

O tempo passava e nada de saber o que ocorrera naquele fatídico dia. De fato, o tempo transcorrera em paz, como acontece àqueles que não se deixam tocar pelo veneno dos que vivem em tormento e devaneios de maldade, na corrupção moral dos pensamentos a entibiar os mais puros sentimentos dalma.
Por isso, transcorrido quase um ano desse triste episódio, no dia do aniversário da maldosa amiga, quando as festividades estavam no momento de êxtase, bate à sua porta um mensageiro que lhe entrega um lindo pacote, vinha embrulhado em papel de seda de finíssima qualidade, contendo três belas rosas que ornamentava o embrulho surpresa.

Curiosa por não saber quem a homenageava, e considerando quem será que tinha tanta delicadeza de colocar três lindas rosas em fino pacote de presente, desembrulhou com sofreguidão o pacote surpresa e encontrou uma linda badeja de prata toda ornamentada e repleta de pétalas das mais lindas rosas que a filosofia possa imaginar.

Por cima das pétalas de rosas multicoloridas, ainda exalando o perfume das flores que lhes abrigaram a vida, encontrava-se um delicado cartão com letras bem traçadas, demonstrando o caráter de sua escritora e cujo texto dizia: querida amiga. Hoje é um dia especial de sua vida. Não sabendo como homenageá-la, e lamentando por não conseguir a sua amizade, entrego-lhe essa badeja de prata com as flores que colhi em meu jardim, como resultado do presente que me enviaste no ano passado. Parabéns. Feliz aniversário!

Oh! Meu Deus!. Que lição de vida, para compreender que cada um dá o que tem. Ao oferecermos o que temos em nossos corações abrigando os nossos mais puros sentimentos dalma, estaremos seguindo a orientação e preciosas lições do espírito benfeitor da humanidade, Emmanoel, contido no livro caminhos, psicografado pelas mãos abençoadas de Francisco Cândido Xavier estabelecendo que: "O que sentes revela o rumo para onde te diriges. O que pensa te aponta o lugar em que te encontras. O que fala indica o que sabes. O que fazes indica que és."

Em suma, o que tem dentro de ti, cultivado no jardim dessa existência, poderá torná-lo feliz e amorável quanto deseje o teu coração que bate incessantemente em busca da paz, para te conduzir aos altiplanos celestiais, ou experimentar as amarguras dos aborrecimentos que se cria em razão de atitudes desprovidas dos nobres sentimentos do amor.

A jornada enseja compaixão pelos que se encontrem na consciência do sono, no dizer da psicologia moderna, e, por isso, não cabe se entristecer de afronta por ofensas daqueles que não despertaram ainda, ou pela violência que grassa a humanidade, pelas guerras dos morros e entre os países, ou pela palavra amarga que se encontram nos corredores dos fóruns e da vida, porque tudo isso se constitui desalinho dos entibiados nos sentimentos dalma.

Um pequeno facho de luz ilumina uma imensa escuridão. Nesse sentir, evocamos as lições de Jesus de Nazaré, diante das ofensas, violências que não raro experimentamos para testar o progresso do aprendiz, máxime, os julgamentos pífios contra os que caminham na mesma luz do aprendizado: Bem por isso, O Nazareno conclamou: abrindo os braços dizendo: "vinde a mim, todos vós que sofreis e estais sobrecarregados, e eu vos aliviarei. Tomai sobre vós o meu julgo e aprendei de mim que sou manso e pacifico de coração, e vossas almas se reconfortarão, pois o meu fardo é leve e meu julgo suave".

Ponto finalizando, segue o ósculo em seus corações, com a oblata da fraternidade, com votos de um ótimo final de semana em nome de Jesus de Nazaré.
Do amigo fraterno de sempre
Jaime Facioli.




JAIME BARBOSA FACIOLI
jaimefacioli.adv@uol.com.br