Há relatos inverídicos que se assemelham à verdade. Não há dúvida. Em certo trecho do Evangelho, Jesus discursa sobre Sua missão. Ele fala de modo especial da desconfiança de muitos fariseus a Seu respeito. Diz que eles, por terem desejos estranhos, não podiam entender a Sua linguagem. Afirma mais ainda que não acreditavam no Divino Pastor porque Ele dizia a verdade. Os filhos do Senhor da vida em aprendizagem na escola da vida procuram, via de regra, soluções fáceis. É vero, guiado pela lei do mínimo sem esforço, almeja resolver as dificuldades sem desforço, como se a vida fosse sem valor no sentido do progresso, do belo e do colorido em nome de Jesus.
A ilusão nesse gênero medra entre os cristãos, pois muitos entendem ser suficiente seguir alguns rituais para resolver as dialéticas da sua redenção espiritual. Ora, nessa vertente é relevante se resumir dispor algum recurso amoedado para uma organização religiosa, e estaria satisfeito o reto cumprimento dos ensinamentos do Mestre Nazareno, nela comparecer com alguma frequência, haurir uma ou outra vez uma prédica propondo dialogar mais o evangelho do Homem de Nazaré, senão entregar alguma espórtula ou algum dinheiro para uma alguma organização religiosa, nela comparecer de vez em quando, comparecer e se submeter a certas práticas.
O instrumento ou perdão incondicional, ou que não se dizer no arrependimento de imediato ou na última hora, em nome daqueles que têm o coração puro em nome do Divino Pastor. Que não se enganem os que militam nas ondas de amor de Jesus. Arrependimentos de última hora, sem a correspondente reparação, não anulariam uma vida toda de mau proceder, mas há os que não se permitem nem pensar no amor sem fronteira.
Inegável, por outro lado, que muitos acreditam ser suficiente aceitar Jesus, sem necessidade de carregar a cruz, enquanto a maioria segue o Cristo de Deus entre as renúncias. É fato que no mundo sempre há expositores das fantasias e é comum observar-se, em quase toda parte, a vitória dos homens que prometem milagres e dos que merecem indevidamente esse crédito. Ora! Sim. Basta encobrirem a enfermidade, a ignorância e a fraqueza humana para receberem acatamento.
Não acontece o mesmo com os cultivadores da verdade, por mais simples que esta seja. Através de todos os tempos, para esses últimos, a sociedade reservou a fogueira, a cruz, a punição implacável. O homem, em regra, aprecia meios de fugir da própria situação espiritual. A receita da paz, consistente na reforma íntima e na vida honesta, costuma parecer muito onerosa. Alvitres como perdoar e pedir perdão, trabalhar duro e assumir as consequências dos próprios atos soam antipáticos. Então, prefere soluções mais fáceis.
Inventa métodos e simpatias para atrair boa sorte. Se as coisas vão mal, quer acreditar em fantasias e soluções milagrosas. Quem inventa as mentiras mais brilhantes, como a prosperidade sem trabalho, tem a clientela mais numerosa.
Por isso, o alerta de Jesus segue muito atual. É preciso cuidar para não simpatizar com mentiras agradáveis, em detrimento da realidade.
A cada um segundo suas obras. O homem é o arquiteto de seu destino. Quem deseja prosperidade, precisa estudar e trabalhar com afinco. A paz é construída mediante atitudes dignas e consistentes. A saúde física resulta de uma vida regrada. Para ter bons amigos, é preciso ser uma pessoa boa. A fim de merecer perdão para os próprios erros, impõe-se aprender a perdoar o semelhante.
A preguiça e a venalidade podem fazer surgir o desejo de perseguir ilusões. Mas a felicidade é construção pessoal e intransferível. Estudo e fundamento no livro Caminho, Verdade e Vida pelo espírito Emmanuel - Psicografia de Francisco Cândido Xavier, cap. 78, ed. FEB em 17.01.2020.
Indistintamente, os filhos de Deus, quando vivem suas provas e expiações, passam necessariamente pela experiência da dor. É a partida de um ente querido, "fora da hora" combinada, como se costuma dizer à boca pequena, deixando saudades cuja dor parece ser intransponível. Oh! Meu Deus, que benção. Que digam aqueles que já passaram por essa prova. A decepção com uma pessoa a quem confiamos o mais belo laurel das esperanças. A constatação de que não logramos êxito num projeto de vida, onde um melhor preparo se fazia necessário.
É o que ocorre com a reprovação daqueles que prestam exames para serem admitidos nos quadros da OAB, ou àqueles que estão se preparando para os exames da magistratura, na medicina em auxílio a Jesus de Nazaré ou na enorme escola da vida, nas academias para tornar o mundo melhor, justo, belo e colorido, entregando a cada um o que é seu. A perda de emprego, a doença que chega sem avisar, a má gestão dos negócios, títulos que vão para os cartórios de protestos.
Tudo amigos, mas tudo o que se encontra no caminho de nossas provas e expiações, dá-nos o colorido da escolha que fazemos com o nosso livre arbítrio. Por conta de decisões aproveitadas, quando a dor cala profundamente em nossas almas, muitos se deixam abater no desânimo, na depressão, chegando mesmo a fazer um quadro de crise de pânico, entibiando a vida que floresce ao derredor.
Os mais fracos na fé ou na religiosidade optam pelo caminho do suicídio, agravando em muito a situação onde se esperava pôr fim às dificuldades que serviam de arrimo para o crescimento espiritual e o fortalecimento das provas a que estamos submetidos pela Divindade. É notório um acontecimento com o querido Chico Xavier e seu Mentor, em busca de um empréstimo, não foi encontrado, estava trabalhando duro para ganhar honestamente o seu pão nosso de cada dia. Repetida a façanha, novo desalento acercou-se da necessitada.
Quando a mulher se encontrou com esse benfeitor da humanidade, sem nada lhe dizer e guardando a mágoa de não o ter encontrado das primeiras vezes que o procurou, deu-lhe um tremendo tapa na cara que o atirou ao chão.
Meu Deus! Naquele ensejo, conta-se que Chico, vendo se aproximar o seu mentor Emmanoel, questionou-o dizendo: não conheço essa mulher, nunca a vi, nada lhe fiz, e agora Emmanoel? O mentor lhe respondeu sem hesitar: Isso passa Chico. É isso amigos. Na vida, tudo passa, a alegria, a dor, a saudade, a falta de recursos, a doença, o desespero, tudo passa. Nada fica para sempre.
Nesse repositório de aprendizado das provas e expiações também se colhem lições de vida nos espinhos do tempo pelas situações difíceis que se passa. A desinteligência no lar, a separação judicial, a perda de um filho em tenra idade, a literal falência dos negócios. Momentos tristes há que não será necessário nominá-los.
As lágrimas no lugar das estrelas formam miríades de luz no centro de sua existência e, com isso lavam a alma e também passarão. As frustrações que nos fazem verter as lágrimas da dor passarão. A saudade do ser querido será suprida quando no barco que parte dessa vida, no outro porto, além dessa existência, este estará nos esperando com os braços abertos, como Jesus de Nazaré, na passagem evangélica, a dizer:
"Vinde a mim todas vós que estais sobrecarregados e eu vos aliviarei, tomai sobre vós o meu jugo e aprendei de mim que sou manso e pacifico de coração e vossas almas se aliviarão, pois meu fardo é leve e meu jugo é suave". Os dias de tristeza e de felicidades são apenas componentes de nossa existência. Seu propósito é testar nossas resistências e fortalecer-nos para a caminhada em direção aos altiplanos celestiais.
Num momento elevemos nosso pensamento aos esplendores celestes, buscando a voz suave da mãe amorosa a nos dizer carinhosamente que isso também passará, viveremos as lições a nos dizer que tudo o que pedires ao meu pai em meu nome ele vos dará. Vivendo essas lições, guardaremos esse tesouro na certeza de que, pelas dificuldades já superadas, não há mal que sempre dure e nem bem que não se acabe.
O planeta onde vivemos pela misericórdia do Pai Celestial é semelhante a uma enorme embarcação que às vezes parece que vai soçobrar diante das turbulências da vida e das gigantescas ondas em desalinho, mas isso também passará, porque Jesus de Nazaré, nosso amigo incondicional de todas as horas está no leme dessa nau, como governador desse Planeta de Provas e Expiações, razão de sua assertiva:
“Do rebanho do meu Pai, nenhuma ovelha se perderá.” Sigamos, pois, com o olhar sereno de quem guarda a certeza de que a agitação da vida faz parte do roteiro evolutivo dos filhos de Deus, pois Ele sabe que a Terra um dia chegará a um porto seguro. Assim, façamos a nossa parte melhor que pudermos, sem esmorecimento, e confiemos no Senhor da Vida, aproveitando cada segundo, cada minuto que por certo também passarão. Somente não passará o Senhor do Universo, Pai de infinita misericórdia, Onipotente, Onisciente e Onipresente.
Do amigo fraterno de sempre com votos de muita paz em nome de Jesus agora e para sempre em nome do pai Celeste.
CENTRO ESPÍRITA PAZ E AMOR.