O EXERCÍCIO DA VIDA - A PREDESTINAÇÃO E A HORA

Sacia-se a curiosidade dos viajores das estrelas para o conhecimento da evolução em direção às muitas moradas do Pai Celeste, na reflexão que alcança o conhecimento sobre a predestinação. Afinal, existe esse acontecimento ou não? Quiçá se trata de filhos do Senhor da vida privilegiados, destinados aos acontecimentos da existência, para o bem ou para o ml..

Na verdade cristalina, predestinados são todos os filhos do eterno, destinados a viagem evolutiva para o crescimento, com a dádiva da escolha pelos caminhos dos abrolhos, dos acertos, dos erros, na escola das provas, com as dádivas das provas da existência para como escolher o sentimento de seu coração.

Há dois caminhos. Optar-se pela porta larga das facilidades ou pelos caminhos estreitos, aqueles que conduzem ao esforço do conhecimento e da sabedoria no exercício do amor, como a prédica do Cristo de Deus estabeleceu aos seus discípulos fixando o axioma: os meus discípulos serão conhecidos por muito se amarem. Anote-se, pois, predestinados são todos os que estão sujeitos aos acontecimentos da vida na viagem das provas, transitando pela existência de provas e expiações.

O Senhor da Vida tem regras pétreas para sua justiça. Não depende de julgamento. Na realidade, a lei de amor e misericórdia do Pai Celeste é a razão de tudo, e tudo que realizarmos nas escolas da vida em desacordo com as leis universais, terão que restabelecer o equilíbrio do universo, como um bumerangue que atirado de um ponto inicial, com a mesma intensidade e velocidade retorna a sua origem.

Para ilustrar uma história recente, a pena relata um acontecimento público que chocou a sociedade civil organizada. Alexandre Nardoni e Ana Carolina Jatobá, exemplos de acontecimentos da vida, “estariam predestinados” a enfrentarem momentos de dor no homicídio da menor impúbere, envolvidos na porta larga da dor que resgata o reequilíbrio do universo do Pai Celeste, certo que o Senhor da vida não é cobrador, mas Pai de Misericórdia.

A resposta é afirmativa. Ainda que comprometidos com o passado delituoso, se pode utilizar o instrumento do perdão para se libertar das algemas que nos prendem aos atos inditosos do passado comprometedor. Não deveremos nos olvidar de que o perdão é instrumento de amor que é bom a quem o concede. Por isso, a convicção de que nenhum dos filhos de Deus está predestinado a suportar dores excruciantes ou obedecer a um programa de vida como se fosse um computador.

O ser humano tem o livre arbítrio para decidir o rumo da jornada, com a escolha é personalíssima. Deus nos oferece a oportunidade rediviva de escolhermos o caminho a seguir. Pela porta larga, criamos oportunidades de furtar a outrem, roubar, matar, violar os direitos do próximo, enfim escolher os caminhos que nos causaram acúleos e dores das mais pungentes.

Pela porta estreita, têm-se reformas para o abandono do tabagismo, do álcool, dos maus procedimentos, falar mal do vizinho, do governo, dos amigos de trabalho e abandonar a infidelidade de qualquer natureza.


Por esse modus operante, inicia-se de imediato a prática do perdão das ofensas, sendo manso e pacífico, como ensinou o Homem de Nazaré, exercitando a caridade em toda a contextura, virtude essa que nos aproxima do Senhor da Vida. Nós somos a soma das nossas decisões.

Não se engane. Escolhemos para reencarnar, com honrosas exceções, como as reencarnações compulsórias, escolhemos os pais e o lugar em que necessitamos nascer para haurir a possibilidade de vida que melhor se ajuste ao nosso progresso.

A predestinação, cognominada de destino, nada tem a ver com isso. Desde pequenos se aprende fazer opção, descartando uma e mantendo outra. Se a escolha for pela porta larga, pelos vícios e pelos desalinhos com os compromissos nobres da vida, estaremos passando ao largo da porta estreita da vida que convida para o bem proceder, a dignidade de bem viver em família, na sociedade e em paz com a nossa consciência. Somos, pois, arquitetos de nossas vidas, condições em que tecemos os ramos da árvore existencial que se convencionou chamar de "minha vida".

Não é fácil. Em verdade, trata-se de um planeta de provas expiações. Por isso, no momento em que se escolhe ser médico, se está deixando de ser piloto de avião. Ao optar pela vida de atriz, será impossível se conciliar com a arquitetura e por aí vai. Alguns escolhem o exercício de missionários do Senhor do Universo. Abandonará a oportunidade de constituir uma família, viver a alegria do lar com os filhos e as bênçãos de uma família em provas e expiações. Mas, em compensação, terá um universo de famílias para cuidar e pastorear.

São propostas de vida, escolha dos filhos de Deus, oferecendo caminhos que levam ao lugar da paz. Trata-se do progresso do ser humano em direção aos altiplanos celestiais. Chega-se o momento em que é preciso decidir entre passar o resto da vida sem compromisso ou viver o amor em plenitude, instalando uma microempresa, com direito a casa própria, orçamento doméstico e responsabilidades compondo parte da sociedade humana organizada, sendo útil ao trabalho preciso conforme ensinou Jesus ao dizer que o Pai trabalha até hoje e ele também.

Trata-se do livre arbítrio em ação, grau de evolução do espírito, realizando desejos inscritos nos recônditos do ser imortal e não uma programação previamente estabelecida. Se fosse facultado prever o futuro, é verdade que evitaríamos erros, mas, convenhamos, a vida perderia sua graça, pois é justamente na imponderabilidade da existência que reside o verdadeiro aprendizado e a emoção da vida.

Se ao nascermos soubéssemos o que iria acontecer, ficaríamos sentados para “ver a banda passar”, e sem sentido prático as lições do Divino Jardineiro tanto como atirados ao ostracismo da Lei do Progresso. É exatamente no empeço que a vida oferece ao nascer a oportunidade de avaliação da vida. É a oportunidade de exercer e treinar discernimento.

A capacidade de análise se realiza justamente em cima de erros cometidos, para constituir a base de dados. Não se trata de apologia, mas a realidade da existência, pedagogia da vida para o progresso dos filhos de Deus em direção aos altiplanos celestiais.


A
pena do poema de Helena Kolody faz manter vivo o tempo atual como único sob nosso controle. Nessa reflexão é a luz que deixamos brotar nos bons sentimentos quando eles surgem, não se permitindo escamotear ou deixar-se abafar no meio de tantas interferências do mundo íntimo dos viajantes em busca da felicidade na lei do progresso. Bem por isso, agora é a hora da “predestinação”, exercício do amor com uma palavra amiga, um elogio lhanoso, oferta de caridade àqueles que se encontrem em desalinho, necessitando de apoio do irmão entibiado suplicando em nome de Jesus de Nazaré.

Oh! Sim. Quem elogia a outrem não se faz menor do que o elogiado, in vera, trata-se de um gesto de indulgência que domina o orgulho predominante e permite frear expressões desairosas sob o falso nome de autopreservação. A verdade é que quem elogia, em regra sincera, reconhece a grandeza fora de si e aprende com ela, se ilumina.

Cogente, pois, de banir o orgulho, ferramenta que impede o perdão e rompe o processo do ódio, para seguir adiante nos caminhos dos calhaus, sendo oportuno relembrar aos bem aventurados que o exercício da vida na predestinação não se trata de esquecer os acontecimentos transatos, máxime porque a memória não alforria os esquecimentos, mas o amor que alivia as dores, a exemplo de Jesus de Nazaré, exercitando o perdão no monte das caveiras. Em síntese apertada, é um acordo íntimo de abdicar do mal, da vingança e dos pensamentos negativos pelo bem e pela pratica do amor que conduz as muitas moradas do Pai Celeste.

Nesse arrazoado, que ninguém se engane, seguir a vida carregando rancor é um exercício de desinteligência, levando o fardo mais pesado na condução de sua vida, levando na canga um instrumento que não lhe pertence, razão, motivo e causa porque é tempo e hora de não deixar para amanhã. Nunca estivemos tão vivos, tão prontos para agir, para decidir, como hoje.

Se preciso, peça perdão, junte as forças, ore e vença as barreiras interiores. A vitória é deixar para trás a vaidade e a arrogância, substituindo com toda força do amor a rogativa do perdão, por isso, anote-se no livro da vida, o tempo é agora. O Divino Pastor alertou: Não vos inquieteis amanhã, pois o amanhã cuidará de si mesmo. Basta a cada dia o seu mal.

Ponto finalizando, recebam os amigos fraternos, nosso ósculo depositado em seus corações, em nome da oblata da fraternidade, com votos de um ótimo final de semana em nome de Jesus de Nazaré. Do amigo fraterno de sempre. Jaime Facioli.

Ponto finalizando, recebam os amigos fraternos, o ósculo depositado em seus corações, em nome da oblata da fraternidade, aqui e agora com votos de um ótimo final de semana em nome de Jesus de Nazaré.

Do amigo fraterno de sempre.

Jaime Facioli.




JAIME BARBOSA FACIOLI
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