Queridos amigos fraternos.
Bom Dia.
Jesus sê conosco.
A forma de olhar à vida.
Uma das dificuldades que ainda retém os seres humanos no caminho de seu progresso é a forma com que se vê a vida, suas propostas e destinação nesse mundo de Provas e Expiações.
Há pessoas que ao olhar para um objeto o vê como um escolho, um obstáculo em sua vida. Outras pessoas ao descrever o que seus olhos contemplam reproduzem uma miríade de luzes capaz de encantar os mais exigentes.
É dessa forma que as pessoas quando estão enfermas sentem-se entibiadas, o que é compreensível e natural, porque tudo na vida tem uma causa. É no entardecer da existência que o tônus vital, energia recebida no renascimento vai se exaurindo e por conseqüência nos tornamos menos resistentes aos gravames a que estão subordinados os conceitos de resistência da vida, ou esse enfraquecimento será resultado de abuso que praticamos nas noitadas da vida, na alimentação desregrada, na bebida, no cigarro ou em qualquer vício que estiola nossas forças vitais.
É dessa forma também que acusamos a Divindade por nossos fracassos. Desse olhar para a vida, em vez de buscar soluções para os nossos problemas, testes do dia a dia, optamos por reclamar ou murmurar sempre contra a Providência Divina.
"Nossa! Tudo acontece para mim. Estou sem emprego. Faltam-me os recursos. Os tempos são outros. Para mim nada dá certo. Com esse proceder, nos esquecemos de olhar profundamente cada questão proposta pela vida. Um relacionamento mal sucedido, ou até mesmo as naturais apreensões do dia a dia, nos deixam estatelados no chão.
Como continuar? Como prosseguir a jornada? Vale a pena o esforço?
Felizmente existe no coração do homem o lenitivo que o conduzirá aos páramos celestiais incentivando-o ao reto cumprimento dos deveres. Pessoas há que apesar dos pesares, estão sempre dispostas a enfrentar o que for preciso. Não desistem jamais do bom combate.
Na redação do Momento Espírita com base em artigo publicado na revista Vida Simples de Janeiro do corrente ano de 2008, colhe-se no capítulo XXVI do livro "O problema do ser, do destino e da dor, de Léon Deniz, da Ed. Feb e no Cap. 31 do Livro Jesus no Lar, do Espírito Néio Lúcio, psicografia de Francisco Candido Xavier, Ed. Feb, em linhas gerais as seguintes linhas de estudos:
Intrigados em descobrir o que levava algumas pessoas a enfrentar tão bem esses contratempos da vida, especialistas em comportamento humano passaram a estudar os traços dessas pessoas. Há resultados que afirmam se tratar de uma invulnerabilidade inata, algo como um verdadeiro dom com o qual as pessoas já nasciam.
Isso porem não respondia a tudo que se almejava, e, a pouco mais de uma década iniciou-se a investigação do termo invulnerabilidade. Este parecia sugerir que as pessoas seriam 100,00% imunes a qualquer tipo de adversidade o que não corresponde a realidade.
Embora sejam pessoas que passem pelos problemas com maior facilidade, isso não quer dizer que saiam dessas experiências totalmente ilesas. Por essa razão os estudiosos passaram a buscar um termo mais adequado, e foi então que emprestaram uma terminologia da física: resiliência.
Resiliência é uma propriedade de alguns materiais, que mostram sua capacidade em retornar ao seu estado original, após sofrer grande pressão.
Assim seriam as pessoas com alto grau de resiliência: teriam capacidade de encarar as adversidades como oportunidades de mostrar e aprimorar sua competência, seu entusiasmo.
Tais pessoas encontram também soluções criativas e determinadas para se levantar do chão.Cabe destacar aqui que ser resiliente não é ser indiferente, insensível. Não se trata de sentir ou não sentir, mas sim de como atravessar as experiências. Seria uma habilidade, que todos podemos adquirir, de suportar o sofrimento, extraindo dele tudo que tem para nos ensinar. Aí está a chave de tudo.
Léon Denis afirma com propriedade, que "se, nas horas de provação, soubéssemos observar o trabalho interno, a ação misteriosa da dor em nós, compreenderíamos melhor sua obra sublime de educação e aperfeiçoamento".
A razão da dor humana procede da proteção divina.
Os povos são famílias de Deus que, à maneira de grandes rebanhos, são chamados ao aprisco do Alto.
A Terra é o caminho. A luta que ensina e edifica é a marcha.
O sofrimento é sempre o aguilhão que desperta as ovelhas distraídas à margem da senda verdadeira.
De fato, muito embora as pessoas passem pelos problemas com maior facilidade não se segue dai dizer que saiam dessas experiências totalmente ilesas.
Assim seriam as pessoas com alto grau de resilência, nutrindo a capacidade de encarar as adversidades como oportunidades de mostrar e aprimorar sua competência e seu entusiasmo pela vida.
São essas pessoas que não se deixam abater por nada que aconteça em suas vidas, e encontram sempre soluções criativas e determinadas para se levantar do chão e olhar para as estrelas, pois o charco para elas é apenas um acidente de percurso, não o destino que as aguarda nos altiplanos celestiais.
Que não nos deixemos espicaçar imaginando qual seria o grau de resiliência de cada um de nós, porque ser resiliente não é ser indiferente ou insensível, mas sim da forma como atravessar as experiências que a vida nos propõe no caminho de nosso progresso.
Em verdade, seria lícito dizer que ser resilente é adquirir uma habilidade que todos podem possuir, mediante a experiência que suporta o sofrimento com resignação, pois essa é a chave que abre os caminhos da ventura. Esse é o passaporte para a felicidade.
Assim amigos, com fulcro nesses conceitos, com o objetivo de que possamos olhar a vida com as luzes dos olhos de cada um, dessedentamos nossos pensamentos dessa semana também na comovente história de um dos mais famosos poetas pátrios, nascido no Rio de Janeiro em 16.12.1865 e realizando a grande viagem de retorno para a pátria espiritual em 28.12.1918 em sua terra natal.
Referimo-nos a Olavo Brás Martins dos Guimarães Bilac.
Conta-se que certa vez o dono de um pequeno comércio, amigo do grande poeta o abordou na rua dizendo-lhe:
Sr. Bilac, estou precisando vender o meu sítio, que o senhor tão bem conhece. Será que o senhor poderia redigir o anúncio para o jornal? Olavo Bilac atendeu ao pedido do amigo e escreveu:
"Vende-se encantadora propriedade, onde cantam os pássaros ao amanhecer no extenso arvoredo, cortada por cristalinas e marejantes águas de um ribeirão. A casa banhada pelo sol nascente, oferece a sombra tranqüila das tardes, na varanda".
• Meses depois, topa o poeta com o homem e pergunta-lhe se havia vendido o sítio.
Nem penso mais nisso, disse o homem, quando li o anúncio é que percebi a maravilha que tinha!
É isso amigos.
Na maioria das vezes, não descobrimos as coisas boas que temos conosco e vamos longe atrás de miragens e falsos tesouros.
Valorize o que você tem, a pessoa que está ao seu lado, os amigos que estão perto de você, o emprego que Deus lhe deu, o conhecimento que você adquiriu, a sua saúde, o sorriso, enfim tudo aquilo que o Senhor da Vida nos proporciona diariamente para o nosso crescimento espiritual. Veja a vida com a luz do olhos seus. Tudo se sintetiza na forma de você olhar a vida.
Com esses conceitos anelamos que possamos olhar a vida contemplando a benção que representa essa encarnação, examinando a beleza que Deus depositou no altar da natureza para homenagear aos seus filhos em viagem de provas e expiações por esse planeta sob a governança de Jesus de Nazaré.
Recebam os amigos queridos, ao som dessa inesquecivel melodia, nosso ósculo depositado em seus corações, em nome da oblata da fraternidade com votos de um ótimo feriado e fim de semana na paz do Divino Rabi da Galileia.
Do amigo fraterno de sempre.
Jaime Facioli.
Nossa homenagem ao poeta brasileiro.
ABL/Reprodução
O escritor Olavo Bilac
Os amantes da literatura certamente aplaudem a decisão de Olavo Brás Martins dos Guimarães Bilac, que abandonou os cursos de medicina e direito para se dedicar à poesia. Além de poeta, foi jornalista, crítico, inspetor da Instrução Pública e membro do Conselho Superior do Departamento Federal. Pertenceu à Escola Parnasiana Brasileira, sendo um dos seus principais representantes, ao lado de Alberto de Oliveira e Raimundo Correia. Para os seus mais fervorosos admiradores, Olavo Bilac nasceu mesmo predestinado à poesia, pois o seu nome completo é um verso alexandrino (12 sílabas poéticas).
A aceitação
- Letícia Thompson -
As adversidades chegam quando menos esperamos. Elas não se anunciam, como as grandes tempestades ou os vulcões, elas aparecem, simplesmente. Nos pegam de assalto, nos deixam estáticos, sem reação.
E nós que pensávamos que certas coisas só aconteciam com os outros, sem nunca refletir que somos os outros de outros! Estamos sim, debaixo do mesmo céu, sujeitos às mesmas ventanias, aos mesmos vendavais, somos tão vulneráveis quanto quaisquer outros seres humanos.
Mas aprendemos que vida é luta e por isso lutamos. Utilizamos todas as armas colocadas à nossa disposição e com a permissão de Deus.
Deus!!! Ah, sim... nos lembramos dEle com mais freqüência. Todas as pessoas não possuem essa habilidade de cada manhã e cada noite chegar aos pés dEle para agradecer pela saúde, pela felicidade, por que tudo vai bem. Mas quando o mundo cai na nossa cabeça é como se descobríssemos essa verdade irrefutável: Deus existe!
E com o coração dolorido e cansados, continuamos lutando, fazemos nossa parte, tentamos segurar a vida até que nos sentimos impotentes e nos dizemos que nada mais há a fazer.
Seria preciso termos a paciência de Jó para esperarmos com a certeza que dias melhores virão.
Portanto, há ainda, com o sopro de vida, uma última esperança: a oração! Quando achamos que perdemos tudo, podemos ainda dobrar os joelhos para chegarmos à presença de Deus.
É difícil aceitar o sofrimento e a dor, mas a aceitação é o primeiro passo para melhor vivê-los, suportá-los e, quem sabe, vencê-los. Não somos assim tão diferentes dos outros, não possuímos casas construídas sobre rochas e somos vulneráveis, precisamos reconhecer isso antes de tudo. Somos humanos. Humanos e dependentes dAquele que nos criou.
Muitas vezes é necessário cairmos para que reconheçamos o quanto precisamos de uma mão; é preciso uma doença para aprendermos o valor da vida, para que saibamos o que significa união, como um balde de água fria na nossa cabeça que nos acorda e nos deixa mais atentos. Olhamos mais à nossa volta, percebemos que nossos sentimentos são mais sólidos e visíveis do que pensávamos, despertamos, talvez, para pessoas que estavam perfeitamente invisíveis aos nossos olhos.
A dor une muito mais que a felicidade, porque as pessoas procuram apoiar e se apoiar. E ela nos abre os olhos para Deus.
Não... tudo não está perdido! Mas nem sempre a solução é a que esperamos ou desejamos. É preciso que, com joelhos no chão e coração aberto possamos estar prontos para receber, não o que merecemos, mas o que precisamos, que seja a cura, a vida ou a consolação.
Jesus aceitou a cruz porque sabia que seria vitorioso. E que, hoje, possamos aprender com Ele a aceitar nossos fardos, não como castigos, mas como lições de vida, dessas que vamos descobrindo devagarinho, que doem, mas que nos levam adiante, sempre vitoriosos, porque sabemos que não carregamos sozinhos.
Leticia Thompson