Queridos amigos fraternos.
Jesus sê conosco.
O amor na excelência da palavra.
Uma das questões mais difíceis de se compreender em toda a história da humanidade é a o amor em plenitude. Quando se fala em amor, via de regra as pessoas imaginam a paixão de que se faz portador, os jovens ou mesmos pessoas no vigor da vida física, em razão da vibração mais intensa dos hormônios.
Por conta desse sentimento indefinido, muitas pessoas há que chegam ao crime passional, sustentando em sua retórica que amava sua namorada ou mulher, como se desejar, e, não podendo tê-la para si, cometeu o ato tresloucado.
Não amigos, permitam que contraditemos esse parecer.
Isso é egoísmo.
O amor em verdade é um sentimento libertador. Não algema as pessoas, mas auxilia-as de sorte a proporcionar ao seu ente querido o bem estar e o crescimento ético, moral e espiritual.
Gestos de verdadeiro amor podem ser percebidos, quando um dos parceiros é capaz de deixar de fazer o que lhe apraz para atender aos reclamos de seu parceiro. Por exemplo. A mulher deseja com sofreguidão ir ao teatro. O homem deseja assistir um filme, ou a partida de futebol.
Como fazer ?
Para atender a ambos os compromissos será preciso que cada um por seu turno, ceda a vez abdicando ao desejo do outro. Em outras palavras: O homem abre mão de assistir o filme de seu interesse, e, noutra oportunidade a mulher deixará de realizar a sua vontade, e atenderá ao programa traçado pelo homem.
Bem se vê, em situações desse jaez, que a egolatria com esse procedimento perde o seu reinado e cede espaço para o instrumento do verdadeiro amor.
Esse conceito se aplicado em nossas vidas, levam-nos a pacificação do espírito e a paz interior.
Lamento registrar amigos, mas muitos dos filhos de Deus, em provas e expiações nessa terra, passados mais de 2.000 anos da vinda do Divino Galileu nesse planeta, ainda não sabem bem definir a proposta de vida do Celeste Amigo nesse Orbe.
Ele trouxe-nos a Lei de Amor.
Enquanto a lei da época mandava que se amasse somente aos seus, o Mestre Jesus questionava as nossas consciências, o que estávamos fazendo de diferente dos Fariseus, dos Saduceus, dos Nazarenos, dos Publicanos, dos Samaritanos, dos Portageiros, dos Escribas ou dos Terapeutas.
Todos eram iguais. Amavam somente os seus.
O Divino Jardineiro propunha que deveríamos amar a todos indistintamente, inclusive aos nossos inimigos. Claro, convém nesse ponto um esclarecimento.
A palavra amor tem diversas tonalidades e Jesus a empregou segundo o costume de sua época, ressaltando que a língua em que se expressava o homem de Nazaré, o aramaico, utilizada pelos arameus da antiga Síria e da Mesopotâmia, era muito pobre em predicados.
Assim asseverar que não se pode ter pelos inimigos a mesma ternura que se tem por um amigo, a mulher, o filho, os que nos são caros mais particularmente, porque amar nessa dimensão implica em ter confiança, o que certamente não se concebe ao deliqüente contumaz.
O que é certo todavia, é o fato de que toda a trajetória do Filho do Homem, como Jesus se identificou muitas vezes, sempre foi de exemplar abdicação a favor de seu próximo.
Não deixa dúvida a respeito dessa assertiva, os episódios por Ele vividos como modelo e guia da humanidade: O de Maria de Magdala, quando lecionou sobre o perdão das ofensas. O momento do seu padecimento e da dor excruciante na Cruz do madeiro infame, afim de que aprendêssemos a pedir pelo próximo, assim como Ele fez ao rogar por nós.
A memorável lição do dar a César o que é de César e a Deus o que é de Deus, gesto nobre de respeito ao direito do próximo. Oh! Meu Deus, deixar-se imolar, entregando-se mansa e pacificamente nas mãos de seu algoz, Malcon, o centurião encarregado de sua prisão, como lição de não violência.
Há, sem dúvida, na historiografia mundial e na vida do Cristo de Deus, incontáveis exemplos do amor por excelência, a ponto do paracleto da humanidade, Hippolyte Léon Denizard Rivail, questionar ao espírito da verdade, na questão nº 625, inscrita no "O Livro dos Espíritos", qual o ser mais perfeito que o Senhor da Vida colocou nesse planeta para servir de Modelo e Guia para a humanidade e Ele respondeu na singeleza de duas pequenas palavras: Vedes Jesus.
Por essas razões amigos, é preciso desmistificar o termo amor e colocá-lo no seu devido conceito de pulcretude, para bem identificarmos os atos e os fatos que cercam as nossas vidas no dia a dia e na hora a hora, para que o amor seja reconhecido na excelência da palavra.
Com esse ideário, serve-nos de arrimo a comovente história do anexo intitulada de "o nó do afeto", que divido com vcs nessa semana com o sabor de nossa verve, dizendo que:
Certa feita, em uma reunião de pais numa escola da periferia, a diretora ressaltava a importância do apoio que os pais devem dar aos filhos, encarecendo-lhes que os mesmos se fizessem presentes em suas vidas de forma efetiva.
De fato, muitos pais nem sempre podem estar com os filhos como seria de desejar, mas apesar dos afazeres indispensáveis à manutenção do lar e a dinâmica da vida, enaltecia a diretora a necessidade de se encontrar um tempinho para se dedicar aos filhos em desenvolvimento na preparação para à vida.
Entre os presentes encontrava-se um pai que se levantou e explicou com seu jeito humilde, que ele não tinha tempo de falar com o filho, nem de vê-lo, durante a semana, porque quando ele saía para trabalhar era muito cedo e o filho ainda estava dormindo e quando voltava do serviço já era muito tarde e o garoto não estava mais acordado.
Disse também que era em razão dessas atividades que lhe garantia o sustento da família, que a contra-gosto teve que aceitar, mas sentia-se entristecido por ter que se afastar de um convívio mais próximo de seu herdeiro.
Contou também, que como forma de aliviar o seu coração em razão de sua ausência física na vida do filho, todas as noites, para minimizar e se redimir dessa ausência, em nome do amor, quando ia beijar ao seu filho que já se encontrava dormindo, dava um nó no lençol da cama, como sinal de que ele estivera ali depositando o seu ósculo em nome do amor que sentia pelo filho querido.
Quando o filho acordava e via o nó, sabia, através dele, que o pai tinha estado ali e o havia beijado. O nó era portanto o elo e o meio de comunicação entre eles, ligando-os na unidade do amor universal.
A diretora emocionou-se com a inusitada história e se resolveu por verificar o histórico escolar do menino em apreço, quedando-se surpresa ao constatar que o filho desse pai era um dos melhores alunos da escola.
A emocionante história nos faz refletir sobre a metodologia das pessoas se fazerem presentes, de se comunicarem uns com os outros. Muitas vezes as pessoas estão cobrando nossa presença se sem dar conta de que o importante não é a presença física, mas o amor que se tem e que se guarda no coração, nas profundezas abissais de nossas almas e, que mesmo a vida nos afastando dos seres queridos em razão dos compromissos, isso absolutamente não significa que não os amemos.
É preciso compreensão da vida.
O pai em apreço não deixou de amar o filho querido pela distância física que a vida lhe impôs como teste existencial, mas encontrou seu meio de comunicação na unidade do amor universal e o mais importante é que o filho percebia, através do nó afetivo, o que o pai estava lhe dizendo. Eu te amo filho.
Por vezes, nos importamos tanto com a forma de dizer as coisas e esquecemos o principal, que é a comunicação através do sentimento mais nobre que existe, causa de vir até nós o Cristo de Deus, para nos trazer a lei do amor.
Simples gestos como um beijo e um nó na ponta do lençol, valiam, para àquele filho, muito mais do que presentes ou desculpas vazias. É válido que nos preocupemos com as pessoas, mas é importante que elas saibam, que elas sintam isso.
Para que haja a comunicação fraterna é preciso que as pessoas "ouçam" a linguagem do nosso coração, pois, em matéria de afeto, os sentimentos sempre falam mais alto que as palavras.
É por essa razão que um beijo, revestido do mais puro afeto, cura a dor de cabeça, o arranhão no joelho, o medo do escuro. As pessoas podem não entender o significado de muitas palavras, mas sabem registrar um gesto de amor, ainda que o gesto seja apenas um nó.
Assim amigos, sob o influxo da Ave Maria de Bach Gounoud, anelamos que se deixem envolver pelo nó do afeto, no encantador anexo da lavra de Orlei Antônio - E-mail: odossa@hotmail.com
Com essas reflexões, segue nossa elevada estima e agradecimento a Orlei Antônio pela comovente história que nos acalenta a alma, valendo-nos da oportunidade para depositar nosso ósculo em seus corações, com a oblata da fraternidade, com votos de um ótimo final de semana em, nome de Jesus de Nazaré.
Do amigo fraterno de sempre.
Jaime Facioli.
"...O amor verdadeiro tudo sofre; tudo crê; tudo espera; tudo suporta."
(Coríntios 13:7)